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Artistas aproveitam período de isolamento para estreitar relação dos fãs com suas obras

A nossa impossibilidade de estarmos juntos fisicamente abriu um espaço ainda maior no ambiente virtual entre as pessoas. Observo que este é um momento decisivo de consciência coletiva e humanitária, de pensar no outro, na importância da vida. O coronavíru

Imagem ilustrativa da notícia Artistas aproveitam período de isolamento para estreitar relação dos fãs com suas obras camera Aíla ensinou a tocar seu próprio repertório em live com a multi-instrumentista Aline Falcão, que integra a banda que a acompanha. | Rafael Fanti/Divulgação

A nossa impossibilidade de estarmos juntos fisicamente abriu um espaço ainda maior no ambiente virtual entre as pessoas. Observo que este é um momento decisivo de consciência coletiva e humanitária, de pensar no outro, na importância da vida. O coronavírus não afeta somente idosos, ele demonstra o quanto nós estamos conectados, o quanto a atitude de um pode salvar o outro. É uma rede que precisa ser de afeto e não de contaminação”. A fala é da cantora Aíla sobre este momento que o mundo inteiro está passando. Para se reinventar, ela e diversos artistas começaram a fazer entradas ao vivo nas redes sociais para continuar interagindo com o público, mesmo que seja de forma virtual.

Para ela, este momento é ainda o de olharmos para o que realmente importa a nossa volta. “É importante perceber o quanto que a vida humana depende muito mais das nossas próprias relações de cuidado e afeto, do que de outras coisas que a gente prioriza todos os dias: o dinheiro, o trabalho, os bens materiais. É um momento de introspecção, amadurecimento, mudança de visão, rumo, caminho, prioridades”, acredita a cantora.

O artista também precisa saber viver essa fase de forma diferenciada, continua ela. “É um momento sem precedentes, onde o artista precisa se comunicar somente on-line, sem o calor do ‘ao vivo’. Estou tentando ressignificar a nossa própria limitação atual. Propagar arte e alimentar as pessoas com música. Não se sabe ao certo ainda como, financeiramente, isso será sustentável, dia após dia ando pensando em estratégias para fortalecer esses novos caminhos”, conta.

Nessa experiência com a plataforma on-line, ela destaca a participação de Dona Onete em uma delas. “Iniciei no fim de semana algumas lives e aulas on-line com temas variados. A minha primeira convidada do bate-papo foi Dona Onete. Nós falamos sobre música, cuidados necessários neste momento de isolamento social, tomamos açaí on-line (risos), matamos um pouquinho a saudade e rimos muito. Sorrir também é remédio para o corpo, né?”, pontua.

Ela conta que esta iniciativa tem sido satisfatória. “No dia seguinte, tive uma outra convidada on-line, a multi-instrumentista baiana Aline Falcão, que inclusive faz parte da minha banda, e deu uma aula ao vivo de violão, ensinando a tocar músicas do meu repertório, com teoria musical e bate-papo. Foi demais! O público tem curtido bastante participar das lives. Comecei agora, mas toda semana vão ter várias... Tocar, cantar, trocar ideias, conhecimento, experiências. Arranjar novas formas de conexão. Afinal, o momento é de ficar em casa”, pontua.

NOVO

Com tempo disponível para pensar em novos projetos, Aíla conta que o público pode esperar por um lançamento de um projeto na quarentena. “Estou finalizando um single novo, que já íamos gravar o clipe e aí começou essa pandemia no Brasil. Então, agora é respirar, esperar um pouco, e entender como as coisas se darão... Mas vai ter lançamento na quarentena com certeza”, anuncia.

Para os próximos meses, a perspectiva dela traz um olhar mais humano. “Acho que todo mundo está entendendo ainda o que será do futuro... Mas a ideia agora é seguir à risca todas as recomendações da ciência e de especialistas da saúde realmente capacitados para enfrentar essa crise. E não ideólogos criminosos, que visam à estabilidade econômica ao invés da vida de milhares de pessoas. O que está em jogo é a vida! De muitos, por sinal”, pondera Aíla.

