Enquanto o elenco profissional do Clube do Remo para esta temporada ainda passa por reformulação, a equipe azulina de todos os tempos segue quase que inteiramente definida, a partir da decisão do próprio Fenômeno Azul. Após a nomeação de jogadores memoráveis para a onzena ideal do Leão, como é o caso do zagueiro Belterra e do meia-atacante Mesquita, na última sexta-feira (15), outro nome icônico foi escolhido pela torcida par fazer parte do ‘dream team’ remista. Trata-se do atacante Ageu Elivan Lopes de Azevedo, ou Ageu Sabiá, como ficou conhecido na carreira como atleta profissional.
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Com duas passagens pelo Baenão (1993 /1996-1998), em ambas o ex-atacante e ídolo azulino conseguiu marcar o seu nome por ter atingido feitos importantes. Dentre elas, revezado no topo da artilharia da Série A do Brasileirão de 1993, com o até então jovem Ronaldo, ao encerrar na quarta colocação na disputa de goleador com 10 gols marcados, atrás do Fenômeno que anotou 12 pelo Cruzeiro, de Clovis do Guarani, com 13, e de Guga do Santos, com 14. No seu retorno ao Evandro Almeida, sagrou-se bicampeão estadual, em 1996/97.
Dono de uma qualidade diferenciada nos gramados, com velocidade e pontaria mesmo longe do padrão físico ideal requerido pelo esporte, Ageu Sabiá agradece por ter deixado sua parcela de contribuição na história do futebol do Remo. “Eu só posso dizer que fico muito feliz. Muitos atacantes importantes vestiram essa camisa, que tem um valor enorme, como o Alcindo, Bira, Edil. Essa lembrança nos faz acreditar que fizemos bem o nosso papel por esse time”, comentou.
Veja os gols de Ageu
Natural de Monte Alegre, município do Nordeste do Estado, hoje com 52 anos, Ageu, declarado torcedor do azulino, comentou sobre ser um dos valores da terra a ter chegado longe e cravado o nome no esporte local, algo que está em falta no futebol atual. Além disso, o antigo atacante relembrou feitos importantes, recomendações à diretoria remista e a motivação ao vestir o manto do time.
Jogo inesquecível
Foram muitos jogos importantes, em Re-Pa’s então. Mas aquele em 1993 contra a Portuguesa (5 a 2) pelo Brasileiro em que marquei dois é inesquecível. Ficamos em 8° naquele ano, um feito importante em um campeonato muito difícil.
Jogador diferenciado
Era um pouco mais cheinho, mas isso não importava. Eu era um jogador que ia pra cima mesmo, sem bola perdida. Quando vestia a camisa a gente se doava ao máximo para corresponder e deixar tudo em campo. Não importava adversário, peso, mas sim ir pra cima.
Valor local
Fico feliz em ter sido um jogador daqui que deu certo e acho que falta isso hoje em dia. Nós vemos diretores contratando jogadores do Sul que não sabem nada daqui ao invés de procurar aqui mesmo. Costumo dizer que, quando a Tuna quebrou, Remo e Paysandu quebraram também, porque era de onde vinham grandes jogadores.
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