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Atriz de Malhação revela agressões que sofreu de ex-namorado

A atriz Ana Hikari, de Malhação: Viva a Diferença,  relembrou momentos traumáticos da sua vida. Em entrevista ao site Hugo Gloss, a jovem contou os dias difíceis que viveu ao ado do seu ex-namorado.Entre silêncios e gritos de socorro: machismo e culpabi

Imagem ilustrativa da notícia Atriz de Malhação revela agressões que sofreu de ex-namorado camera Divulgação

A atriz Ana Hikari, de Malhação: Viva a Diferença, relembrou momentos traumáticos da sua vida. Em entrevista ao site Hugo Gloss, a jovem contou os dias difíceis que viveu ao ado do seu ex-namorado.

Entre silêncios e gritos de socorro: machismo e culpabilização das vítimas matam mulheres todos os dias

Vitima de violência, Ana descreveu as agressões verbais e psicológicas que sofreu ao longo de nove meses juntos. A violência física foi cometida ao fim do namoro.

Vítima de agressão física, a atriz revelou como se sentiu no período desde que denunciou o caso até receber a resposta da justiça em seu favor. ´

Já se passaram quaro anos do ocorrido, mas Ana ainda sofre com traumas ao enfrentrar outras relações. A artista ainda falou sobre a importância do estudo do feminismo para ter coragem de denunciar e do choque que tomou ao ir à delegacia para ver como "Acho que a parte que mais me doeu foi chegar na delegacia para ver como estava meu processo e ver a sala com pilhas e pilhas de papéis e aquelas mulheres trabalhando em vários outros casos e eu pensar: 'Meu Deus, é muita mulher que passa por isso'", relatou.

"Eu não achava que era uma relação abusiva, só que, quando a gente terminou, um dia ele descobriu que eu estava em um teatro assistindo a uma peça e foi até esse teatro escondido. Ele me perseguiu. Nesse dia, eu achei um absurdo ele estar fazendo aquilo, ainda mais porque era um momento que ele tinha que estar no trabalho. Mas o que eu fiz quando o vi foi falar com ele e acalmá-lo. Ele meio que saiu correndo, mas eu fui até ele, desejei o melhor, falei que estava preocupada dele fazer aquilo e ele foi embora. Quase três anos depois, quando eu fui da Defensoria Pública, as mulheres me entregaram um panfleto sobre violência doméstica. Eu achava que já tava sabendo tudo sobre o meu caso, que já sabia todas as violências pelas quais tinha passado e nesse papel eu lembro de ver que a 'violência pode se apresentar de diversas maneiras para as mulheres', e era uma lista, e uma delas era perseguição. Só nesse momento, três anos depois, eu entendi que o que tinha passado no primeiro término já era um indício de violência", relembrou.

Informada, Ana procura cada vez mais entender do assunto. Hoje ela consegue falar das outras atitudes que configuravam agressão no relacionamento. "Ele sempre fez uma certa pressão psicológica sobre mim... mas como não era nada explícito, eu passava muito pano. Em outro momento, eu tive um relacionamento muito abusivo, quando eu era mais nova. Ele não chegou a me agredir fisicamente, mas tinha muita chantagem e eu permaneci nessa relação cegamente... inclusive de suicídio... tanto é que, quando fui agredida, me senti muito, muito culpada", desabafou.

Ela ainda detalhou o momento da agressão: "A gente tinha terminado, mas estávamos nos envolvendo de novo. Ele foi para a minha casa e, à noite, enquanto a gente estava dormindo, ele mexeu no meu celular. Como a gente não estava mais junto, eu já tinha ficado com outras pessoas e ele viu alguma troca de mensagens e ficou com ciúmes. Eu acordei de madrugada e ele estava de pé, vestindo uma roupa para sair, muito bravo. Sentei na cama e fiquei perguntando o que tinha acontecido. Ele começou a me xingar de vagabunda, vadia e veio pra cima de mim apontando o dedo na minha cara. Ele pegou a mão dele e fez como se minha cabeça fosse uma bola de handebol, apertou e me jogou contra a cama, pressionando minha cebeça e meu olho. Eu me lembro da unha dele fazer força no meu olho".

"Ele saiu correndo e foi embora da minha casa. Eu me lembro de levantar e não conseguir abrir o olho direito, completamente atordoada. Na hora que eu consegui voltar ao normal, calcei o primeiro sapato que vi e saí correndo. Quando cheguei na portaria e saí, ele me empurrou contra a porta do prédio e machuquei meu braço, ficaram hematomas. Ele continuou discutindo comigo, falou que eu não era ninguém, que eu nunca seria uma boa atriz, me xingou de novo. Apertou meu braço e me empurrou mais duas vezes e saiu correndo pela rua. Tentei pedir ajuda, mas ninguém parou... fui atrás dele e ele me deu um tapão na cara. Foi quando eu falei 'chega, não dá mais'", desabafou.

Ana também falou qual foi sua primeira atitude ao determinar o limite da situação: "Fui atrás dele porque eu queria que ele entendesse que o que fez foi errado... em momento algum pensei em agredir ele porque eu nem teria força. Eu lembro de pensar 'eu só não posso deixar que a mão dele chegue no meu rosto'. Pensava que não poderia fazer nada físico contra ele porque ele ia me devolver e eu ia desmaiar no meio da rua", detalhou.

Hikari falou sobre seu outro relacionamento abusivo, quando tinha 16 anos. "Lembro de chorar sozinha no banheiro da escola porque ele me controlava a distância... Ele estudava em outra escola, mas na hora da saída, ele ia para a porta e ameaçava os garotos que eram meus amigos. Eu ficava com medo porque ele era gigantesco, lutador de muay thai, o estereótipo do cara brigão do bairro... ele fez eu parar de falar com todos os meus amigos. Falava que era pra me proteger, que eu não podia deixar os caras ficarem me olhando. Ele falava pra eu ir mais coberta para a escola, eu não podia ir de shorts, saia... tinha que amarrar um casaco na bunda... Havia dias que eu não saía nem com meus pais porque ele falava que iam ter garotos me olhando", falou.

Ela, que namora há três anos e meio, revelou como lida com os traumas de relacionamentos anteriores. "Faço terapia porque tenho sequelas que ainda estão muito dentro de mim... essas situações que eu passei foram importantes para eu conseguir definir limites pra mim mesma do que eu quero numa relação. Eu consigo dizer 'daqui a gente não vai passar se isso continuar dessa maneira'", afirmou.

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