Longe da sua principal fonte de receita há mais de duas semanas - renda das bilheterias em jogos oficiais do futebol profissional -, no começo da noite de ontem, o Clube do Remo recebeu um alento no lado financeiro. A agremiação irá receber R$ 200 mil da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que autorizou o repasse no mesmo valor às demais equipes que irão disputar a Série C do Nacional neste ano. A medida do órgão nacional é tentar minimizar os impactos no cofre dos times da Terceira e Quarta Divisão Brasileira durante esse período de paralisação das competições em combate ao Covid-19.
CBF anuncia ajuda de R$ 19 milhões a clubes das séries C e D
O amparo da
CBF aos seus filiados se dá em virtude das reuniões e posicionamento das
agremiações, que solicitaram ajuda nas últimas semanas, por meio de ofício e
videochamada. No caso azulino, embora longe da quantia necessária para quitar
os vencimentos, hoje estimados em R$ 650 mil, o presidente Fábio Bentes
celebrou a conquista.
“Em primeiro
lugar isso é fruto da articulação dos clubes, que já vinham negociando e
preparando um plano emergencial. A CBF assinou uma ajuda, um valor que vai ser
muito bem-vindo e em boa hora. No nosso caso, ainda insuficiente”, disse o
cartola ao reiterar a busca por dinheiro novo. “A gente tá buscando cada vez
mais receitas. Ficamos gratos pela sensibilidade da CBF e esperamos continuar
nas conversas e tratativas, buscando alternativas. Esse é o primeiro passo, a
gente não tinha nada, hoje temos R$ 200 mil. É uma grande conquista”, salientou
Bentes, ao pontuar, também, a atualização do FGTS remista que estava atrasado.
CORTES?
Amanhã à
tarde, na sede da Federação Paraense de Futebol (FPF), os representantes
azulinos, ao lado dos cartolas das equipes que fazem parte da competição local
e membros da federação, farão uma reunião com o intuito de achar uma saída para
essa indefinição que paira no Parazão 2020, atualmente sem data para a bola
voltar a rolar. E justamente pela incerteza da continuidade ou não do certame,
algumas opções para a contenção de gastos foram levantadas no Baenão, como a
liberação de parte do elenco e redução de um percentual nos vencimentos, como
tem sido adotado em alguns clubes no país.
Mas, de
acordo com o diretor de futebol Dirson Medeiros, a solução só será definida com
a resolução do calendário, em especial, o Parazão. “Cogitamos, sim (redução/liberação).
Mas não tem como fazer isso sem ter uma definição”, disse. “Precisamos saber,
primeiro, o que vai acontecer com os campeonatos (e o Parazão) para saber o que
vamos fazer. Enquanto isso, todos os contratos estão normais”, explicou o diretor.
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