Para Eduardo Ramos jogar sem torcida será um desafio

Entre idas e vindas desde 2013, o meia Eduardo Ramos contabiliza pelo menos quatro temporadas cheias com a camisa remista e já ostenta posto de ídolo da torcida. Mais uma vez uma das principais esperanças dos azulinos por uma boa campanha na Série C, em especial com um acesso no fim, o ER33 sabe o quanto a força da arquibancada dá um gás a mais para o Leão Azul. Esse ano, a reta final do Parazão e a Terceirona será sem a torcida por causa dos protocolos de saúde em todo o país em virtude da pandemia de Covid-19. Eduardo reconhece que será uma perda para clubes de massa, como o Remo, mas adianta que o trabalho que vem sendo feito no dia a dia é, inclusive, para saber lidar com essa desvantagem.

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“É algo ruim, que vai atrapalhar. Mas trabalhamos para superar isso da melhor forma possível”, disse. “Tive umas duas experiências de jogar com portões fechados. É uma situação que pesa contra o Remo. Sabemos da força da paixão da torcida remista, seja aqui no Baenão ou no Mangueirão, é algo que soma muito. Estamos procurando uma preparação psicológica para encarar isso numa boa e não sentir tanto nos dias de jogos”, completou Eduardo.

O camisa 10 reconhece que a pressão de jogar no Remo é uma faca de dois gumes para quem não sabe suportar bem a situações quando o time não vai tão bem. “Passam muitos jogadores aqui, muitos bons jogadores, e a cobrança aqui é grande, então tem gente que sente. Eu quero sempre o torcedor ao meu lado, seja no momento bom ou ruim. A torcida move o clube, inclusive na parte financeira”.

Segundo Eduardo Ramos, com o passar dos treinos presenciais, aos poucos os jogadores vão alcançando a melhor forma possível até a volta do campeonato. Além da questão física, ele salienta o entendimento do grupo com o técnico Mazola Júnior, com quem vem trabalhando pela primeira vez na carreira. “É um cara que respeito muito, é muito querido pelo grupo. É justo e honesto, tem o grupo nas mãos e todos remam na mesma direção. É a primeira vez que trabalhamos juntos e estou me sentindo muito bem”.

E MAIS...

REFORÇOS

l Desde que o elenco azulino voltou aos treinos, cinco jogadores já foram contratados. Mas, além do lateral Everton, do centroavante Zé Carlos, do zagueiro Kevem e dos volantes Júlio Rusch e Lucas, a diretoria ainda busca mais dois jogadores para o início da disputa da Série C do Campeonato Brasileiro. Esses dois já teriam sido identificados e com os primeiros contatos feitos pelos dirigentes: o zagueiro Gilberto Alemão e o lateral-esquerdo Marlon.

l Gilberto “Alemão” Carlos Marangoni Filho tem 30 anos e defende o XV de Novembro-SP nesta reta final do Campeonato Paulista. O jogador catarinense tem passagens pelo Paraná-PR, Icasa-CE, Botafogo-SP, entre outros. Marlon, que negocia com o Remo há mais tempo, vive situação semelhante, pois defende atualmente o Santo André-SP e espera o fim do Paulistão.

l Sobre os reforços que estão chegando, o meia Eduardo Ramos mostra confiança nos novos companheiros, em especial por terem sido indicados ou avalizados pelo treinador remista. “Temos um cara que é calejado no futebol. O Mazola (Júnior) tem uma experiência em Série B, C, e quem está chegando estava em atividade, além de serem bons jogadores. Estamos montando um elenco bom para essa reta final de estadual e para a Série C. O importante é que o grupo fique forte para chegarmos aos nossos objetivos”..

l Quanto ao novo camisa 9 do Remo, Eduardo mostra confiança em que Zé Carlos possa se tornar uma referência dentro do time azulino. “O Zé Carlos é um jogador experiente. É um cara que finaliza muito bem e nos poucos dias de treinos já vimos que é um cara de grupo. A expectativa é que ele nos ajude bastante. Torço por ele, que seja fundamental para o Remo e dê alegrias ao torcedor”, finalizou o meio-campista remista.