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Salão de arte Primeiros Passos abre sua 27ª edição voltada a artistas iniciantes

Há 27 anos ininterruptos, o Salão de Arte Primeiros Passos, do Centro Cultural Brasil Estados Unidos (CCBEU), ajuda a revelar novos talentos no campo das artes visuais. E realiza hoje, às 19h, sua cerimônia de premiação e abertura da mostra deste ano ao p

Há 27 anos ininterruptos, o Salão de Arte Primeiros Passos, do Centro Cultural Brasil Estados Unidos (CCBEU), ajuda a revelar novos talentos no campo das artes visuais. E realiza hoje, às 19h, sua cerimônia de premiação e abertura da mostra deste ano ao público. Só nesta edição, o júri formado pelo editor de fotografia do DIÁRIO, Alberto Bitar, e pelos artistas visuais Armando Sobral e Melissa Barbery, teve a difícil missão de analisar mais de 200 obras. Entre elas, os três grandes vencedores e, ainda, quatro menções honrosas.

O 1º lugar ficou com Deia Lima, que apresentou uma tríade fotográfica em preto e branco. Luiz Fernando Rabelo levou o 2º lugar, com trabalhos em aquarela, e Tuca Dias ficou em 3º lugar, com um projeto envolvendo transparência/litogravura e bordado sobre papel. A grande vencedora já havia sido selecionada em edições anteriores e chegou até o 3º lugar em 2015, desta vez, alcançando o prêmio máximo. “Eu me sinto muito feliz, porque acabei, na verdade, construindo uma história neste salão”, afirmou.

De acordo com a gerente artístico-cultural do CCBEU, Simei Bacelar, desde 2015 o salão traz um formato diferente, onde o participante pode se inscrever na primeira fase e então receber orientações a respeito de suas propostas. “Este processo promove muito aprendizado, uma vez que muitos participantes são inexperientes e não sabem como selecionar os trabalhos e como apresentá-los. Muitos deles conseguem evoluir na apresentação das obras e alcançar seu objetivo, que é ser selecionado”, diz.

O primeiro lugar deste ano traz uma série com autorretratos intitulada “Incident Face”, em que a artista trabalha a imagem feminina e a essência da fotografia. “O nome da série vem mesmo dessas três imagens que compõe a obra, da luz incidente sobre a minha face. É uma luz natural, da manhã... As fotografias foram tiradas durante uma manhã de muito sol. Ao mesmo tempo em que traz essa coisa do retrato, do autorretrato, elas falam mesmo dessa essência... De que sem luz não existe fotografia”, explica Deia Lima.

O segundo e o terceiro lugar coincidentemente também apresentam retratos. “Nós só percebemos depois da seleção. Na verdade, ainda tem mais dois ou três trabalhos que envolvem retrato/autorretrato”, comenta Alberto Bitar.

No caso de Tuca Dias, os retratos foram desenvolvidos dentro de sua pesquisa de mestrado, ainda em andamento, e falam da memória de mulheres que foram militantes durante a ditadura militar no país. “O trabalho evoca essa imagem das mulheres. Estava tentando trazer a perspectiva feminina dessa parte da história, uma perspectiva que é pouco conhecida”, diz Tuca.

O trabalho baseia-se na militante Eleni, que teve sua história apresentada à artista por meio de uma professora que também foi do movimento estudantil da época. “Esse é um trabalho que tem um significado muito grande para mim, no sentido de se relacionar com tudo que vivemos agora”, afirma.

Uma nuance não esperada pela artista é que ao trabalhar sobre o retrato de Elieni em um atelier coletivo, todos acharam que se tratava de fotos da própria artista. “Eu sou parecida com ela e não tinha percebido. Então tem essa relação de identificação, não só da fisionomia, mas de ser mulher, artista, em uma sociedade em que algumas coisas ainda não mudaram”.

OUTRAS OBRAS

Além dos premiados, o júri decidiu dar quatro menções honrosas – para Ana Sarah dos Santos, Brenda do Carmo, Iza Girard e Yan Belém – e selecionar cerca de 30 artistas para compor a mostra, em cartaz até o dia 29 de dezembro. Alberto Bitar destaca que a mostra chega com trabalhos muito significativos, em especial na área de sua especialidade, a fotografia. “A fotografia sempre tem muitos inscritos e achei os trabalhos com temas bem atuais e também muito significativos no que se refere à técnica”, diz ele, que pela terceira vez compôs o júri.


(Lais Azevedo/Diário do Pará)

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