Presidente do Independente está desanimado para volta do futebol

O presidente do Independente, Deley Santos, 49 anos, revelou, ontem, não acreditar na volta do Campeonato Paraense, assim como na disputa do Brasileiro em todas as suas divisões. O Galo Elétrico, como é chamado o clube de Tucuruí, é um dos representantes do Pará na Série D

do Nacional. O outro é o Bragantino, de Bragança. Na visão do dirigente, são remotas, quase inexistentes, as chances de o futebol voltar à cena ainda este ano. Ele toma por base o quadro desesperador da saúde pública no município em função da pandemia de Covid-19. “É uma situação crítica”, afirmou Santos, mostrando desânimo.

“Não vejo grandes chances de o Parazão voltar a ser disputado. Alguns clubes já desfizeram os seus elencos e aí fica complicado para esses clubes voltarem a formar seus grupos para disputar apenas dois jogos”, aponta Santos. Ele salienta que o vínculo empregatício dos jogadores com os clubes não pode ser inferior a três meses. “Aí eu pergunto, qual o clube que vai querer firmar contrato com atletas sabendo que podem fazer apenas dois jogos?”, indagou o presidente, que não chegou a participar, na última terça-feira, da reunião do governador Helder Barbalho com os representantes dos clubes locais com participação no Brasileiro.

“Não tive como ir a Belém para participar dessa reunião, mas pedi ao (Maurício) Bororó (vice da Federação Paraense de Futebol [FPF]) para representar o Independente”, explicou. “Depois ele nos repassou todas as informações sobre o que foi tratado no encontro”, contou. “A gente sabe do interesse e até mesmo do direito de se voltar a pensar no Estadual, visto que existe a questão dos patrocinadores. Ocorre que não vai existir tempo hábil para a volta do campeonato. Já estamos entrando no mês de junho. Não tem como”, completou.

SEM PLANOS

Santos observou que o Independente nem vem fazendo plano para a montagem do elenco com vista à Série D. “Não dá pra gente pensar em formar elenco para o Brasileiro diante de tanta indefinição e de uma perspectiva nada otimista. É complicado mesmo. Não tem campo, não tem nada, como é que vamos ficar pagando jogador de graça?”, arrematou o dirigente.