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Clássicos da Série C podem ser na Curuzu e no Baenão

Palcos de grande número de jogos entre os tradicionais rivais, os estádios Evandro Almeida, o Baenão, e Leônidas Sodré de Castro, a Curuzu, deverão voltar a receber confrontos entre Clube do Remo e Paysandu, este ano, pela Série C do Brasileiro, cujo i

Imagem ilustrativa da notícia Clássicos da Série C podem ser na Curuzu e no Baenão camera Há 18 anos, os titãs duelavam na Curuzu, pela Copa Norte | Cezar Magalhães/Arquivo

Palcos de grande número de jogos entre os tradicionais rivais, os estádios Evandro Almeida, o Baenão, e Leônidas Sodré de Castro, a Curuzu, deverão voltar a receber confrontos entre Clube do Remo e Paysandu, este ano, pela Série C do Brasileiro, cujo início está marcado para o próximo sábado, dia 8. Com o Mangueirão passando por obras de revitalização, que devem começar neste segundo semestre do ano, de acordo com anúncio do governo do Estado, o local não poderá ser utilizado. Assim sendo, Leão e Papão deverão reviver os primórdios do maior clássico da região Norte e o mais disputado do mundo.

O Re-Pa nasceu com os arquirrivais se enfrentando na Curuzu. No dia 14 de julho de 1914, portanto há 106 anos, Leão e Papão se encontravam pela primeira vez na história, jogando no atual estádio bicolor e que, na época, pertencia à empresa Ferreira & Comandita. Só algum tempo depois, a praça esportiva, cuja arquitetura, naturalmente, era bem diferente da de hoje, viria a ser adquirida pelo Paysandu. Do nascimento do clássico até hoje, o chamado “Vovô da Cidade” já recebeu um total de 186 confrontos entre as equipes.

O outro lado da avenida Almirante Barroso, por longo tempo chamada de Tito Franco, recebeu, por 201 vezes até hoje, o “Clássico Rei da Amazônia”. As partidas foram disputadas no estádio Evandro Almeida, o popular Baenão, pertencente ao Clube do Remo. A praça azulina teve a sua inauguração no dia 15 de agosto de 1917, ano em que o mundo conheceu a Revolução Russa, um dos grandes acontecimentos da história mundial, com o nascimento de uma república socialista, que bem mais tarde viria a ruir.

A partir de 1978, com a inauguração do Mangueirão, a partida que divide o coração dos paraenses, o Re-Pa passou a ser disputado em sua grande maioria no estádio estadual, com alguns jogos, por força de motivo maior, ocorrendo no Baenão e Curuzu e até mesmo fora de Belém. O Mangueirão lidera, hoje, o ranking de local de confrontos entre azulinos e bicolores em comparação ao número de jogos realizados, individualmente, nos estádios dos clubes. São 204 clássicos, 18 a mais que a Curuzu e 3 que o Baenão.

A tabela da Série C 2020, divulgada detalhadamente de forma parcial, marca o primeiro Re-Pa da competição para o dia 4 de outubro, um domingo, às 20h, a Curuzu, pela 9ª rodada. O segundo confronto, cujo mando pertence ao Clube do Remo, ainda terá sua data e outros detalhes divulgados pela CBF. A segunda partida, tudo indica, deverá acontecer no Baenão.

PARA RECORDAR

Os torcedores mais novos de Clube do Remo e Paysandu, certamente, não lembram das últimas vezes em que os dois tradicionais rivais se enfrentaram em seus respectivos estádios, no caso o Baenão e a Curuzu. Isso ocorreu, curiosamente, na mesma temporada, a de 2002, com ambas as partidas valendo pela Copa Norte, que viria a ser conquistada pelo Papão, título que garantiu ao time participação na Copa dos Campeões e, depois, na Taça Libertadores. Lá se vão, portanto, 18 anos do fato histórico, que poderá ser revivido com as participações de Leão e Papão na Série C do Brasileiro deste ano.

