Os jogos brasileiros que brilharam no BIG Festival 2017

Quando o assunto é indie game, o BIG Festival une o que há de melhor: os melhores jogos independentes, oportunidades de parcerias, desenvolvedores trocando experiências e, para o público geral, uma boa quantidade de jogos para experimentar e palestras para assistir.

A edição de 2017 do BIG não deixa a desejar em nenhum dos quesitos: há uma área de negócios para os desenvolvedores, palestras com profissionais da área, e, principalmente, jogos interessantes para testar. Demos uma olhada nos jogos do festival e escolhemos aqueles que mais nos chamaram a atenção:

Keen (Cat Nigiri)

Zumbis? Sim. Robôs? Também. Uma protagonista com patins, mau-humorada e extremamente fofinha? Claro. A melhor vovó de todas? Pode apostar que sim. <strong>Keen</strong> é um jogo que mistura puzzle com estratégia e combate corpo-a-corpo. A explicação é complicada, mas o jogo em si é bem simples e bem divertido – você só pára quando algo bloqueia seu caminho, o que faz com que seja necessária uma boa dose de planejamento ao invés de só sair deslizando por aí.

Necrosphere (Cat Nigiri)

Dobradinha da Cat Nigiri: Necrosphere é um jogo de plataforma e exploração estilo metroidvania, mas com a diferença de usar só dois botões. Nada de pular, atacar ou bloquear, você só pode andar para a esquerda ou para a direita, e as outras ações dependem do ambiente. É possível pular andando na direção de bolhas, por exemplo. A jogabilidade é simples mas os desafios não, tornando o jogo fácil de jogar mas difícil ao mesmo tempo. Por sua mecânica, Necrosphere está concorrendo em Inovação e Gameplay, além de ser um dos concorrentes a Melhor Jogo Brasileiro.

Legend of the Skyfish (Crescent Moon Games)

Com um belo visual e uma trilha sonora excelente, Legend of the Skyfish é um jogo que mostra que varas de pesca podem ser muito mais legais e úteis do que a gente enxerga num primeiro momento. Você pode usar o anzol e a linha para puxar inimigos, levá-los até armadilhas ou para se puxar para outra área, além de poder usar a vara como arma.

Esquadrão 51 (Márcio Rosa)

O jogo Esquadrão 51 é um shoot’em up com um visual diferente e interessante. O clima de filme antigo é presente em todos os momentos, desde o menu até o próprio jogo em si, quando você deve atirar nas naves alienígenas e outros perigos que aparecem na tela. Até porque o jogo tem atores reais.

Leis para Todos (Supernova Games)

O jogo coloca você na pele de Alberto Colina, um jovem deputado que está começando sua carreira na política. Leis para Todos é uma visual novel, ou seja, um jogo focado na narrativa em que você toma decisões para determinar o futuro do personagem. Além da narrativa focada nos escândalos e no que é moral ou não, há um minigame para ajudar o protagonista a estudar as leis.

Distortions (Among Giants)

Depois de oito anos em desenvolvimento, Distortions chega ao BIG concorrendo ao prêmio de Melhor Jogo Brasileiro. Os sons do jogo são incríveis, e o visual é muito impactante.

Bônus: além dos jogos acima, todos indicados ao prêmio de Melhor Jogo Brasileiro, dois outros nomes um pouco mais conhecidos também ganharam destaque na feira.

Galaxy of Pen and Paper (Behold Studios)

Sucessor do hit Knights of Pen and Paper, o jogo Galaxy of Pen and Paper traz de volta tudo o que amamos no primeiro jogo da franquia: piadas excelentes, arte divertida, trilha sonora de qualidade e o jeitão de RPG de mesa. O Behold Studios também é responsável pelo jogo Chroma Squad, e o jogo também serviu como aprendizado para que Galaxy ficasse ainda melhor.

Eliosi’s Hunt (TDZ Games)

Feito na Unreal Engine, esse jogo brasileiro está próximo de seu lançamento e é simplesmente incrível. Eliosi’s Hunt apresenta um mundo novo e cheio de criaturas estranhas, e te dá o controle de Eliosi, um jovem que sonha em ser caçador de recompensas. A jogabilidade é fluida e as telas são desafiadoras, misturando a ação de um jogo de tiro com diversos elementos de jogos platformers.

A quinta edição do BIG Festival acontece dos dias 24 de junho a 2 de julho, com exceção de segunda (26), no Centro Cultural São Paulo, ao lado do metrô Vergueiro em SP. A entrada é gratuita.