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PRESSIONADO

Título do Parazão 2020 é obrigação para o Paysandu

Se em muitos estados as competições locais, os chamados Estaduais, perderam muito do encanto que tinham em função de sua limitada lucratividade aos seus participantes, no Pará, o campeonato segue com o mesmo vigor de sempre. Não que a disputa garanta tant

Imagem ilustrativa da notícia Título do Parazão 2020 é obrigação para o Paysandu camera Fernando Torres

Se em muitos estados as competições locais, os chamados Estaduais, perderam muito do encanto que tinham em função de sua limitada lucratividade aos seus participantes, no Pará, o campeonato segue com o mesmo vigor de sempre. Não que a disputa garanta tantos cifrões aos participantes, mas, sim, pela força de sua rivalidade e tradição. Por conta desses fatores, ficar mais de um ano sem levantar o troféu de campeão no plano local já é motivo de preocupação e, mais ainda, insatisfação por parte do torcedor. Pois é o que vem acontecendo com o torcedor do Paysandu, que há duas temporadas não festeja o título do Parazão.

A insatisfação da Fiel é ainda maior pelo fato de as duas temporadas - 2018 e 2019 - terem sido comemoradas pela torcida do maior rival, o Clube do Remo, e este ano o clube sequer ter chegado à decisão, fechando sua participação no campeonato na 4ª posição. E não é só. Com o bicampeonato, o tradicional adversário passou a ameaçar mais de perto a liderança isolada do Papão no ranking de campeões locais: 47 a 46 títulos. Marca que pode cair em 2020, caso o Leão venha a festejar o tricampeonato, o que deixaria os titãs locais em pé de igualdade na somatória de campeonato.

A ameaça faz com que aumente a exigência do torcedor bicolor para a montagem de um time forte, capaz de voltar a dar alegria à Fiel e, ao mesmo tempo, brecar a disparada do arquirrival rumo ao topo da lista dos maiores campeões locais. A liderança em títulos estaduais há algum tempo é motivo de ufanismo por parte dos simpatizantes do Papão, que não cansam de lembrar que o clube só foi fundado 9 anos depois do maior rival e ainda assim lidera a contagem de campeonatos. Diferença está cada vez mais curta, o que representa um fantasma que o torcedor alviazul espera ver afastado do clube o mais breve possível.

Ainda que descontentes com as duas últimas participações do time no Parazão, o torcedor do Paysandu tem pelo menos um alento. O clube divide com o Rio Branco, do Acre, a terceira colocação no ranking dos clubes brasileiros com maior número de conquistas locais. A liderança segue sendo do ABC-RN, que soma 55 conquistas do Campeonato Potiguar, seguido pelo Bahia-BA, detentor de 48 campeonatos, vindo depois Papão e Estrelão, apelido da equipe acreana, com 47 títulos.

Mas para começar bem mesmo 2020, o torcedor do Paysandu, mesmo o menos exigente deles, não abre mão de voltar a ver o seu time como campeão local, independente do Parazão render ou não rios de dinheiro. O que continua valendo mesmo por aqui é a acirrada rivalidade, cantada em prosa e verso em todos os cantos do país.

OS RECORDISTAS ESTADUAIS

l ABC-RN - 55 títulos

l Bahia-BA - 48 títulos

l Rio Branco-AC - 47 títulos

l Paysandu - 47 títulos

l Clube do Remo - 46 títulos

l Ceará-CE - 45 títulos

l Internacional-RS - 45 títulos

l Atlético-MG - 44 títulos

l Nacional-AM - 43 títulos

l Fortaleza-CE - 42 títulos

l Sport Recife-PE - 42 títulos

l CSA-AL - 39 títulos

l Grêmio-RS - 38 títulos

l Coritiba-PR - 38 títulos

l Cruzeiro-MG 38 títulos

Um bom começo de ano é fundamental

Para o torcedor acostumado a ver seu time levantar o troféu de campeão, alguns de competições de grande relevância, como o da Série B do Brasileiro e da Copa dos Campeões dos Campeões, por exemplo, é mesmo duro passar um ano inteiro sem poder soltar o grito de campeão. Pois foi o que aconteceu este ano com o simpatizante bicolor, que viu seu time cair nas quatro competições que disputou - Parazão, Copa do Brasil, Série C do Brasileiro e Copa Verde. Nem mesmo no, teoricamente, mais fácil deles, o Estadual, o Papão conseguiu sequer chegar à final, ficando na 4ª colocação na classificação geral.

