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ENTREVISTA

Com ótimos números, falta pouco para Brigatti entrar para a história

O técnico tem apresentado um bom desempenho à frente do Papão, mas ele sabe uqe precisa conquistar o acesso para deixar de vez a sua marca na Curuzu.

Imagem ilustrativa da notícia Com ótimos números, falta pouco para Brigatti entrar para a história camera O treinador chegou ao clube e comando uma grande arrancada. | Divulgação/Ascom PSC

João Brigatti completou 30 jogos à frente do Paysandu na vitória de 3 a 2 sobre o Londrina-PR, semana passada. Com os três pontos do jogo válido pela terceira rodada do quadrangular do Campeonato Brasileiro da Série C, ele chegou a um aproveitamento de aproximadamente de 65%, com 15 vitórias, dez empates e cinco derrotas. Ele comandou a equipe em duas ocasiões. O primeiro momento foi em parte da Série B de 2018 e em parte do Parazão do ano seguinte; a segunda foi na reta final desta Terceirona.

São números superlativos, mas o treinador sabe que no fim o que vai ficar é a disputa pelo acesso. Se levar o Papão de volta para a Série B, ele definitivamente entra na história do clube. Em 2014, ele esteve na comissão técnica comandada por Mazola Júnior que levou o time bicolor de volta para a Série B. Agora, tenta repetir o feito, algo que ele já conseguiu ano passado, à frente do Sampaio Corrêa-MA, em uma missão até semelhante em dificuldades.

Ele sabe que o objetivo está próximo, mas que as dificuldades continuam enormes. “Ainda temos mais três jogos muito importantes para buscar nosso maior objetivo no ano, que é o acesso. Ralamos duro para chegar até aqui e vocês podem ter certeza que vamos lutar mais ainda por esse acesso”, comentou Brigatti.

Já em Londrina (PR) com o elenco, amanhã ele comanda o Papão contra o Tubarão no jogo que deve definir o futuro de ambos na busca pelo acesso. Antes de viajar, ele falou com o Bola sobre sua segunda passagem pela Curuzu, sua relação com o Paysandu, as chances de acesso e o quanto o time mudou sob seu comando.

P: Dá para traçar um paralelo entre a campanha do último acesso do Paysandu, quando você estava na comissão técnica do Mazola Jr., e a atual campanha?

JB – Na verdade é um pouco semelhante, pois teve uma arrancada muito positiva no campeonato, com várias vitórias. Este ano não foi diferente. Quando cheguei o clube estava numa situação complicada, e com a aceitação dos atletas e da comissão técnica conseguimos uma recuperação com um esforço enorme, nos classificando com uma rodada de antecipação. O quadrangular é novo em relação aos anos anteriores. Nós nos encontramos bem, com duas vitórias e uma derrota, e batalhamos demais para chegar a esse acesso.

P: Em relação ao trabalho feito no Sampaio, quando também não teve tanto tempo e sem poder indicar mais contratações e chegou ao acesso, são situações semelhantes?

JB – No Sampaio foi uma situação até que parecida. Quando cheguei aqui eu ainda pude contratar, como o Marlon e o Jefinho, que vêm nos ajudando demais. No Sampaio não podia mais contratar e só aproveitar quem já estava na equipe formada. A estrutura financeira não dava margem para contratar. Mas aqui também encontrei um elenco de qualidade e tenho tentado utilizar a maior parte dos jogadores. É um grupo que quer o acesso e isso ajuda demais.

Para Brigatti, o elenco bicolor é qualificado e vai levar o time ao acesso.
📷 Para Brigatti, o elenco bicolor é qualificado e vai levar o time ao acesso. |Jorge Luiz / Paysandu SC

P: Paysandu, Remo e Santa Cruz montaram elencos competitivos e estão no páreo pelo acesso. Esses três clubes de massa seriam apontados como favoritos ao acesso se houvesse o fator torcida na competição?

JB – A torcida faz muita falta e quem conhece a torcida do Paysandu, o quão vibrante ela é e que incentiva do início ao fim, ainda mais em uma fase positiva como a que a equipe se encontra, o Mangueirão estaria lotado em todos os jogos. Seria uma força enorme favorável ao Paysandu. Infelizmente, temos que conviver com essa ausência. Ainda assim, a equipe tem superado essa situação desfavorável e dado conta do recado. Temos conseguido vencer os jogos em Belém, superando a falta que a força da arquibancada traz.

P: O Paysandu era um time muito irregular, com atuações muito boas e outras bem abaixo. Como você conseguiu deixar o time mais equilibrado, sem grandes alternâncias de desempenho?

JB – Houve uma aceitação geral dos jogadores, com uma entrega muito grande na organização da equipe. O time ficou equilibrado entre seus setores para poder atacar e defender com consistência e nos defender também. Isso é preciso para se impor sem desguarnecer a defesa. O Paysandu propõe o jogo e tem que se precaver contra quem joga por uma bola. Foi assim, com o Manaus aqui, que veio se defender e com uma bola quase arranca uma vitória aqui. Para mim o elenco está de parabéns pela determinação e pela obediência tática para deixar a equipe equilibrada.

P: O Paysandu é um time que joga para frente e trabalha muito pelos lados, seja com os atacantes ou com os laterais. Mas os meias têm uma função mais de chegarem à área do que de armação de jogadas. É uma questão de preferência tua, de características dos atletas que estão no elenco ou uma tendência do futebol atual?

JB – É o modelo de jogo que implementamos aqui. O pensamento do treinador é em cima disso, de buscar alternância a partir do momento em que entra no campo adversário, de buscar triangulações pelos lados, com verticalidade em busca dos gols. É só ver que temos vários atletas que fazem gols, não só o Nicolas. É uma questão de entendimento do elenco e pelo o que o jogador gosta. Eu jamais vou jogar por uma bola, apenas me defendendo. A chegada do (Jorge) Jesus e do (Jorge) Sampaoli no Brasil abriu nossa mentalidade. É claro que é preciso de atletas que entendam essa filosofia de jogo e tem sido aqui. Os jogadores entenderam a prática de modelo de jogo e têm qualidade técnica. O elenco é qualificado e tem mostrado que com vontade e determinação em campo a qualidade individual aparece.

P: Um acesso equivale a um título, é uma façanha que fica para a torcida e valoriza jogadores e treinadores. Pessoalmente, uma conquista como essa seria também uma reparação pela forma como você saiu do clube em 2019?

JB – Não levo para esse lado. Entendo que um acesso valoriza treinador, comissão técnica e os atletas. E muda a instituição de patamar. Eu procuro trabalhar nesse sentido. A camisa do Paysandu sempre foi muito forte no cenário nacional e não merece estar na Série C. É muita história e muita torcida. No mínimo tem que estar na Série B e é por isso que temos nos dedicado tanto, para recolocar o clube numa situação bem melhor que a atual. Depois, o clube tem que ter trabalho para saber que o futebol exige uma gestão profissional para que a torcida veja que está no caminho certo. Tem que buscar profissionais que se doem ao clube.

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