Papão: Tony está entre a vontade de jogar e a preocupação com a qualidade

O lateral-direito Tony revelou ter remotas esperanças que os Estaduais, entre eles, claro, o Parazão, paralisado, assim como os demais, por causa da pandemia do Covid-19, voltem a ser disputados ainda este ano. “Acho muito difícil a volta dos Estaduais não só no Pará, mas em todo o Brasil”, afirmou o jogador, que até torce, mas sem muita confiança, para o recomeço do campeonato - federação e clubes se reúnem virtualmente hoje para definir o futuro. “Eu até queria muito que voltasse. O Paysandu está na primeira colocação e seria muito bom coroar essa participação com o título para o clube”, salientou o jogador, de 30 anos e com 30 jogos pelo clube nas temporadas de 2019 e 2020.

Tony admitiu, na entrevista ao DIÁRIO, que caso os Estaduais tenham sequência ainda este ano, as competições sofreriam uma queda de qualidade devido o tempo que os times estão sem treinar de forma convencional. “As partes físicas e técnicas, com certeza, seriam prejudicadas. No Paysandu, por exemplo, estamos, se não me engano, há 17 dias sem treinamento adequado”, observou. “A gente vem treinando em casa, fazendo os exercícios que a comissão nos passa, mas mesmo assim o nível cairia bastante”, argumentou.

O jogador ressaltou a importância dos jogos para o aprimoramento do condicionamento físico dos atletas. “Quem dá o ritmo físico a qualquer jogador são os jogos e a gente já está todo esse tempo sem atuar”, lembrou. A última partida do Papão, ainda pela fase classificatória do Parazão, liderado pelo time com 19 pontos, aconteceu no dia 15 de março, contra o Castanhal, na Curuzu. Portanto há 23 dias. No tocante à preparação física quem vem fazendo, Tony informou que não tem se limitado aos treinos em seu apartamento.

Mesmo se expondo ao risco de contrair o Covid-19, o atleta tem utilizado algumas ruas de Belém para fazer corridas. Ele justificou a decisão de completar a sua preparação fora de seu apartamento. “Aqui no prédio onde moro a quadra e a academia estão fechadas”, justificou. “Então tenho de ir pra rua. Aqui no prédio não tem como eu correr”, ratificou. “Não tem como correr dentro do prédio e do próprio apartamento. Então tenho de ir para rua para tentar chegar o mais próximo da realidade”, comentou o jogador, que disse ser sempre abordado nas corridas por torcedores do Papão. “São pessoas que dão força e elogiam o meu empenho”, finalizou.