Depois de inovar diante do Londrina-PR, quando mandou a campo o Paysandu com três zagueiros, o técnico João Brigatti mantém-se sem se manifestar em como deve ser o Papão para o clássico de domingo, contra o Remo, se vai manter o sistema utilizado no início da semana ou se retorna ao tradicional 4-3-3. O que é certo é que o lateral-direito Tony, que recebeu cartão vermelho, cumprirá suspensão automática e que não há definição ainda quanto ao substituto.
A escolha óbvia nesse momento seria o volante Willyam, que tem sido improvisado na posição. Mas, por se tratar de um jogo onde a experiência vale muito, as opções podem ser outras. Vai desde a volta de Bruno Collaço ao time atuando pela direita ou a ida de Perema para a lateral, abrindo uma vaga na zaga.
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No início de carreira, no Parque São Jorge, Carlão atuou em várias posições, inclusive na que precisará de um substituto. “No Corinthians-SP atuei em várias posições, como zagueiro, como lateral, como volante, não tenho problema para atuar nessas posições e o Brigatti me conhece. Óbvio que não é do dia para a noite que se roda nessas posições, até porque faz tempo que jogo só como zagueiro. Mas, se for preciso eu posso jogar, sim”, ressaltou o bicolor, que lembrou também que está bem fisicamente para encarar o jogo, mesmo admitindo que lhe falta algo que sobra na maioria dos companheiros. “Não estou com o mesmo ritmo de jogo de quem vem jogando, mas se for preciso estou pronto para jogar de dez a 90 minutos. Estou pronto”.
Mesmo sem ter tido a oportunidade de entrar em campo em clássicos desde que chegou ao Paysandu, Carlão vaticina que não seria uma novidade para ele. “Não atuei em um Re-Pa ainda, mas sei que é especial pela tradição que tem. Tem sempre um gosto a mais. Já atuei em outros clássicos e sei da responsabilidade que existe nesse tipo de confronto”.
No ataque, se o time voltar ao sistema que mais utilizou até aqui, os atacantes Marlon e Mateus Anderson disputam a vaga que pode ser aberta com o retorno de Wesley Matos ao banco de reservas. As definições de João Brigatti só devem ser externadas, como tem sido nos últimos jogos, momentos antes do apito inicial.
Bicolores se unem para dar o “bicho” pelo acesso
Domingo, Paysandu ou Remo podem carimbar o acesso para a Série B com uma rodada de antecedência, isso se vencerem o Re-Pa. Pelo lado alviazul, seria a concretização de uma recuperação surpreendente dentro da competição. Por conta disso, alguns bicolores vêm “passando a sacolinha” entre si para arrecadar uma premiação a ser dividida dentro do elenco em caso de acesso, seja nesse domingo ou não. A vaquinha estaria sendo feita entre dirigentes, ex-dirigentes e demais torcedores, e o valor já teria chegado a aproximadamente R$ 150 mil, com objetivo de o “bicho” chegar a pelo menos R$ 200 mil até domingo.
Oficialmente, o clube tenta outras formas de arrecadação de fundos. Ontem, o Paysandu anunciou que 27 mil bilhetes virtuais já foram vendidos desde o início da promoção, ainda na primeira fase da competição nacional. O recém-eleito presidente Maurício Ettinger estipulou uma meta de ingressos virtuais à torcida para o Re-Pa. O dirigente conclamou a Fiel para pelo menos mais 8 mil bilhetes comercializados até domingo.
“Quero agradecer o apoio da torcida do Paysandu. Desde que iniciamos a venda de ingressos virtuais já vendemos quase 27 mil. A nossa meta é chegar até o dia do clássico com 35 mil ingressos, lotando o Mangueirão. Essa ajuda é muito importante para o clube, esse dinheiro está sendo muito bem administrado para pagamento dos jogadores, além de impulsionar o nosso elenco. Contamos com a torcida para esse ingresso, que tem um valor simbólico. Vamos bater essa meta e o Paysandu conta com esse apoio”, divulgou Ettinger pelas redes sociais.
Além dos bilhetes virtuais, o clube lucrou nesse fim de ano mais de meio milhão de reais com a venda do terceiro uniforme do clube. Sem a receita da arquibancada, o Paysandu tem utilizado dos patrocínios e dessas promoções para manter as contas do futebol equilibradas, com os salários atrasados tendo sido pagos semana passada, antes da viagem a Londrina (PR).
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