A Rússia foi banida por quatro anos de competições
internacionais de esporte, entre elas os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 e da Copa do Mundo do Qatar, em 2022. A
punição da Agência Mundial Antidoping (Wada) se baseia em acusação de que o
país teria usado sua agência de controle de doping para fraudar exames de
atletas.
"Por muito tempo, o doping russo prejudicou o esporte
limpo", afirmou a Wada em comunicado. "A Rússia teve a oportunidade
de colocar sua casa em ordem e reunir-se à comunidade antidoping global para o
bem de seus atletas e pela integridade do esporte, mas optou por continuar em
sua posição de decepção e negação".
Os russos têm 21 dias para recorrer da decisão à Corte Arbitral do Esporte (TAS, sigla em francês). Caso entrem com o recurso, as sanções aplicadas pela Wada ficam suspensas até que o órgão as confirme ou rejeite.
A Rússia é acusada de manipular laboratórios, incluir
amostras falsas nos testes e deletar arquivos relacionados a testes positivos
de doping.
A decisão da agência foi tomada de forma unânime por seus
integrantes, e anunciada nesta segunda-feira (9). A punição valerá até 2023.
Durante o período, a Rússia não pode sediar competições esportivas
internacionais.
A Rússia busca ser uma potência global do esporte e virou
algo de investigações sobre doping, principalmente, desde 2015, quando um
relatório apontou uso massivo de substâncias para melhorar o desempenho dos
atletas do país.
O caso foi tão grave que a Wada suspendeu a agência russa de
controle de doping, Rusada, por não acreditar mais nos resultados dos testes
feitos por ela.
Os atletas russos que não estão envolvidos nos casos de
doping poderão competir em eventos internacionais, mas sem representar a
Rússia. Isso já aconteceu nos Jogos Olímpicos de Inverno de 2018 em
Pyeongchang, após o país ser banido por irregularidades no controle de doping
nos Jogos de 2014, sediados em Sochi.
Desde 2015, a Rússia foi
proibida de competir como nação no atletismo desde 2015.
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