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JUSTIÇA

Desportiva vai recorrer ao Pleno por exclusão 

Excluída da final do Campeonato Paraense Sub-17 pela Justiça Desportiva, a Sociedade Desportiva Paraense entrou com recurso contra a decisão em primeira instância. Ontem, a 1ª Comissão Disciplinar apreciou um recurso do clube de Marituba, mas, por unanimi

Excluída da final do Campeonato Paraense Sub-17 pela Justiça Desportiva, a Sociedade Desportiva Paraense entrou com recurso contra a decisão em primeira instância. Ontem, a 1ª Comissão Disciplinar apreciou um recurso do clube de Marituba, mas, por unanimidade, auditores e relator da comissão mantiveram a suspensão do técnico Matheus Lima e de um dirigente, além da esdrúxula exclusão do clube da disputa do campeonato, decisão essa considerada inédita no futebol brasileiro. A Desportiva prometeu recorrer ao Pleno do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-PA).

“Na segunda-feira vamos entrar com recurso ao Pleno. O tribunal está de recesso amanhã (hoje) e por isso recorreremos somente semana que vem. Vamos atrás dois direitos do clube. O recurso será contra a punição da Desportiva, do treinador e do dirigente”, comentou Carlos Henrique Carvalho, executivo de futebol do clube de Marituba.

A Desportiva tentou suspender a partida decisiva de quarta-feira através de mandado de garantia com pedido de liminar, o que não foi atendido pelo presidente do TJD, Carlos Augusto Lobato. A realização do jogo foi considerada por muitos esportistas uma tentativa da federação de criar um fato consumado e com isso pressionar o tribunal a negar o recurso. Como o TJD funciona dentro da federação, é de se esperar que seus auditores não mudem o que foi determinado pela FPF. Entretanto, no campo jurídico, em esferas superiores, existe a possibilidade de mudar a decisão e anular o jogo que foi marcado pela federação entre Remo e Carajás, pelas finais do campeonato paraense. Mas casos assim são raros no futebol paraense. No final do ano passado, a própria Desportiva entrou com uma ação alegando que o Paraense utilizou jogadores irregulares na Segundinha e chegou a recorrer ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), última instância, mas não obteve sucesso e o resultado de campo foi mantido.

Advogado da Desportiva, Bruno Castro mantém cautela nas críticas ao tribunal, mas garante que o que foi decidido até aqui é algo inesperado e pode trazer prejuízos futuros ao TJD. “Não posso afirmar qualquer tipo de perseguição. Mas não posso deixar de afirmar ser uma decisão absolutamente surpreendente a nível de Brasil. Se mantida irá manchar a história do nosso TJD”, observou Castro.

Ontem, Matheus Lima divulgou um vídeo em uma rede social lamentando o que vem acontecendo e afirmando que a Desportiva está sendo prejudicada e que isso vem frustrando sonhos de vários jovens atletas do clube. “Faço esse vídeo prestando um pouco da minha revolta com o que está acontecendo”, disse. “Para quem gosta e vive de futebol, está sendo muito difícil, em especial para mim e minha família (...) A Desportiva teve o artilheiro e o vice do campeonato, além da defesa menos vazada”.

Entenda o caso

- No dia 26 de maio, na vitória de 8 a 0 da Desportiva sobre o São Francisco, ainda pela primeira fase da competição, o técnico Matheus Lima foi expulso junto com um dirigente. Ambos foram citados na súmula pela árbitra Jakeline Ribeiro Portilho como tendo proferido ofensas a ela. Matheus nega que tenha ofendido a árbitra.

- O técnico e o dirigente foram julgados pela 1ª Comissão e, de acordo com o entendimento do relator Carlos Alberto Campos, a gravidade das acusações contra eles rendeu a suspensão de seis jogos e 110 dias, respectivamente. Entretanto, sem que a Desportiva tenha sido citada ou acusada pela procuradoria, os auditores deciditam excluir a agremiação do campeonato, impedido-a de disputar a final, numa decisão considerada por muitos como inédita por ter desrespeitado os princípios básicos do processo legal de ampla defesa e o direito ao contraditório.

- No entanto, o treinador e o dirigente não apresentaram defesa por não terem sido citados em tempo hábil, assim como a Desportiva, que acabou excluída sem que em nenhum momento apareça no processo como ré.

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