Sobre as lives musicais, a proposta é fazer algo mais envolvente. “A ideia é fazer algo intimista, olho no olho, cantando algumas músicas dos meus dois álbuns e trocar também uma ideia com o público, conversar. Saúde mental é arte e diálogo. Precisamos estar juntos de muitas maneiras nesse momento”, acredita.

Ela diz que o público tem de ficar ligado para não perder nada. “As músicas são surpresa (risos) só pra quem assistir as lives ao vivo. A agenda da semana está cheia”, comemora ela.

Juliana Sinimbú ensina cifras de suas músicas ao vivo

A ideia de ensinar suas músicas era antiga, mas só agora Juliana Sinimbú teve tempo para desengavetar o projeto.
📷 A ideia de ensinar suas músicas era antiga, mas só agora Juliana Sinimbú teve tempo para desengavetar o projeto. |Prix Chemical

Juliana Sinimbú diz que uma coisa boa ela tem tirado desse período de quarentena, que é desengavetar alguns projetos que tanto se cobrava para realizar. Um deles é ensinar os seus 16,4 mil seguidores do Instagram a tocar suas músicas, projeto esse que ela precisou reformular por conta do isolamento domiciliar.

“Isso era algo que eu já vinha estabelecendo como coisa que tinha que desengavetar há algum tempo, porque as pessoas me pedem muito as cifras das minhas músicas. Lancei o primeiro vídeo com uma música muito fácil, que tem só três acordes. Eu também não sou uma musicista, então estou passando um conhecimento dentro das minhas limitações. Este projeto era para eu fazer acompanhada de um músico: enquanto eu cantava, ele ensinava. Precisou acontecer isso para que eu assumisse um instrumento musical, o que me gerou um retorno muito positivo”, comemora.

Essa interação permitiu uma troca muito grande com o público, conta a artista. “Praticando a gente melhora e eu sou prova viva disso, porque voltei a pegar todos os dias no violão por conta da quarentena e isso era uma coisa que não acontecia com frequência, por causa da rotina que me exige muito estar fora de casa. Na quarentena, por outro lado, me comprometi a fazer os projetos que eu já estava devendo há um bom tempo a mim mesma”, admite Juliana. O tempo livre ela também tem dedicado a outro instrumento. “Eu tenho um teclado há anos e nunca tinha pegado nele. Estou fazendo videoaulas, né?”.

Logo que postou o vídeo ensinando a música “Convite”, as pessoas abraçaram a ideia. Depois da primeira veio “Acesa” e ela já tem uma lista de canções para as próximas lives. “Mas nem todas eu consigo tocar, então estou pedindo para alguns parceiros me ensinarem a maneira mais simplificada de tocá-las Os vídeos que vou lançar são para iniciantes”, avisa.

A ideia é perdurar o projeto durante a quarentena. “Acredito que este período tem sido muito novo para todo mundo. Trocar conhecimento e ainda continuar fazendo com que o público se aproxime de nós é pensar em novas formas de viver esse momento tendo como auxílio a arte - além de ser uma forma de não enlouquecer nessa reclusão. Então, eu procurei várias maneiras de continuar me comunicando através das plataformas e uma delas é a famosa live”, justifica. “Acho que a internet é uma ferramenta maravilhosa para que nós possamos usar a nossa criatividade dentro do que sabemos passar e continuemos de mãos dadas com o nosso público, mesmo que seja de uma forma distante, mas que a gente não deixe afrouxar o laço”, ressalta.

ACOMPANHE

Juliana Sinimbu: @julianasinimbu

Aíla: @ailamusic

Hoje, às 19h30 - @festivalficoemcasabr

Dia 4, às 19h - @casanaturamusical

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