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ESPORTE PARÁ

'Escola de peladeiros' ajuda a fazer bonito na pelada

Como muitas coisas que são sagradas, a pelada semanal é algo que tem que ser feita, saiba ou não jogar bem futebol. A paixão pelo esporte e pela camaradagem só tem paralelo com a necessidade de uma confraternização posterior. Esse compromisso com a bola r

Como muitas coisas que são sagradas, a pelada semanal é algo que tem que ser feita, saiba ou não jogar bem futebol. A paixão pelo esporte e pela camaradagem só tem paralelo com a necessidade de uma confraternização posterior. Esse compromisso com a bola rolando criou um nicho de mercado que, em Belém, ainda engatinha, mas é uma realidade no restante do Brasil: “Escolas de peladeiros”.

Há alguns anos, o ex-goleiro Zetti, campeão do mundo em 1994, criou uma escolinha para goleiros, posição tradicionalmente desprezada pelos craques da informalidade. A ideia era dar aulas dos conceitos usados nos treinos dos clubes de futebol, sem a mesma intensidade física, para que ninguém se saísse feio nas confraternizações.

Foi com um conceito semelhante, mas ampliado, que o ex-zagueiro Ney Carioca montou o NC Training, em 2016. De cinco alunos e amigos que faziam propaganda boca a boca, o negócio cresceu muito para que, na confraternização de fim de ano, realizada ontem (22), mais de 90 alunos estivessem presentes.

A ampliação do conceito se deu pela formação de Ney Leonardo Ferreira dos Santos, que está no sexto semestre do curso de Educação Física. Junto com um preparador físico, ele montou turmas em que passa o que aprendeu nos mais de dez anos como jogador de futebol. Mas não se ensina apenas a jogar lá.

“A maioria que nos procura é para melhorar o desempenho, treinar os fundamentos, para saber jogar melhor. Mas muita gente quer uma forma de condicionamento físico com uma atividade que é muito lúdica, que todos gostam”, diz. “Além disso, cria-se um clima de irmandade entre todos, criou-se um círculo de amizade muito forte e muita gente procura por isso”, completa Ney.

E MAIS...

HISTÓRICO

- Ney virou Ney Carioca quando subiu para o elenco profissional do Remo porque lá estava o também zagueiro Ney Sorvetão. Como jogador, teve poucas chances no Baenão. Fora do Pará teve dois acessos na carreira, um emblemático para o outro lado da Almirante Barroso. Ele estava em campo pelo Salgueiro-PE, que conseguiu a vaga para a Série B de 2011 contra o Paysandu, numa Curuzu lotada. Depois também conseguiu ir da D para a C pelo Cuiabá-MT. Ney ainda defendeu Brasil-RS, Icasa-CE, entre outros.

PROJETO SOCIAL

- No mesmo ano em que foi criado, o NC, a partir de 2016, também começou a realizar projetos sociais, com entregas de cestas básicas e brinquedos para as comunidades carentes. Esse ano foram entregues aproximadamente 300 cestas básicas a uma comunidade do bairro do Tenoné.

Em busca de qualidade de vida

BENEFÍCIOS

Além da escolinha para crianças de quatro a onze anos, não há limites de idade para quem procura o NC Training. É o caso do representante comercial Aldo Franzen, de 61 anos. “Sempre amei futebol, cheguei a jogar no infanto do Coritiba-PR. Para mim, hoje em dia, procuro qualidade de vida com o esporte, em especial no futebol”, comenta.

(Foto: Irene Almeida/Diário do Pará)

Levado pelo filho de 30 anos, que já treinava no NC, ele foi atrás de “dois coelhos com uma cajadada só”: ter uma atividade esportiva aliada a um prazer que é jogar bola. “Me sinto como um jovem de 30 anos. Minha disposição aumentou sensivelmente. Essa diferença é clara para quem tem uma prática esportiva”, afirma.

Aldo garante que com os treinos e a convivência ele tem sentido uma diferença considerável quando vai jogar com os amigos. Mudança para melhor, afirma. “Com as orientações eu melhorei meu ritmo, meu posicionamento. Tenho certeza que estou jogando melhor”.

Em 2018 o NC recebeu um aluno com deficiência. Aos 28 anos, o servidor público Alen Vieira tem paralisia cerebral que o limita quanto à coordenação motora. Nada que o impeça de fazer suas atividades no dia a dia. Ele lembra que procurou os treinos de futebol para uma melhora de qualidade de vida e ganhou um grupo de amigos.

(Foto: Irene Almeida/Diário do Pará)

“Tenho uma leve paralisia cerebral, e por conta disso a minha coordenação motora não é das melhores, mas consigo treinar normalmente com o pessoal”, afirma. “Atividade física todos têm que fazer. Estava há muito tempo sedentário e recebi o convite de um amigo que já treinava lá. Hoje começo os dias treinando e fico muito mais disposto, me sinto mais saudável”, explica Alen.

A amizade entre os amigos de “pelada” é algo ressaltado por ele como uma das melhores coisas que aconteceram lá. “A interação é muito boa entre todos. O ambiente é bem interessante. Lá temos pessoas de todas as áreas e um ajuda o outro fora dos treinos”.

Quanto ao desempenho na bola, Alen deixa isso de lado para ressaltar o que o levou aos treinos, uma melhor condição física e um bem-estar muito melhor. “Percebo que minha resistência melhorou bastante. Antes até para subir as escadas eu me cansava. Hoje é diferente, me sinto bem melhor, meus exames regulares atestam isso. Me sinto mais disposto em todos os sentidos”.

(Tylon Maués/Diário do Pará)

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