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Show especial festeja Theatro da Paz e maestro Waldemar Henrique

Desde os artistas até seus próprios funcionários, o Theatro da Paz emociona e é tido como uma parte da vida dessas pessoas. Entre tantos, destaca-se o saudoso maestro Waldemar Henrique. E de tão entrelaçados em suas jornadas, eles são celebrados juntos to

Desde os artistas até seus próprios funcionários, o Theatro da Paz emociona e é tido como uma parte da vida dessas pessoas. Entre tantos, destaca-se o saudoso maestro Waldemar Henrique. E de tão entrelaçados em suas jornadas, eles são celebrados juntos todos os anos. Hoje, o teatro comemora 141 anos de fundação e os 114 anos de nascimento do maestro. Para homenagear ambos, a Secretaria de Estado de Cultura (Secult) organizou uma programação especial: o show "Da Paz, de Todos os Cantos!".

Eclético, o show será um espelho da obra do maestro, que abrange do mundo erudito ao popular, sem barreiras entre os dois gêneros. A produção é assinada por Nandressa Nuñez, com colaboração de Jena Vieira (Fundação Carlos Gomes) e direção geral de Daniel Araújo. "Será uma grande festa, com músicos populares e eruditos, um superelenco. Cada um apresentará uma das 16 canções que escolhemos do repertório do maestro. Haverá um bloco apenas dedicado a lendas, como a do boto e do curupira", adianta o diretor.

Para cantar composições como "Foi Bôto, Sinhá!", "Cobra Grande" e "Tamba-Tajá", sobem ao palco Andréa Pinheiro, Lucinnha Bastos, Alba Maria, Gigi Furtado, Joelma Klaudia, Madalena Aliverti, Léo Menezes, o Coro Carlos Gomes, Dione Colares, Idaias Souto, Antônio Wilson, Jade Guilhon, Eduardo Nascimento, Elias Hage, Milton Monte e André Leemax. Para acompanhá-los, foram convidados os músicos Edgar Matos, Ana Maria Adade, Augusto Meireles, Pardal e Trio Manari.

Músicas de Waldemar Henrique, que foi diretor do teatro, serão interpretadas por vários artistas. Foto: Carlos Rauda.

"O Theatro da Paz foi a casa do Waldemar Henrique, lugar do qual foi diretor por dez anos. A história dele se mistura com a do teatro. Quem frequentava aqui nos anos 1980/90, sempre via ele sentado ali. Eu mesmo tive a oportunidade de cantar músicas dele para ele, sentado aqui. Ver o teatro recebendo uma obra do porte dele aqui é emocionante, o teatro tem essa atmosfera que a gente vive pela música dele", dizia Daniel Araújo, em entrevista ontem, quando todos se preparavam para a importante homenagem ao maestro e à casa.

Segunda casa para artistas


Além do espetáculo desta noite, a comemoração terá visitas guiadas até o dia 22. Foto: Jader Paes/Arquivo.

Se não a mais antiga, com certeza uma delas, Maria das Neves é funcionária do Theatro da Paz há 40 anos. Ela diz que o lugar é como uma segunda casa, "às vezes parece até a primeira", brinca. “Eu sempre venho feliz para o teatro. Mesmo que o dia às vezes seja cansativo, mas já começa com a expectativa do que irá acontecer: 'quem vem visitar?', 'quem estará por aqui ensaiando ou se apresentando?'", conta. As visitas, inclusive, contam com ela como guia.

De sua parte e da maioria dos visitantes, a sala de espetáculos é o lugar favorito. "Quando a gente está lá fora é muito bonito, há muito a se contar e ver, mas quando entra aqui (na sala de espetáculo) é outra emoção. Quando entra nela, tem gente que chora, começa a lagrimar", conta.

De suas próprias memórias, "Dona Neves", como costuma ser chamada pelos colegas e visitantes, destaca o encontro que teve com a ópera. "Antes, eu trabalhava nos camarins, então nunca via. Quando passei para o receptivo, finalmente vi como era lindo, e me marcou muito".

Com tantos anos de casa, também não é surpresa que teve a oportunidade de conhecer e conviver com Waldemar Henrique. "Eu era bem mocinha quando ele morava aqui em Belém e foi diretor". A convivência com ele era muito tranquila, diz ela. "Ele era como um 'paizão' para todos os funcionários, sempre compartilhava as histórias de suas viagens para fora do país e também pelo Brasil. Era uma emoção quando a gente sabia que ele estava voltando. Eu me sinto orgulhosa de ter conhecido ele. Até hoje lembro que o camarim que ele frequentava era o 21 (hoje tido como camarim 7) e sempre que ia assistir pedia a fila 7".

Visitas guiadas

Com essas e muitas outras histórias para contar, o projeto "Portas Abertas" receberá gratuitamente o público durante a semana de aniversário do Da Paz e de Waldemar Henrique. As visitas guiadas permitem uma verdadeira viagem por este que é um dos teatros mais importantes do país e símbolo da prosperidade do ciclo da borracha em Belém. A programação segue até o dia 22, com visitas de segunda a sexta, das 9h às 12h e de 14h às 17h; aos sábados, das 9h às 12h; e aos domingos, de 9h às 11h. Cada visita guiada atenderá grupos de até 80 pessoas por vez.

(Lais Azevedo/Diário do Pará)

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