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Shaira Mana Josy fez campanha para participar de feira literária no Ceará e pensa em livro

O livro “Po Eu Sai”, de autoria da rapper e poetisa Shaira Mana Josy, está voando longe. No último final de semana, dias 2 e 3, ele participou de uma exposição em São Paulo, a “Feira de Impressos e Publicações Independentes”, uma realização do Sesc Soroca

O livro “Po Eu Sai”, de autoria da rapper e poetisa Shaira Mana Josy, está voando longe. No último final de semana, dias 2 e 3, ele participou de uma exposição em São Paulo, a “Feira de Impressos e Publicações Independentes”, uma realização do Sesc Sorocaba com a paraense Associação Fotoativa, e ainda levou a autora para a “1º Festa Literária da Diversidade Sexual”, na cidade de Fortaleza, Ceará, como convidada. E ainda devem vir outros bons frutos por aí.

A ida para Fortaleza não foi fácil. Logo que ficou pronta a publicação, Shaira se inscreveu no evento e foi prontamente selecionada, mas, sem recursos para viajar, fez uma campanha virtual para arrecadar o dinheiro para as passagens e estadia. “Fiz uma campanha para vender o livro no preço de R$ 10. A minha meta era vender 50 exemplares para garantir a passagem e hospedagem, mas o resultado ultrapassou isso e cheguei a vender 100 livros, além de doações que recebi. Deu mais ou menos o equivalente a 20 livros de doações”, conta, empolgada.

Joseane Franco Teles, conhecida no meio artístico como Shaira Mana Josy, é uma das principais militantes do movimento hip-hop em Belém desde 1998, e mais recentemente vem fomentando ações junto ao Coletivo Dandaras do Norte, para dar voz às mulheres artistas neste segmento. Sua incursão na literatura, a obra “Po Eu Sai,” é composta de 24 páginas que contêm cerca de dez poesias retratando a história de sua vida. Marginalizada pela sociedade, ela conta que precisou vencer o preconceito de cor e de gênero para conquistar seu espaço em um universo que antes era tomado apenas por homens.

“Além de poeta, sou rapper, sou a única mais antiga que conseguiu resistir neste cenário. Essas minhas vivências enquanto negra, periférica, tirei da oralidade, porque eu cantava essas coisas. Como era difícil gravar um CD, queria que mais pessoas tivessem acesso ao que eu pensava, então comecei a escrever as páginas do livro”, relata. “Depressão” é uma das poesias que estão no livro e surgiu da necessidade de falar sobre o que uma pessoa com a doença passa. “Minha mãe teve depressão e o poema mostra como é ter uma família e ninguém conseguir entender como alguém fica doente disso. Porque ela não entendia direito o que é isso, por que estava doente e ninguém também entendia as causas”, descreve.

Em Belém, o livro foi publicado em novembro passado e Shaira, ao pensar nos custos que teria com todo o processo de publicação de seu livro, resolveu fazê-lo totalmente artesanal, preparando a obra no computador e depois fazendo fotocópias para reproduzi-lo. Deu tão certo que a autora já pensa em uma nova publicação para março. “Vou trabalhar para lançar o próximo que chama ‘Perfesia’, que é o olhar para a periferia sob a visão da poesia, uma forma de mostrar que nós da periferia somos cidadãos e merecemos qualidade de vida. Tem poesia, mas com um fundo crítico também. Quero mostrar que as pessoas querem sobreviver ali”, adianta.

(Diário do Pará)

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