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MÚSICA

Leo Fazio lança clipe de “Porra” e dá entrevista exclusiva sobre a carreira

Dono de uma voz única, o músico Leo Fazio lançou recentemente seu primeiro trabalho solo, paralelo a sua banda Molodoys: Sangue Pisado & a Música do Século XXI, como já divulgamos e esmiuçamos por aqui. Para expandir o material de divulgação do álbum, Leo

Dono de uma voz única, o músico Leo Fazio lançou recentemente seu primeiro trabalho solo, paralelo a sua banda Molodoys: Sangue Pisado & a Música do Século XXI, como já divulgamos e esmiuçamos por aqui.

Para expandir o material de divulgação do álbum, Leo lança o terceiro clipe do trabalho (sendo que “Cobra-coral” já tinha seu próprio material quando foi lançada como single e “Do Katendê” também conta com vídeo oficial.).

Trata-se da canção “Porra”, onde no clipe, a atriz e produtora Melissa Guedes da Canil Recs, local onde o disco foi gravado, aparece “interpretando” o próprio músico andando pelas vielas de Juiz de Fora (MG).

Para saber mais sobre tudo que envolve esse novo trabalho de Leo Fazio, trocamos uma ideia com o músico sobre a carreira solo, o novo clipe e as expectativas para 2019.

Confira nossa entrevista logo abaixo e veja o clipe de “Porra”.

TMDQA!: Nesse seu primeiro álbum, vimos que você buscou se distanciar de si para se encontrar. O clipe ter trazido uma atriz “interpretando” você teria algo a ver com isso?

Leo Fazio: Realmente, eu procurei me distanciar de mim mesmo pra me encontrar (como diz aquela música do Candeia interpretada pelo Cartola “deixe-me ir, preciso andar…”).
Sobre o clipe, eu não tinha pensado nisso, mas agora parando pra refletir faz bastante sentido sim. A ideia de chamar a Melissa Guedes pra atuar nele me veio meio que do nada, enquanto eu colocava roupa pra lavar, então eu não tinha pensado tanto no motivo (além da nossa clara semelhança). Mas posso dizer que eu realmente a chamei porque queria estar mais “fora de cena” nesse clipe, pra tentar enxergar e interpretar as coisas um pouco de fora, por outro plano. E a Mel mandou super bem, tanto nesse clipe quanto na sua participação na música “Crime” (que também conta com a participação do meu querido Pedro Pastoriz, da banda Mustache & Os Apaches).

De qualquer forma, esse foi um clipe bem divertido de gravar e todo esse processo foi bem interessante, acho que consegui ter algumas revelações disso, de toda a experiência na verdade.

TMDQA!: Qual foi a motivação da a escolha da canção “Porra” para clipe, divulgando esse novo trabalho?

Leo Fazio: Acho que foi uma mistura de motivações… O primeiro clipe que eu gravei/lancei foi o de “Cobra-Coral”, gravei tudo sentado na cama, segurando a câmera com uma mão, os cabos do cenário com a outra e a luz com os pés (foi dureza), gravei dentro do meu quarto lá na casa do estúdio Canil Recs – onde eu gravei e produzi o disco em parceria com meu amigo Everton Surerus – então depois disso eu já sabia que ia fazer algo num lugar menos fechado e introspectivo, provavelmente a céu aberto. Então eu fui andando com a Melissa e com o Bruno Schultz (ator que faz uma participação no clipe) pelas ruas e vielas nas redondezas do estúdio lá em Juiz de Fora, eu já tinha visto algumas vielas e lugares bem legais que me chamaram a atenção, depois desse “reconhecimento de terreno” eu tive a certeza de que iria gravar por esses locais.

A escolha da música acho que já tava meio implícita quando pensei no clipe, ela me pareceu a música certa pro tipo de clipe que eu queria produzir, queria que tivesse uma vibe um meio urbana, um pouco “Subterranean Homesick Blues” e acho que essa música tem bem esse clima, fiz até uma referência no modo como o clipe começa (risos).

TMDQA!: Quais foram as influências e referências que você teve para a produção do clipe e da música? E como se deu esse processo de criação e execução?

Leo Fazio: Eu tive a ideia de fazer essa música enquanto assistia a um filme biográfico sobre o Ian Curtis e o Joy Division, chamado Control. Tem uma cena nesse filme com o poeta-punk John Cooper Clarke onde ele declama o poema “Evidently Chickentown”. Na época eu estava sob forte influência do Movimento Antropofágico e também estava conhecendo um pouco de Roberto Piva e poesia marginal na época brasileira, então esse tipo de abordagem lírica fez minha cabeça e consegui relacionar bastante com o tudo isso que eu tava conhecendo.

Eu também enxerguei uma grande semelhança entre o “flow” do poema com uns sambas antigos, como “Minha Viola” do Noel Rosa (que eu chego a citar no final do primeiro verso de “Porra”) e também me lembrou algumas coisas de Bob Dylan e Racionais MCs (que eu também cito na música, mais pro final). Então eu tentei pegar todas essas referências pra compor algo, e o resultado foi “Porra”.

Agora sobre a produção do clipe, queria uma vibe meio “Subterranean Homesick Blues” como falei antes, mas queria juntar isso com uma estética meio anos 90 (como Nirvana e Sonic Youth) e também juntar com umas referências de videoclipes de artistas mais atuais que eu tenho ouvido, como Toro y Moi, King Krule, umas paradas meio glitch lo-fi tropical surrealista tipo YMA, Lau e Eu e Murilo Sá – que participou do disco na faixa “Delírio de Lorena” – e coisas desse tipo.

A ideia do clipe era simples então a execução foi bem fácil, a gente saiu andando pelas ruas da cidade onde eu pretendia gravar, eu com a câmera na mão e a Mel vestindo as minhas roupas, sem segredo, a gente terminou de gravar em mais ou menos 3 horas, foi bem divertido mesmo, as pessoas na rua adoram ver alguém com uma câmera na mão, rolaram várias interações engraçadas.

TMDQA!: Como você acha que a linguagem visual do clipe dialoga com a linguagem literal do seu novo álbum: Sangue Pisado & a Música do Século XXI?

Leo Fazio: Acho que as linguagens de ambos se encontram na sensação urbana que o clipe e o disco carregam. Tentei transmitir bastante o clima e o caos de se viver em uma cidade como São Paulo, a frenesi e a confusão, e de certa forma alguma beleza nisso (bastante distorcida e distópica, vale frisar). Outra coisa que eu busquei pra ambas as linguagens foi uma mistura entre referências de diversos gêneros musicais e de vários momentos da nossa história. Uma das minhas maiores influências foi o álbum “A Música do Século XX de Jocy”, da compositora Jocy de Oliveira, lançado em 1959. Mas eu não queria ficar preso só nisso, então procurei buscar influências de todos os cantos e épocas pra compor essa espécie de salada de frutas estranha que é o disco, espero ter conseguido, mas isso quem vai julgar é o ouvinte né (risos).

TMDQA: Mesmo agora estando focado na divulgação de seu novo trabalho, você já tem outros planos em vista? Tanto na carreira solo como na Molodoys?

Leo Fazio: Eu sempre tenho (risos) Desde o lançamento do primeiro disco da Molodoys, o “Tropicaos”, eu já estava com a cabeça em outras coisas, outros discos e etc… Um deles é esse que eu acabei de lançar, outro é o próximo disco da Molodoys que está em processo de finalização e irá se chamar “As Fronteiras da Razão” (provavelmente sai em Abril/Maio deste ano). Então neste momento, além da divulgação do meu disco eu também estou com a cabeça nesse segundo lançamento da Molodoys, nos clipes desse lançamento e em uma session do coletivo Gruta Grita que a gente participou e eu tô editando.

Além disso acho que posso dizer que também já estou começando a planejar meus próximos passos da minha carreira solo, já tô pronto pra explorar novos caminhos musicais e artísticos. Meu amigo da banda Goldenloki, Yann Dardenne, me chamou pra produzir uma música chamada “Tietê” no estúdio da banda, música que eu já havia lançado numa versão acústica presente no meu EP “Três por 1 Real”, de 2017. Além dela também já tenho algumas outras músicas na manga para serem trabalhadas, tô querendo trazer uma vibe mais pop e bonita talvez, vamos ver onde isso vai dar…

Fonte: TMDQA!

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