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COMEMORAÇÃO VIRTUAL

Orquestra Sinfônica Brasileira completa 80 anos com músicos tocando à distância 

Depois de anos de uma grave crise financeira e institucional, a Orquestra Sinfônica Brasileira tinha marcado 2020 como a temporada da virada. Com a casa arrumada, a intenção era comemorar os 80 anos da companhia, celebrados ontem, com séries especiais e u

Depois de anos de uma grave crise financeira e institucional, a Orquestra Sinfônica Brasileira tinha marcado 2020 como a temporada da virada. Com a casa arrumada, a intenção era comemorar os 80 anos da companhia, celebrados ontem, com séries especiais e um concerto de gala no Teatro Municipal, onde a OSB fez sua estreia, em 1940. Mas a pandemia atrapalhou os planos para o festejo.

Sem poder se apresentar ao vivo, a orquestra passou a explorar o ambiente digital, com vídeos e aulas on-line de seus músicos. E na segunda-feira, 17, lançou uma minitemporada virtual para celebrar as suas oito décadas de existência.

“Como o vírus chegou antes na Europa e nos EUA, a gente se reuniu e tomou a decisão de ter velocidade e tentar se adaptar, já que eles tinham encerrado a temporada. Mas é duro chegar aos 80 anos e não poder se apresentar ao vivo”, diz Ana Flavia Cabral Souza Leite, diretora-geral da OSB.

E a adaptação, em formato de concertos on-line, estreou com “Série OSB 80 anos”. Até sábado, no YouTube (/sinfonicabrasileira) e no Facebook (/orquestrasinfonicabrasileira) da orquestra, serão seis vídeos, um por dia, com gravações editadas dos músicos tocando de suas casas.

“A ideia é manter a atmosfera de concerto, do jeito que o público nos vê, com homens de casaca e mulheres de maquiagem e salto alto”, afirma Ana Flavia. “Adaptamos para o formato de câmara. Todos os 72 músicos participam, mas em vídeos diferentes”, diz. A abertura foi com “Música para fogos de artifício reais”, de Haendel, para marcar o tom festivo. Os próximos quatro vídeos serão representados pelas famílias de instrumentos: percussão, hoje, e mais cordas, madeiras e metais nos próximos dias. O último desta primeira série é dedicado ao quarto movimento da “9ª sinfonia” de Beethoven, “Ode à alegria”.

“A gente sonhava com este dia 17 de agosto, um concerto de gala, com a ‘9ª sinfonia’ nos 250 anos de Beethoven. Ficamos tristes de não poder estar reunidos, mas temos recebido tanto retorno do público que não dá para dizer que não está sendo um bom ano para a orquestra”, contemporiza.

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BEETHOVEN

A efeméride do compositor alemão é o tema do segundo ciclo, “Série Beethoven”, que começa no dia 25 de setembro, com cinco concertos virtuais. “O público vai encontrar a dedicação e o amor dos músicos fazendo o máximo para a gente exprimir essa alegria do palco para o universo virtual. Os chefes de naipe estão cuidando da leitura da partitura e orientando a interpretação. Não dá para fazer com todo mundo junto, a física não permite”, brinca Ana Flavia, citando famosa frase de Galvão Bueno. “Quem inventou a roda foi o Bach. Depois disso, a gente faz o que dá”.

O terceiro e último ciclo da temporada digital comemorativa é a “Série clássica brasileira”, a partir de 1º de outubro, com dez vídeos. O programa das apresentações conta com composições de Carlos Gomes e Villa-Lobos, além de peças inéditas de Rodrigo Cicchelli, Antonio Ribeiro e João Guilherme Ripper. “Também vamos celebrar esse DNA da OSB, que fomenta a produção da música brasileira. Teremos estreias de obras de compositores brasileiros vivos”, comenta a diretora, que exalta os números da orquestra na internet durante a quarentena. “A coisa do digital, apesar do desafio, trouxe resultados muito bons. A OSB ao vivo de casa teve cinco milhões de visualizações. Jamais seria possível um público desse tamanho em um ano todo no teatro. Foram 23 aulas publicadas, com 150 mil visualizações. Logo, o virtual vai ser incorporado em nossa produção artística daqui pra frente, é uma ferramenta de democratização da nossa cultura”, avisa.

Apesar do hiato forçado pela pandemia logo após três anos de tormenta, a OSB garante que está navegando com tranquilidade pelas águas turvas da quarentena. “Em 2017, desenhamos um plano de reestruturação da instituição. A meta era chegar aos 80 anos podendo comemorar. Nós chegamos. Nossa ideia era celebrar a sobrevivência da orquestra, então vamos celebrar a vida todos os dias, nenhum contrato de trabalho foi suspenso, não realizamos nenhum corte de salário, fizemos questão de preservar a posição dos músicos, até porque eles seguem trabalhando dentro de casa”.

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