MP vai pedir extinção de torcidas organizadas

Em novembro de 2007, quando respondia pela 1ª Vara da Fazenda da Comarca de Belém, o juiz Marco Antônio Lobo Castelo Branco, deferindo ação do Ministério Público Estadual, decretou a extinção das torcidas organizadas Remoçada e Terror Bicolor. Desde então, entretanto, elas conseguiram driblar os rigores da lei, e, favorecidas pelo direito da livre associação, conseguiram retornar aos estádios com outros nomes, mas com os mesmo comportamentos.
Baseado nisso, o promotor público Nilton Gurjão, autor da ação, já estuda repetir a medida. “Nós consideramos essas torcidas atuais sucessoras das antigas agremiações. Portanto, nós vamos pedir novamente a extinção delas, considerando que são os mesmos dirigentes e os mesmos integrantes. A partir de agora será tolerância zero”, ressalta, destacando que as brechas na lei não podem tornar a fiscalização ineficiente.
“O direito à associação é livre, não podemos impedir que elas se formem. Agora, existem medidas que servem para fiscalizar esses agentes, tal como a própria segurança pública e setores de inteligência e articulação entre os Ministérios Públicos de outros estados do Brasil que trabalham em conjunto”, diz. “Chegaremos num ponto onde não poderemos mais ter jogos de Remo e Paysandu. É melhor entregar a chave dos clubes para o STJD, porque as organizadas vandalizam todos os jogos”.
O promotor informou à reportagem do Bola que já foi procurado por integrantes dos departamentos jurídicos dos clubes e muito em breve algumas medidas enérgicas já devem ser tomadas. “Já estamos traçando as estratégias, mas por questões de sigilo não podemos vazar nenhuma informação no momento. No entanto, no jogo de sábado, do Paysandu, provavelmente já teremos novidades”, encerra o promotor.

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(Diário do Pará)