Nos minutos finais, quando o Cruzeiro apenas tocava bola no
ataque, a torcida no Mineirão começou a gritar o nome do técnico que estreava
neste domingo (18).
Nada que Rogério Ceni já não tenha ouvido na carreira como
goleiro e técnico. Mas seu impacto na equipe que estava entre os rebaixados do
Campeonato Brasileiro foi imediato.
A vitória por 2 a 0 sobre o Santos no Mineirão fez o time
mineiro sair da zona da degola do Brasileiro, também graças ao 1 a 0 obtido
pelo CSA sobre o Fluminense no Maracanã.
O Santos ainda é o líder do campeonato, apesar de ter
perdido duas partidas seguidas pela 1ª vez no torneio. Na semana passada, havia
sido derrotado pelo São Paulo. Mas viu a vantagem na ponta da tabela cair para
dois pontos. A equipe tem 32, contra 30 de Flamengo e Palmeiras.
Os gols do Cruzeiro foram marcados por Fred e Thiago Neves.
O primeiro teve influência direta de Rogério Ceni. Quando o
Santos viu Gustavo Henrique ser expulso, aos 3 minutos de jogo, o técnico
mandou o centroavante aquecer. No fim do primeiro tempo, o atacante que não
marcava há 16 jogos abriu o placar.
Era um jejum maior que o do próprio Cruzeiro, que ficou 11
partidas sem vitória.
A influência de Ceni não se limitou à substituição. Não era
segredo que ele mudaria o Cruzeiro. A ideia era passar do ritmo mais cadenciado
usado por Mano Menezes para um estilo mais veloz. Ele chegou a dizer isso à
beira do campo, segundos antes do início.
Mesmo assim, o técnico do Santos, Jorge Sampaoli, não estava
preparado. Manteve a escalação de um setor de marcação lento, incapaz de
acompanhar os atacantes rivais.
Foi na correria que Pedro Rocha ganhou de Gustavo Henrique e
provocou a expulsão do defensor. Também com a colaboração do goleiro Everson,
que ameaçou sair do gol, parou no meio do caminho e provocou o instante de
indecisão do companheiro que foi fatal.
Com um a menos, o Santos não tinha poder ofensivo para
reagir. Até porque Sampaoli, dono de um trabalho quase irretocável até agora na
Vila Belmiro, meteu os pés pelas mãos.
Com a expectativa de jogar 87 minutos com um jogador a
menos, não colocou mais outro zagueiro para repor a perda de Gustavo Henrique.
Tirou Evandro e colocou o lateral Pará, que foi tão mal em campo que acabou
substituído por Luiz Felipe. Apenas quando estava em desvantagem, Sampaoli
introduziu mais um defensor na equipe.
Agitado à beira do campo, Rogério Ceni insistia para seu
time ir para à frente. O Cruzeiro teve chances para marcar mais gols, mas as
desperdiçou.
CRUZEIRO
Fábio; Orejuela, Dedé (Cacá), Fabrício Bruno e Egídio (Fred);
Henrique, Dodô, Marquinhos Gabriel e Thiago Neves; David (Robinho) e Pedro
Rocha. T.: Rogério Ceni
SANTOS
Éverson; Jorge, Lucas Veríssimo e Gustavo Henrique; Diego
Pituca, Carlos Sanchez (Alison), Felipe Anderson e Evandro (Pará (Luiz
Felipe)); Derlis Gonzáles, Soteldo e Sasha. T.: Jorge Sampaoli
Data: 18 de agosto de 2019, domingo
Horário: 16h (de Brasília)
Local: Mineirão, em Belo Horizonte (MG)
Competição: Campeonato Brasileiro, 15ª rodada
Árbitro: Anderson Daronco (RS) Assistentes: Rafael da Silva
Alves (RS) e Elio Nepomuceno de Andrade Junior (RS)
VAR: Caio Max Augusto Vieira (RN)
Gols: Fred, aos 43 minutos do primeiro tempo; Thiago Neves,
ao 1º minuto do segundo tempo
Cartões amarelos: Thiago Neves e Fred (Cruzeiro)
Cartão vermelho: Gustavo Henrique (Santos)
(FolhaPress)
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar