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Dia do Folclore: Confira algumas lendas e uma conversa com o escritor Walcyr Monteiro

No dia 22 de agosto é comemorado o Dia do Folclore. A data foi oficializada em 1965 pelo Congresso Nacional Brasileiro, com o intuito de valorizar as histórias e personagens, do imaginário e da cultura popular do nosso país. No Brasil, a data é marcada p

No dia 22 de agosto é comemorado o Dia do Folclore. A data foi oficializada em 1965 pelo Congresso Nacional Brasileiro, com o intuito de valorizar as histórias e personagens, do imaginário e da cultura popular do nosso país.

No Brasil, a data é marcada por várias comemorações, principalmente nas escolas e centros culturais.

O folclore nacional é representado por danças populares, que variam de acordo com cada Região, e também mitos e lendas, como o saci, cobra-grande, mula-sem-cabeça, etc.

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O Pará e a região amazônica têm um folclore rico. De expressões artísticas, como a música e a dança a lendas, é possível encontrar uma miscelânea de costumes distintos dos povos dessa área do Brasil.

Clique e confira algumas lendas locais e nacionais:

Saci-Pererê

Cobra-Grande

A Lenda do Boto

A Moça do Táxi (Belém)

Outros contos de Belém

O DOL conversou com o escritor, jornalista e antropólogo Walcyr Monteiro, que é autor de “Visagens e Assombrações de Belém”, um dos livros mais conhecidos sobre o folclore local. A obra é uma compilação de diversos contos e histórias sobrenaturais que povoam o imaginário popular da região amazônica, sobretudo da Região Metropolitana de Belém.

DOL: O que lhe motivou a pesquisar sobre o assunto?

Walcyr: O grande amor que tenho pela Amazônia, pelo Pará, por Belém! Antigamente, as pessoas colocavam as cadeiras defronte das portas das casa e contavam lendas, mitos e histórias de visagens, assombrações e encantamentos, tanto de Belém, como de toda Amazônia. Aquela altura Belém não tinha edifícios, e, à noite, só as programações de cinemas, ou seja, não havia a vida noturna que há hoje. Então contar e ouvir histórias era uma grande diversão. E isto aconteceu até chegar a televisão. Quando esta chegou em Belém, foi uma febre só: quem tinha dinheiro, comprou televisão, quem não tinha, virou televizinho, ou seja, ia ver televisão na casa do vizinho. E as cadeiras saíram defronte das casas para defronte da televisão, que "roubou" a atenção de todos para as telenovelas. E com isto deixou-se de contar as histórias. Pensando que ia desaparecer esse traço cultural tão fascinante da Região (e muitas histórias, por falta de registro, realmente desapareceram!), comecei a publicar aos domingos, no jornal "A Província do Pará", as visagens e assombrações de Belém, que foi o passo inicial para os livros que se seguiram depois.

DOL: Qual a importância do folclore (sobretudo o local) para a sociedade?

Walcyr: O folclore (que significa sabedoria, conhecimento do povo), não se constitui só de lendas e mitos, mas também das músicas, das danças, dos folguedos, da medicina popular, enfim, de todos os seguimentos do conhecimento humano, que, antes de ser científico, foi primeiramente popular. Então o folclore representa um importantíssimo ramo da Cultura, que precisa e deve ser conhecido por todos, pois representa as nossas próprias raízes.

DOL: O senhor acha que um dia essas histórias podem "cair no esquecimento?

Walcyr: Acho que pode sofrer modificações, como acontece com todo o saber humano, mas desaparecer, "cair no esquecimento" mesmo, jamais!

DOL: Como o governo ou a sociedade podem incentivar o folclore regional?

Walcyr: Com a sua divulgação nas universidades, nas escolas, nos diversos tipos de agremiações (além dos grupos folclóricos e parafolclóricos!) e através de eventos específicos, como já vem acontecendo. Basta você pensar no Festival de Bois, de Parintins-Amazonas, no Sairé (Festival de Bôtos), em Altér-do-Chão, Santarém-Pará, no Festival das Tribos, em Juruti-Pará, e em vários outros eventos, como os que vemos durante a quadra junina, com apresentações e concursos de quadrilhas, de bois-bumbás, de pássaros, etc.

A imagem pode conter: Walcyr Monteiro, sorrindo, em pé e área interna

WALCYR MONTEIRO

Jornalista profissional, colaborou com diversos jornais e profissionalmente no Jornal do Dia. Professor de nível médio e superior, trabalhou no Instituto do Desenvolvimento Econômico e Social do Pará- IDESP, na Secretaria de Cultura, Desportos e Turismo-SECDET, no Centro de Assistência Gerencial à Pequena e Média Empresa do Estado do Pará - CEAG-Pará, no Instituto de Terras do Pará - ITERPA, por onde se aposentou. Faz ou fez parte de várias organizações culturais, entre as quais o Centro Paraense de Estudos do Folclore, da Academia Paraense de Jornalismo, do Instituto Histórico e Geográfico co Pará.

Possui várias condecorações e honrarias, destacando-se Medalha do Mérito Cabanagem, da Assembléia Legislativa do Pará, A Medalha D. Pedro II (a mais alta condecoração do Bombeiro Militar do Pará), a do Mérito Judiciário, no Grau de Comendador, do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, a Medalha Brasileira Folclorista Emérito, da Comissão Nacional de Folclore, além de Títulos de Cidadão de cinco municípios paraenses.

(Thomás de Souza/DOL)

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