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TINHA QUE SER PRETO

Kratos canta a versatilidade do homem negro de Castanhal

Rapper de 18 anos lança primeiro álbum contando sua história vivida no interior do Pará

Imagem ilustrativa da notícia Kratos
canta a versatilidade do homem negro de Castanhal camera As 5 faixas são uma proposta de mostrar as várias faces de Kratos | Carolynne Matos/Divulgação

Da Baixada do Milagre, periferia de Castanhal, nordeste paraense, Kratos criou laços de amor, mas também viu sonhos serem esquecidos e roubados.

Desde criança, aprendeu sobre o valor da simplicidade na “Baixada”, seja na divisão das contas ou nas brincadeiras de rua.

E assim, o rapper começou a contar a sua história, registrar seus sentimentos em versos após os treinos de futebol e mostrar o verdadeiro sentido da frase “Tinha Que Ser Preto”, título do álbum que estará disponível no dia 2 de abril em plataformas digitais de música e no Youtube.

“Tinha Que Ser Preto” foi a frase que Kratos ouviu tantas vezes de forma pejorativa, mas que pra ele é sinônimo de potência e orgulho. No cotidiano do seu bairro, percebeu a imposição da sociedade aos pretos de periferia em limitá-los ao espaço em que moram, mas traçou suas próprias metas e ambições de vida.

Com isso, o EP conta sua própria jornada na vida e na música, de uma forma jamais dita por ele antes. Além de vir com rimas afiadas e sem limitações, o trabalho fala também da liberdade de cantar sobre qualquer assunto ou sentimento, de revolta, de dor ao amor, amizade, desejo de luta e vitória.

Subvertendo a frase preconceituosa, quase um ditado popular, que Kratos veste como armadura, ele acredita que “tinha que ser a gente mesmo pra fazer o ‘bagulho’ acontecer. As grandes obras foram pessoas pretas que fizeram, tudo passou por nós. Mas não tivemos a devida atenção, sempre passou despercebido” manifesta o artista, que canta o orgulho por ser um preto de periferia e “cria da Baixada do Milagre”.

VERSATILIDADE

Conhecido pelos versos fortes combinados à beats agressivos, Kratos explora o seu lado vocal no projeto. “Tinha Que Ser Preto” mescla rimas com músicas cantadas e letras fortes. Também vai dos versos de “papo reto” aos romances com a participação especial da cantora e compositora paraense Matemba e produção do beatmaker e produtor Navi Beatz.

Kratos inicia o EP com “Nós ta no jogo”, produzido pelo beatmaker Erick Di, relembrando várias lições que aprendeu na “baixada”. “Tudo que eu vi se resume em ódio e, mesmo assim, eu consigo amar” e, “na melhoria, vários vão chegar, por isso eu não posso falhar”, canta Kratos. Em seguida, saúda um velho amigo com “que Deus o tenha, desse grande irmão eu sempre vou lembrar, descanse em paz, meu mano Elias, logo logo vamos se encontrar”.

Na sequência fala de mudança de vida, dizendo que “cada rima, minha veia pulsa, eu vim do fundo do poço, a vida me jogou no meio do nada, o rap foi o meu mapa” na faixa “Balançando”, resultado de mais uma parceria com o beatmaker Navi Beatz. Depois narra uma história de amor, junto a cantora Matemba, em “Noites em Claro”. “Intensidade a gente tem de sobra, mas já tá na hora de soltar a mão”, relatam sobre um casal que percebe a necessidade do término, mesmo ainda havendo amor.

SOBRE O ARTISTA

Kratos começou a compor ainda criança. Na época tinha o sonho de ser jogador de futebol, quando descobriu o rap escrevendo os primeiros versos nos intervalos dos treinos. Qualquer sentimento ou ideias logo iam para os cadernos. Assim como a composição, a admiração pelo movimento hip hop veio cedo. Desde criança ouvia 2Pac, Sabotage, Facção Central, mas foi com o “Sobrevivendo no Inferno” de Racionais MC’s que Kratos se apaixona pelo rap.

Para ilustrar o seu lado determinado, Weverton, nome de batismo do artista, escolheu assinar seu trabalho com a alcunha de “Kratos”, um personagem do jogo “Deus da Guerra” conhecido como um deus renegado. No jogo, um grande guerreiro de Esparta percebe que não venceria uma batalha e, à beira da morte, recorre ao deus Ares, trocando a sua alma por força. Contudo, essa força se transforma em ira, que o faz perder a família. O personagem trava várias batalhas contra aqueles que o desprezaram. E, segundo Kratos, aquele que é “cria da Baixada do Milagre”, a história do personagem lembra a realidade de tantos meninos renegados, “traídos” pelo sistema e, até mesmo, por pessoas ao redor.

Aos 16 anos, lançou suas primeiras rimas. Hoje, com apenas 18 anos, reúne mais de 10 sons lançados, dentre eles “Ditado”, “Cheio de Ódio” e “TTN”. Inclusive garantiu 8 mil visualizações em “Love Diferenciado” e outras 7 mil com “Eu Sou Forte”. Seus versos já foram ouvidos de Curitiba à França. Hoje, ele integra o time da Psica Produções, com quem já participou da Semana Internacional de Música, a SIM São Paulo.

LANÇAMENTO

2 de abril, a partir de 00h

Em todas as plataformas de streaming de música

Acompanhe em: https://instagram.com/kratosx_

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