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DURO GOLPE

Derrota na Copa Verde fez o Paysandu perder quase R$ 3 milhões 

Para um clube que está, conforme afirmou seu presidente, há poucos dias, “em situação delicada”, operando com dificuldade financeira e ainda por cima em fim de temporada, a perda da Copa Verde significa mais um duro golpe à gestão do Paysandu. A derrota d

Imagem ilustrativa da notícia Derrota na Copa Verde fez o Paysandu perder quase R$ 3 milhões  camera Fernando Torres

Para um clube que está, conforme afirmou seu presidente, há poucos dias, “em situação delicada”, operando com dificuldade financeira e ainda por cima em fim de temporada, a perda da Copa Verde significa mais um duro golpe à gestão do Paysandu. A derrota diante do Cuiabá-MT, que acabou levando o título do torneio, está fazendo com que o Papão deixe de contar, entre outros rendimentos, com a bolada de quase R$ 3 milhões que o clube embolsaria por sua inclusão nas oitavas de final da Copa do Brasil de 2020. O prejuízo bicolor, porém, não se restringe à cota paga pela CBF.

De acordo com especialistas no assunto, o rombo nas contas do Papão deve ficar entre R$ 5 e R$ 6 milhões. Entram nas contas negativas, segundo o economista Luís Augusto Medeiros Silva, consultado pela reportagem, a provável redução no número de filiados do projeto Sócio Bicolor, assim como a possível diminuição na venda de produtos oficiais do clube. “São situações comuns sempre que o torcedor é obrigado a conviver com a perda de um título pelo time do coração, como está ocorrendo neste momento com a torcida do Paysandu”, justifica.

O estrago contabilizado pelo Papão, causado pela perda da competição, só não está sendo maior em função da boa arrecadação registrada na partida decisiva da última quarta-feira. Da renda bruta de quase R$ 1 milhão, o clube arrastou algo em torno de R$ 600 mil. O valor, porém, é pequeno comparado ao montante que a administração bicolor planejava receber no futuro, caso o time tivesse levantado pela terceira vez a Copa Verde.

O Paysandu vem colecionando prejuízos desde o final de 2018, quando o clube caiu da Série B para a Série C do Brasileiro deste ano. Na época, Tony Couceiro, que antecedeu ao atual presidente, Ricardo Gluck Paul, calculou um déficit de cerca de R$ 12 milhões nas contas do clube, causado pela queda. Só de cota por disputar a Segundona, o clube arrecadava R$ 6 milhões. O restante do prejuízo se deveu ao fim do contrato com a Caixa Econômica, que cortou o patrocínio do futebol, e da redução no número de filiados do Sócio Bicolor e venda de material da marca Lobo.

Logo no início deste ano, o clube seguiu sofrendo baixa em suas arrecadações ao deixar de participar da grande final do Parazão. Imagina-se que o Papão tenha deixado de ganhar algo em torno de R$ 500 mil com a eliminação do time pelo Independente na semifinal da competição. A saída prematura da Série C do Brasileiro, após a tumultuada partida, em Recife, contra o Náutico-PE, além de frustrar o acesso do time à Série B, fez com que o Papão perdesse uns bons trocados também.

CORRENDO ATRÁS

O presidente Ricardo Gluck Paul confirma o baque nas contas. “Isso afeta em termos de premiação. Sem a Copa Verde, não vamos entrar nas oitavas de final da Copa do Brasil, o que nos faz perder 2,4 milhões brutos”, observa. Mas o valor, de acordo com Gluck Paul, poderá ser recuperado em 2020. “Teremos a oportunidade de recuperar esses valores nas competições do próximo ano”, argumenta. O cartola não esconde que o clube chega ao final de 2019 com a folha salarial do elenco em atraso, situação que poderia ser facilmente contornada, caso o time tivesse conquistado o torneio interestadual, o que lhe daria a possibilidade do pedido de um adiantamento à CBF da cota da Copa BR.

É apertar os cintos!

- Com tantos reais a menos no cofre, a gestão bicolor já “aperta o cinto” ao tratar da montagem do elenco para a temporada 2020. Este ano, por exemplo, o Papão contratou 32 profissionais, alguns poucos deles do futebol local. Para que o clube se adapte à nova realidade financeira, valorizando o seu próprio produto, o técnico Hélio dos Anjos vem observando as divisões inferiores do clube, sobretudo o sub-20 e sub-17.

- Alguns dos jogadores já treinam entre os profissionais, pinçados que foram pelo treinador da base bicolor. São os casos, por exemplo, do zagueiro Kerve, e dos atacantes Bruce e Marco Antônio e Flávio. Esses atletas, que já possuem vínculos profissionais com o clube, poderão aparecer como verdadeiras opções para o treinador em 2020 e não apenas como complemento do elenco principal do clube. “Esses garotos não representam uma aposta nossa, mas sim uma realidade”, garante Dos Anjos.

- Outro efeito pode ser percebido desde já com a liberação de cinco jogadores. Dos Anjos admite que a perda da Copa Verde aumentou as dificuldades financeiras do Papão. “Ela (Copa Verde) representava muito para o clube. Ela dava o respaldo para entrar na temporada que vem com o caixa em dia”, observou o técnico.

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