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COM MORAL

Novo treinador do Papão é visto com paizão pelos jogadores 

Schülle é bastante elogiado pela maneira como trabalha e se relaciona com todos no dia a dia

Imagem ilustrativa da notícia Novo treinador do Papão é visto com paizão pelos jogadores  camera Itamar Schülle: sabe cobrar e sabe brincar, de acordo com seus comandados | Marlon Costa/Pernambuco Press

No processo de formação de um elenco de futebol profissional é normal que um treinador busque jogadores que conheça, seja por já ter trabalhando anteriormente ou por conhecer um atleta que tenha se destacado. No Paysandu, com Itamar Schülle à frente das negociações, alguns jogadores que já trabalharam com ele foram contratados após um consenso entre comissão técnica e diretoria.

Entre esses atletas que já conheciam Schülle, uma característica tem se sobressaído. Ao lado dos elogios a ele nos aspectos técnicos, esses jogadores têm lembrado de forma mais humana que ele busca lidar com todos, procurando saber como eles estão além das quatro linhas, sem suas respectivas famílias e se está tudo bem.

“É um grande profissional, um grande ser humano, um paizão. Ele se envolve em todos os setores, também no extracampo, querendo saber como o jogador está na sua vida, com a família”, afirma o goleiro Victor Souza. “O Itamar é um paizão, como o Victor falou. É um treinador que sabe brincar e sabe cobrar. Ele conquista rapidamente o grupo e isso é importante para a confiança dos jogadores”, completou o lateral-direito Júnior.

Os dois novos contratados do Paysandu já tinham trabalhado anteriormente com o treinador. Victor esteve no primeiro grande trabalho de projeção de Schülle, na arrancada para que o Cuiabá-MT se tornasse um clube de primeira divisão. Júnior esteve no Santa Cruz-PE ano passado, último clube do atual técnico bicolor.

O zagueiro Denilson, que também defendeu o tricolor de Recife (PE) ano passado, corrobora com as declarações dos novos companheiros, inclusive repetindo o termo que todos têm usado. “O Itamar é um paizão mesmo, se preocupa com a gente e sempre busca o melhor para a gente. Além de ser um grande profissional, é uma excelente pessoa”, confirmou o jogador.

Mesmo quem está tendo o primeiro contato com o novo comandante revela que os comentários que teve antes de chegar ao Paysandu foram nesse sentido e os treinos iniciais têm confirmado as informações. “É a primeira vez que estou trabalhando com ele. As referências que tenho dele são as melhores. Nesses primeiros dias vi que é um cara sério e vai ajudar demais o Paysandu”, confirma o atacante Ari Moura.

Postura explicada pela trajetória de vida

Uma passagem da vida do novo treinador bicolor ajuda a entender o seu comportamento em relação aos demais profissionais. Em 2002, após deixar o Alto Vale-SC, Itamar Schülle se viu desempregado e, com as dificuldades de achar outro emprego, cogitou dar um tempo na carreira e buscar outra profissão. Foi então que, no ano seguinte, ele e a esposa Aline fundaram o São Bento Esporte Clube, em São Bento do Sul (SC). Ela assumiu como presidenta e ele como treinador e faz-tudo do time.

Além de tentar convencer jogadores a optarem por um clube novo, com estrutura ainda em montagem, Schülle literalmente meteu a mão na massa, ajudando até mesmo a fazer o estádio, carregando tijolo, fazendo massa e o que mais fosse preciso, além de cuidar do gramado e supervisionar a alimentação dos atletas. A esposa, além de cuidar da administração do clube, ainda ajudava nos serviços gerais, limpando vestiários e até lavando uniformes.

Já no primeiro ano, o São Bento chegou a ficar 14 jogos invictos, terminando em terceiro lugar e conquistando o acesso para a segunda divisão estadual. Em 2004 ele foi contratado pelo Nacional-PR - já o clube fundado por ele e a esposa disputou a segunda divisão por dois anos até fechar as portas.

Essa relação do treinador com os jogadores foi exemplificada pela declaração do goleiro Victor Souza quando ele falou pela primeira vez sobre os motivos que o levaram a optar pela proposta do Paysandu, deixando claro que a presença de Schüller teve um peso enorme.

“Eu estava no Tombense-MG quando ele me deu a grande oportunidade da minha vida, cheguei no Cuiabá-MT, fiz um bom ano e o clube subiu, mudou de patamar. Eu ajudei ele e ele me ajudou muito mais e juntos vamos buscar novos objetivos”, disse. “Tive propostas de Série B, do Paulistão, que é um mercado muito bom. Mas desde que recebi a proposta do Paysandu eu fiquei muito feliz, pensei no crescimento da carreira, do peso da camisa”, completou Victor.

“Essa preocupação tem que ter a cada dia, pois o atleta, antes de tudo, é um ser humano. Saber desses detalhes, como estão. Isso é fundamental para ajudar o próximo, ajudar o ser humano. E isso traz resultado dentro de campo. O atleta estando bem consigo, com sua família, ele também vai poder render, produzir mais em campo e quem vai ganhar com isso é o Paysandu”, diz Itamar Schülle.

Fiel espera que trabalho dê resultado

Somente daqui a uma semana, no domingo dia 28, quando o Paysandu entrar no campo da Curuzu, às 9h30, na estreia dos dois times no Campeonato Paraense, é que a Fiel poderá ver o primeiro esboço do time que está sendo formado por Itamar Schülle. Já foram sete jogadores contratados e, por enquanto, nenhum amistoso ou jogo-treino que dê uma pista de como será a formação titular.

Além da questão de relacionamento, a parte técnica também é defendida pelos atletas, que mesmo com poucos dias de preparação apostam que o time chegará bem diante do Japiim da Estrada. “Acredito que chegaremos fortes nessa estreia”, vaticina Denilson.

Treinamentos intensos, raça e comprometimento nos jogos. É isso que a torcida pode esperar, de acordo com a comissão técnica e atletas
📷 Treinamentos intensos, raça e comprometimento nos jogos. É isso que a torcida pode esperar, de acordo com a comissão técnica e atletas |Vitor Castelo/PSC

Com a experiência da temporada passada sob o comando de Schülle, o lateral-direito Júnior dá a letra de como é a forma de se lidar no dia a dia com os trabalhos técnicos e as cobranças feitas pelo novo técnico do Papão. “Com o professor o treinamento é intenso, com o time sempre jogando com raça e buscando as vitórias. O trabalho é intenso e muito bom. Então, quem vier vai ter que dar a vida em campo, é isso que o treinador quer, comprometimento”.

Esse comprometimento tem sido uma cobrança constante do treinador bicolor, que vem salientando sempre o momento do clube paraense e a necessidade de encarar essa missão com toda seriedade possível. “Um clube com a grandeza do Paysandu que não chega a seus objetivos, a cobrança sempre aumenta, fica maior. Um peso dessa camisa e com essa tradição obriga uma volta à Série B, pelo menos. É importante usar essa pressão para nos motivar a trabalhar mais para que tudo dê certo e alcancemos nossos objetivos”, finalizou Itamar Schülle.

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