A última vez em que Papão e Leão se enfrentaram na Curuzu foi no dia 17 de março de 2002, em jogo válido pela segunda fase do torneio. A partida terminou com a vitória do time visitante, por 1 a 0, gol de Balão, que, mais tarde, viria a defender o próprio Papão. No jogo de volta, disputado no Baenão, o Paysandu foi à forra e bateu o maior rival, por 2 a 1, gols de Gino e Lecheva, com Balão, novamente, marcando o gol solitário do Leão. O triunfo bicolor o deixou mais perto do título do torneio, que acabou se concretizando após as vitórias sobre o River-PI (3 a 1) e, na final, diante do São Raimundo-AM, por 3 a 0, após vencer na Curuzu o adversário por 1 a 0.

A pressão é muito maior

Craque que, segundo o torcedor azulino, escrevia seu nome no gramado driblando os adversários, o engenheiro agrônomo Raimundo Mesquita, de 68 anos, vestiu as camisas de Clube do Remo e Paysandu, mas é com a torcida do Leão que ele tem maior identificação. Ao longo da carreira profissional, o Azougue do Baenão, como era chamado, disputou uma boa quantidade de clássicos Re-Pa’s, alguns deles na Curuzu e no Baenão. Com a experiência de ter, também, disputado a partida no Mangueirão, o ex-jogador afirma que a diferença é monumental em jogar nos estádios dos clubes e no estadual.

“É uma diferença muito grande jogar no Baenão, Curuzu e Mangueirão”, assegura. Mesquita conta que jogou mais clássicos no Baenão, mas que a diferença entre atuar no estádio azulino e na Curuzu não existe. “Joguei mais clássico no Baenão que na Curuzu, mas nos dois estádios é a mesma coisa, com o torcedor incentivando e malhando. A cobrança é a mesma”, diz. O ex meio-campista, que hoje cuida - diga-se, muito bem - do gramado do Mangueirão, ressalta que a cobrança do torcedor nos estádios dos clubes é bem maior que no estádio estadual.

“No Mangueirão a cobrança quase não é sentida pela distância que o torcedor fica por ser um estádio grande, com o torcedor mais distante”, argumenta. Segundo Mesquita, se o jogador não tem boa atuação em clássico a cobrança do torcedor no Baenão e na Curuzu é a mesma de um outro ponto de referência da capital paraense. “Se jogar mal o atleta vai ser cobrado no estádio e vai continuar sendo perturbado pela torcida no Ver-o-Peso, que é outro termômetro, no dia seguinte se ele tiver coragem de andar por lá”, arremata.

Clássicos da Série C podem ser na Curuzu e no Baenão
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JOGO TEM UMA ENERGIA DIFERENTE

- Ele não sabe ao certo o número de Re-Pa’s que disputou defendendo o Paysandu na Curuzu e no Baenão. Aliás, o ídolo da torcida do Papão, Zé Augusto, 45 anos, não sabe nem mesmo a quantidade de gols que marcou com a camisa do clube ao longo de seus 17 anos de Papão. “Uns dizem que foram 118, outros 120, mas nunca fui de contar os gols”, diz o Terçado Voador, como é até hoje chamado pelo torcedor. Se não sabe a quantidade de bola que mandou pra rede, Zé da Fiel, outra alcunha do ex-jogador, tem certeza de uma coisa, a de que disputar Re-Pa na Curuzu e Baenão tem atmosfera diferente dos jogos no Mangueirão.

- Jogos na Curuzu e no Baenão têm uma energia diferente, com o torcedor ali mais perto, passando todo aquele calor e cobrança para dentro de campo”, afirma. “Essa energia é ainda muito maior quando se trata de Re-Pa. Aí é que é mais gostoso mesmo disputar o clássico, sem dúvida”, ratifica. O jogador esteve presente nos três clássicos contra o rival pela Copa Norte de 2002. Ele afirma: “Curiosamente, sempre gostei de jogar Re-Pa até mesmo no Baenão. Ganhamos muitos jogos deles lá”, espeta Zé Augusto.

- O ex-jogador, que é o sétimo artilheiro da história do Paysandu, pelo qual conquistou 11 títulos entre locais e nacionais, tem algumas dúvidas na cabeça quanto aos Re-Pa’s da Série C. “Não sei como vai ser, se já teremos torcedores no estádio, se será com torcida única, não sei”, diz, emendando: “O que sei é que Re-Pa nos estádios do Paysandu e do Clube do Remo é diferente”, garante.

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