No domingo passado (28), ocorreu o segundo turno das eleições. Muitas pessoas foram votar com um livro nas mãos. Fazia parte da campanha #MaisLivrosMenosArmas. A ação era a favor da democracia e do respeito aos direitos humanos.
Alguns famosos participaram e publicaram nas redes sociais livros que levaram.
Conheça as obras:
Leticia Colin: “Insubmissas Lágrimas de Mulheres”, obra de Conceição Evaristo
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Muita gente fez campanha para que Conceição Evaristo ocupasse uma cadeira na Academia Brasileira de Letras este ano. Isso não aconteceu, mas não impediu que a Rosa, de ‘Segundo Sol’, escolhesse uma obra da autora. A antologia é composta de 13 contos, cujas histórias têm como protagonistas mulheres negras. De dentro da cena, vozes-mulheres explicitam suas dores, anseios, temores, mas, antes de tudo revelam a imensa capacidade de se retirem do lugar do sofrimento e inventarem modos de resistência.
Deborah Secco: “A Vida Como Ela É..”, de Nelson Rodrigues
Também no ar na mesma trama, a atriz cumpriu o dever de cidadã ao lado do marido Hugo Moura e da filha Maria Flor. “A Vida Como Ela É...”, compilado de crônicas de Nelson Rodrigues, foi a “arma” escolhida pela global. “A Vida como Ela é...” era o nome da coluna diária do escritor no jornal Última Hora. As crônicas falavam sobre o cotidiano e geralmente giravam em torno do adultério, do pecado, dos desejos e da moral, causando escândalo. Inspirou o filme ‘A dama do lotação’ e teve uma grande adaptação de sucesso para a Rede Globo sob o mesmo nome.
Bruno Gagliasso: “O ódio que você semeia”, de Angie Thomas
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Starr aprendeu com os pais, ainda muito nova, como uma pessoa negra deve se comportar na frente de um policial. “Não faça movimentos bruscos; Deixe sempre as mãos à mostra; Só fale quando te perguntarem algo; Seja obediente”. Quando ela e o amigo, Khalil, são parados por uma viatura, tudo o que Starr espera é que Khalil também conheça essas regras. O livro fala sobre racismo de uma forma nova para jovens leitores e é um tema que já envolveu a família do ator: a filha dele, Titi, foi alvo de comentários racistas nas redes sociais.
Alice Wegmann: “Ensaio Sobre a Cegueira”, de José Saramago
“Livro é conhecimento, e isso ninguém me tira”, escreveu a atriz ao postar com a obra. O romance foi escrito em 1995, três anos antes de José Saramago receber o prémio Nobel de Literatura. “Ensaio Sobre a Cegueira” não é um livro sobre uma doença de origem biológica, nem tão pouco se trata de castigo divino. Num determinado trecho, através da mulher do médico, José Saramago mostra o que pode significar a cegueira: “a mulher do médico compreendeu que não tinha qualquer sentido, se o havia tido alguma vez, continuar com o fingimento de ser cega, está visto que aqui já ninguém se pode salvar, a cegueira também é isso, viver num mundo onde se tenha acabado a esperança.”
Luis Lobianco: "Devassos no Paraíso", de João Silverio Trevisan
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O livro fala sobre a homossexualidade no Brasil da colônia à atualidade. A obra e o escritor chegaram a ser “acusados” de pornográficos. No entanto, o interesse pelo livro nunca se apagou. No primeiro capítulo, Trevisan revisita o conto Cine Íris, de Aguinaldo Silva. No texto, após um passeio por um cinema de pegação, “uma guei” debutante encontra pichado na parede do banheiro: “O Cine Íris também é Brasil”.
Enrique Díaz: "Cria da favela", de Renata Souza
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Partindo da discussão sobre o que é comunidade, a autora narra a luta dos comunicadores populares no contexto da militarização da favela da Maré. O jornal "O Cidadão", a página "Maré Vive", o aplicativo "Nós Por Nós", o bloco "Se Benze Que Dá", as festas de rua e a própria autora são alguns dos personagens deste estudo.
Leandra Leal: ‘Para Educar Crianças Feministas’, de Chimamanda Ngozi Adichie
Visualizar esta foto no Instagram.Votando juntas pelo nosso futuro, cada uma com o seu livro preferido ❤️ #vamosvirar
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Após o enorme sucesso de ‘Sejamos todos feministas’, Chimamanda Ngozi Adichie retomou o tema da igualdade de gêneros no manifesto com 15 sugestões de como criar filhos dentro de uma perspectiva feminista. Escrito no formato de uma carta da autora a uma amiga que acaba de se tornar mãe de uma menina, o livro traz conselhos simples e precisos de como oferecer uma formação igualitária a todas as crianças, o que se inicia pela justa distribuição de tarefas entre pais e mães. Obra para homens e mulheres, pais de meninas e meninos. A atriz Leandra Leal tornou-se mãe este ano.
Taís Araújo: ‘Um Defeito de Cor’, de Ana Maria Gonçalves
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A atriz e apresentadora do PopStar votou com um livro nas mãos porque disse acreditar que só a educação muda um povo. História de uma africana idosa, cega e à beira da morte, que viaja da África para o Brasil em busca do filho perdido há décadas. Ao longo da travessia, ela vai contando a vida, marcada por mortes, estupros, violência e escravidão. Inserido em um contexto histórico importante na formação do povo brasileiro e narrado de uma maneira original e pungente, na qual os fatos históricos estão imersos no cotidiano e na vida dos personagens.
Fernanda Young: ’50 Poemas de Revolta’, vários autores
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Desigualdade social, racismo, machismo, incontáveis modalidades de opressão e intolerância estão nessa antologia de poemas que vão de Mário de Andrade a Adelaide Ivánova e que denunciam, cada um a seu modo, os tempos sombrios em que vivemos.
(DOL)
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