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Corinthians, Grêmio e São Paulo podem diminuir 'abismo' no futebol

Um estudo das finanças dos grandes clubes do futebol brasileiro divulgado no início da semana passada revelou que Flamengo e Palmeiras concentram 24% das receitas e impõem um abismo financeiro em relação aos principais rivais. Apesar desta vantagem ser la

Um estudo das finanças dos grandes clubes do futebol brasileiro divulgado no início da semana passada revelou que Flamengo e Palmeiras concentram 24% das receitas e impõem um abismo financeiro em relação aos principais rivais. Apesar desta vantagem ser larga e existir inclusive uma tendência de descolamento da dupla em relação à realidade dos outros nos próximos anos, o mercado tem a percepção de que pequenos ajustes na gestão econômica de três times podem fazer com que eles se reaproximem do topo.

Por diferentes razões, Corinthians, Grêmio e São Paulo são apontados como possibilidades reais para diminuição deste abismo financeiro do futebol nacional no futuro.

No caso dos clubes paulistas, a previsão de César Grafietti, consultor do Itaú BBA, é de que uma mudança de direção no intervalo entre dois e três anos pode fazer com que o quadro econômico não se distancie tanto de Flamengo e Palmeiras. Já o Grêmio vive um "caminho para a estabilidade", com controle de gastos ao longo dos últimos anos. Outros clubes com valores importantes de receita, como Cruzeiro e Internacional, têm desafios muito maiores para alcançar o mesmo patamar.

CORINTHIANS

A retenção dos valores arrecadados em bilheteria da Arena Corinthians para o fundo responsável pelo pagamento do financiamento da Caixa Econômica Federal segue como grande obstáculo do clube para ter contas saudáveis. Na receita de R$ 389 milhões de 2018, por exemplo, menos de 5% se devem à bilheteria de jogos e sócio-torcedor, enquanto no Palmeiras o número foi equivalente a 24%. Além disso, o clube perdeu quase 50% em verbas de publicidade de um ano para outro.

Apesar das dificuldades, o Corinthians ainda conseguiu terminar 2018 com R$ 89 milhões de geração de caixa. Houve crescimento nas receitas de direitos de transmissão e venda de jogadores e diminuição no gasto com pessoal. O estudo trata o Corinthians como um equilibrista "que mantém vários pratos girando sobre hastes", e aponta que grandiosidade da torcida, localização geográfica e desempenho em campo, com briga por títulos, são fatores que podem fazer a diferença positivamente.

GRÊMIO

"A oportunidade bateu à porta do Grêmio e a gestão soube aproveitá-la", conclui o relatório do Itaú BBA sobre a situação econômica do Grêmio. O clube reduziu em R$ 45 milhões suas dívidas e reaproveitou o recurso da venda de jogadores com investimentos em estrutura e categorias de base - ou seja, o fato de não vender jogadores de maneira apressada, apenas para fechar as contas, ajuda na evolução gremista.

O clube teve receita de R$ 381 milhões em 2015, com caixa gerado de R$ 151 milhões. Os valores são vistos como positivos. O clube pode ter perdido 29% de investimento em publicidade, mas compensou com 16% a mais em bilheteria e programa de sócio-torcedor. Outro fator preponderante analisado nos últimos anos é a redução dos custos e do endividamento, apesar dos valores envolvidos na construção da Arena do Grêmio.

SÃO PAULO

Grandiosidade da torcida, localização e força da formação de jogadores nas categorias de base são elementos que pesam a favor do São Paulo, apesar de o desempenho em campo não ter sido positivo nos últimos anos. A visão é de que o clube trabalha muito aquém de sua capacidade, pois deteve a terceira maior receita do futebol brasileiro em 2018 (R$ 399 milhões) e o único resultado esportivo relevante alcançado foi uma vaga na primeira fase da Copa Libertadores.

Fatores preocupantes são os "investimentos elevados sem sucesso esportivo, além da incapacidade de fazer receitas além da TV". A publicidade caiu mais de 50% e os recursos obtidos graças ao estádio do Morumbi em 19%. Em compensação, os custos também foram reduzidos, especialmente com pessoal. Ainda assim, as dívidas não são reduzidas de forma relevante e também não há criação de gordura financeira que possibilite manter o nível de investimento dos últimos anos.

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