Com tantos tropeços em 2019, com o time chegando perto do acesso à Série B e do título da Copa Verde, que seria o terceiro da história do clube, soa natural a exigência do torcedor do Papão, que não abre mão de ver o Papão campeão estadual de 2020. É a única maneira, dizem os torcedores, de a equipe iniciar a próxima temporada de bem com a Fiel. “Não dá para tolerar três anos seguidos sem vencer o campeonato”, afirma Leomir de Souza Rodrigues, de 47 anos. “Só o torcedor que frequenta estádio, apoia o time, como é o meu caso, é que sabe o quanto é duro encarar tantos insucessos”, salienta.

A conquista local pode até não representar tanto, levando em conta a importância de um acesso no Brasileiro ou mesmo uma boa participação na Copa do Brasil, mas para muitos torcedores ela é uma espécie de aperitivo para grandes comemorações. “Dificilmente o time que vai mal no Estadual consegue fazer sucesso em competições mais importantes”, acredita Elielton Santana Marques. “A conquista do Estadual, no meu entendimento, serve para colocar ‘pilha’ no time e ver onde o grupo precisa de reforços, além de motivar o torcedor e aumentar a disputa com o maior rival”, acredita o torcedor.

E MAIS...

 Em apenas uma vez, em 2005, o jejum bicolor de dois anos sem título foi encerrado com derrota imposta ao grande rival. Nas demais temporadas, o Papão decidiu com equipes do interior, batendo o São Raimundo (2009), Paragominas (2013) e São Francisco (2016). A temporada do ano que vem se apresenta com o grande desafio para, mais uma vez, o time bicolor colocar água no chope do tricampeonato do maior rival, só não se sabendo se em um novo Re-Pa decisivo ou se diante de uma equipe do interior.

 Da última vez em que foi campeão, após jejum de duas temporadas, o Paysandu foi dirigido pelo técnico Dado Cavalcanti. A decisão de 2016 teve como palco o Mangueirão, onde o Papão derrotou o São Francisco, por 2 a 1, gols de Fernando Lombardi e Fábio Alves, com Andrelino descontando para a equipe santarena. A equipe bicolor formou com Émerson; Ronyeri (Rodrigo Andrade), Fernando Lombardi, Gualberto e Lucas; Ricardo Capanema, Augusto Recife, Raí (Raphael Luz) e Celsinho; Fabinho Alves e Leandro Cearense (Betinho).

GRANA

Financeiramente é interessante, sim

Da mesma maneira que o torcedor comum do Paysandu, o presidente do clube, Ricardo Gluck Paul, não abre mão de ver o time bicolor voltar a triunfar no Parazão na próxima temporada, depois de amargar a perda da disputa nos dois últimos anos. “A responsabilidade, com toda a certeza, é muito maior. É obrigação de nossa equipe voltar a vencer o campeonato local. Não dá para ficar três anos seguidos apenas disputando o Parazão sem chegar ao objetivo principal, que é o título”, afirma Gluck Paul, que não vê a competição local como um estorvo no caminho dos clubes.

O dirigente se diz completamente contrário à ideia de se acabar com o Estadual, como é sugerido por muita gente do meio esportivo. “Acho que o campeonato deve ser mantido, agora precisamos brigar para que ele ganhe um maior atrativo”, recomenda Gluck Paul, sugerindo o modelo adotado pelos clubes da região Nordeste, que criaram a Copa do Nordeste, tendo os seus respectivos estaduais como uma espécie de trampolim para a participação dos times em uma competição de maior envergadura, como é o torneio interestadual.

A alegação daqueles que são favoráveis ao fim dos Estaduais, por se tratarem, na maioria dos casos, de campeonatos deficitários, segundo o presidente, não se enquadra à realidade do Parazão. A competição, salienta o dirigente, chega a ser até mais viável, financeiramente, que a Terceira Divisão do Brasileiro, competição que é disputada pelo Paysandu. “A Série C não paga nada. Nem patrocínio e nem transmissão. O Estadual paga os dois. O que acontece é que na Série C são mais jogos e, consequentemente, os clubes têm mais renda. Mas, tanto para o Paysandu quanto para o Remo, o Parazão não é deficitário”, explica o dirigente.

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