O novelista da Globo Aguinaldo Silva usou o seu perfil oficial das redes sociais para fazer um verdadeiro desabafo contra o presidente Jair Bolsonaro na última quarta-feira (21). Mas, parece que o escritor se arrependeu e, logo após a repercussão, apagou o post.
Na publicação,o autor de obras como 'Senhora do Destino' e 'Tieta' criticou a medida do governo de suspender edital público para a seleção de produções audiovisuais com a temática 'diversidade de gênero' para a televisão.
No Twitter, Aguinaldo comparou a decisão com a perseguição a gays na década de 1970. "Nós, gays e etc.., teremos que nos esconder ou então correr da polícia de novo como acontecia na década de 70? É o que parece. Governo Bolsonaro suspende edital para TVs públicas que tinham séries LGBT."
A mensagem foi apagada da internet, mas muitos seguidores já haviam compartilhado o post.
CONFIRA NA INTEGRA O POST!
Entenda o caso!
Bolsonaro citou filmes com temáticas de LGBT e racismo para dizer que as obras "não têm cabimento" e não devem receber recursos da Agência Nacional do Cinema.
Ele lembrou das críticas que fez semanas atrás ao filme sobre Bruna Surfistinha, que recebeu recursos através da Ancine, e negou que sua postura seja de censura. "Não censurei nada. Quem quiser pagar... a iniciativa privada, fique à vontade. Não vamos interferir nada. Mas fomos garimpar na Ancine filmes que estavam prontos para ser captados recursos no mercado. Olha o nome de alguns! O nome e o tema", anunciou Bolsonaro, antes de começar a listar filmes de temática LGBT.
Ele criticou também uma obra chamada "Religare Queer". "O filme é sobre uma ex-freira lésbica!" – falou Bolsonaro, enfatizando o termo – "e daí são dez episódios. Tem a ver com 'religiões tradicionalmente homofóbicas e transfóbicas'. Tudo tem a ver... sexualidade LGBT com evangélicos, católicos, espíritas, testemunhas de Jeová, umbanda, budismo, candomblé, judaísmo, islamismo e Santo Daime", disse ele, aparentemente lendo os temas abordados na obra.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar