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ARTILHEIRO CRUEL

Torcida azulina aposta todas as fichas no atacante Salatiel

O atacante tem botado a bola para dentro do gol e feito o que muitos tentaram e não conseguiram em 2020.

Imagem ilustrativa da notícia Torcida azulina aposta todas as fichas no atacante Salatiel camera Salatiel tem mostrado um faro de gols apurado e pode ajudar muito o time nesta reta final de Série C. | Samara Miranda/Ascom Remo

Com a camisa do Clube do Remo, o atacante Salatiel, de 28 anos, já marcou quatro gols em nove partidas. Dois deles contra o Ypiranga-RS, que deram a vitória de virada para o Leão, que perdia por 1 a 0.

O número de tentos marcado por Salatiel no futebol local ainda é baixo, mas o camisa 92 tem em seu currículo uma história que faz com que o torcedor remista possa confiar numa performance ainda melhor do atacante nesta reta final da Série C do Brasileiro. Em 2019, ele balançou a rede por oito vezes defendendo o Sampaio Corrêa-MA, na mesma Série C. E com o Remo buscando o acesso, a torcida tem fé que essa história vai se repetir.

O atacante também marcou oito gols, em 2018, atuando pelo Juazeirense-BA, sendo dois pela Série C e o restante pelo Campeonato Baiano. Nas demais equipes pelas quais jogou, o atacante não foi muito feliz, o que não deve desanimar o torcedor do Leão, já que Salatiel começa a demonstrar um melhor entendimento com seus companheiros de equipe. Os dois gols que marcou diante do Ypiranga também podem servir de fator estimulante para que o atacante venha a aumentar sua marca na artilharia da Terceirona.

O próprio Salatiel admite que o bom aproveitamento que teve frente ao Canário Gaúcho o deixou mais motivado para a sequência do campeonato. “Fico muito feliz em estar marcando. A gente que é atacante é sempre bom estar fazendo gols. Na verdade, essa é a minha função”, diz o jogador, que é paulista, nascido na cidade de Ferraz de Vasconcelos. Salatiel segue vinculado ao Náutico-PE, que o emprestou ao Clube do Remo. Existe a possibilidade de o atleta permanecer no Baenão por mais um ano.

Essa possibilidade, no entanto, depende de duas situações: primeiro a disponibilidade de o Náutico reformar o empréstimo do atleta, o que não chega a ser algo difícil, e, também, a performance do jogador, sobretudo no que diz respeito à marcação de gols. Se continuar balançando a rede dos adversários, é bem provável que a diretoria do Leão se interesse pela manutenção do jogador no elenco do clube, até mesmo em função da cobrança dos torcedores que deverá ser grande para que o clube não perca a chance de ter o goleador em seu time.

O atacante, óbvio, também terá de se posicionar sobre a renovação de seu empréstimo. Mas, pelo menos nesse momento, Salatiel se mostra bem ambientado no Baenão. Pode ser, no entanto, que se destacando na Série C, ele venha a receber alguma proposta mais vantajosa, o que dificultaria para a diretoria azulina a permanência do atacante no clube.

“É um atacante de raça, sempre procurando o gol”, reconhece Edil

Com um “faro de gol” pra lá de apurado, o ex-atacante Edil, hoje com 56 anos e afastado há tempos dos gramados, vê no estilo do atacante Salatiel, do Clube do Remo, uma maneira parecida com a que tinha dentro de campo. “Ele é um cara que acredita nas jogadas. Tem um estilo um pouco parecido com o meu. É um atacante de raça, como eu era, procurando sempre o gol”, compara. O ídolo das torcidas do Leão e, também, do Paysandu, pelo qual atuou em algumas temporadas, vê com bons olhos a possibilidade de Salatiel se tornar um ídolo da torcida remista.

“Se der sequência e trabalhar direitinho tem sim potencial para ser um grande goleador do futebol paraense”, prevê Edil, que por cinco temporadas foi o principal artilheiro do futebol paraense. O ex-jogador tem acompanhado as partidas dos clubes paraenses na Série C e dado atenção a participação de Salatiel. “Vi nos jogos do Remo o Salatiel com uma boa movimentação. É um atacante oportunista que sabe guardar (fazer gol) quando as chances aparecem”, elogia Edil, que em sua época de jogador encarnou figuras como as de Highlander e Braddock, mas a principal delas mesmo a de goleador nato.

De acordo com a análise do ex-atacante, há tempos o Clube do Remo andava carente de um goleador e agora parece ter encontrado um. “Isso aí talvez tenha acontecido em função de a cobrança estar sendo muito grande pela situação do clube”, alega. “Acho que os últimos goleadores que passaram pelo Remo foram eu e o Ageuzinho (Ageu Sabiá)”, recorda. “Agora, o clube parece ter achado um cara que sabe balançar a rede. O Salatiel é um jogador, em minha opinião, que tem tudo para se tornar um grande xodó da torcida do Remo”, confia.

MOTIVAÇÃO

O fato de Salatiel ter marcado os dois gols do Leão na vitória, por 2 a 1, que tiraram o time do sufoco, contra o Ypiranga-ES, em Belém, na opinião de Edil pode fazer com que o atacante deslanche de vez na tabela de artilheiros da Série C. “Isso motiva qualquer atacante. É uma coisa que dá autoconfiança ao jogador que atua lá na frente com a missão de balançar a rede dos adversários”, argumenta Edil, que fala com autoridade sobre o assunto, visto que em sua época de atacante do Leão ele cansou de fazer dois e até muito mais gols em uma só partida, conforme ele recorda.

“Em 1997 houve um jogo no Baenão em que o Remo aplicou 10 a 0 no Tiradentes, pelo Parazão, e eu fiz sete gols”, lembra. Naquele ano, Edil dividiu com Diógenes, da Tuna Luso, a artilharia do Estadual, com 12 gols. Antes, em 1990 (13 gols), 1992 (24 gols) e, depois, em 2000 (16 gols), ele também foi o maior goleador do campeonato, defendendo o Paysandu, na década de 1990, e o Castanhal, nos anos 2000, respectivamente. Na opinião do ex-jogador, o Clube do Remo vinha se ressentindo de um artilheiro, situação que, segundo ele, tende a mudar com Salatiel “pilotando” o setor ofensivo da equipe.

A carência de goleadores tem uma justificativa, segundo o ex-artilheiro. “Os caras que passaram pelo Baenão não assumiram a camisa nove e se impuseram como goleadores para resolver de uma maneira ou outra a carência de gols do time”, avalia. Com Salatiel começando a despontar, Edil acredita que o quadro poderá ser mudado. “Ele vinha numa fase difícil, mas parece que agora ele achou o caminho do gol. O que ele precisa é trabalhar muito e ter a cabeça no lugar para dar sequência a fase positiva que começa a viver”, recomenda o ídolo das torcida de Remo, Paysandu e Castanhal no futebol local.

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