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ENTREVISTA

“Me sentia como macaco no zoo”, diz Glória Maria sobre episódio de racismo em clube

A jornalista falou ainda sobre perseguição no regime militar e namoro com filho de Roberto Marinho

Imagem ilustrativa da notícia “Me sentia como macaco no zoo”, diz Glória Maria sobre episódio de racismo em clube camera Jornalista participou do programa Conversa com Bial, na última segunda-feira (18). | Divulgação/TV Globo

A jornalista Glória Maria foi a primeira convidada do programa Conversa com Bial, que retornou à Globo na última segunda-feira (18). Durante a entrevista, ela falou sobre o racismo que sofreu quando namorava José Roberto Marinho, herdeiro de Roberto Marinho, fundador da TV Globo. Os dois namoraram e até moraram juntos.

Bial, que escreve sobre as história de vida de Roberto, citou uma biografia posterior à sua que fala sobre uma manifestação racista do herdeiro contra Glória, que na época era repórter da emissora.

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O livro O Poder Está no Ar, do jornalista Leonêncio Nossa, revela que José Roberto disse que seu porteiro esteve no Country Club do Rio de Janeiro com o filho e sofreu preconceito dos sócios do local. Com isso, decidiu levar Glória ao lugar no dia seguinte para enfrentar o ambiente racista.
Bial questionou a jornalista: “Foi assim mesmo?”. Ela respondeu: “Foi assim. Uma coisa que nunca falei, levei um susto quando vi isso no livro, não sei como foi com o menino, mas com nós foi horrível. O clube inteiro olhando aquela mesa, eu não sabia o que fazer, e não entendi direito a maluquice que era o camping. E eu: ‘José, vamos embora, todo mundo olhando pra gente’. E eu não sabia se era só porque eu era negra ou se era também porque ele era o filho de Roberto Marinho, mas foi um dos momentos mais ruins, mais desagradáveis da minha vida, me sentia como um macaco no zoológico, todo mundo ali, esperando a hora de dar uma banana”.

PERSEGUIÇÃO NO REGIME MILITAR

Quanto ao assunto trabalho, Glória disse ter sofrido perseguição de João Figueiredo, quando era presidente da República.
“Ele não me suportava. Quando ele foi indicado, a gente foi fazer a famosa fala dele na Vila Militar, em que ele dizia: ‘Para defender a democracia, eu bato, prendo e arrebento’. Eu sou muito boa em português, e ele citou uma coisa da gramática que não existia mais, e eu disse: ‘Presidente, o senhor me desculpa, mas isso que o senhor citou não existe mais’. Ah, Pedro… ‘Tira essa mulher daqui’, ele gritava, e eu saí dali escorraçada, e passei a ser o horror do general Figueiredo. Quando ele chegava, ele falava: ‘Tira aquela neguinha da Globo daqui’.
Glória comentou também que o Brasil não está mais racista como antigamente e disse que, quando começou a apresentar programas na emissora, “as pessoas diziam: ‘Ah, ela tá apresentando agora por causa do movimento negro'”.

A jornalista falou também sobre o tumor no cérebro que ela descobriu no ano passado e disse estar bem melhor. Ela também comentou sobre a perda da mãe, Edna Matta, aos 89 anos.

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