D epois de ser vista em Belém, a exposição “Arpilleras: Atingidas por Barragens Bordando a Resistência” chega nesta segunda-feira (14) a Marabá, onde poderá ser vista até o dia 25 deste mês no Sesc do município. A mostra é uma parceria com o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), que se inspira na técnica usada pelas mulheres chilenas para denunciar a ditadura de Pinochet para chamar atenção às violações ambientais, sociais e culturais que atingem as populações próximas às barragens no Brasil. A entrada é franca.
Para os que não conhecem, a Arpillera é uma técnica onde se costuram retalhos de tecido sobre juta, usada no Chile nos anos 1970 e 1990 como movimento político. Elas costuravam denúncias sobre a ditadura e memórias dos desaparecidos durante o regime, conseguindo assim fortalecer o movimento de resistência e dar visibilidade internacional às violências sofridas no país.
Na exposição que chega a Marabá, podem ser vistos bordados feitos com a mesma técnica por mulheres de comunidades impactadas por projetos hidrelétricos, e que registram cenas do cotidiano delas.
As peças são fruto de um projeto que o MAB vem realizando desde 2013, para que a Arpillera fosse repassada em todos os 19 estados em que o movimento está presente. Já foram expostas em espaços como o Memorial da América Latina, praças, escolas e cinemas.
Dentro da programação da mostra, na quinta-feira, 17, às 18h, será exibido o documentário brasileiro “Arpilleras: Atingidas por Barragens Bordando a Resistência”, de Adriane Canan, tendo um debate na sequência. O filme foi premiado como melhor documentário do 44º Festival Sesc Melhores
Filmes e tem a participação da atriz Dira Paes. Retrata cinco mulheres de diferentes regiões do país que foram vítimas de desastres ambientais que resultaram no desabamento de barragens, e mostra como elas tentam superar o ocorrido por meio da técnica chilena de costura. Também destaca o papel da mulher na sociedade brasileira
Também na quinta e na sexta, 17 e 18, das 14h às 18h, será realizada uma oficina gratuita sobre a técnica das Arpilleras, com construção coletiva de telas.
EM BELÉM
Na capital, no Centro Cultural Sesc Boulevard, amanhã continua a programação do Sesc Amazônia das Artes, com o espetáculo “Olhai por Nós”, com a companhia Lamira Artes Cênicas, do Tocantins, que traz questionamentos sobre identidade, instintos, vontade e crença Instrumentos musicais diversos oferecem sonoridade especial dentro da cena, que ajuda a preencher de sentidos, também os objetos cênicos, cenário e figurinos. Em uma hora de espetáculo, a proposta da companhia é lançar um convite, para um olhar mais tolerante para com a grandeza de nossa diversidade. A entrada também é franca.
EM MARABÁ
Exposição “Arpilleras: Atingidas por Barragens Bordando a Resistência”
Abertura: Hoje, às 19h
Visitação: De 15 a 25 deste mês, de 9h às 12h e 15h às 21h
Exibição do filme de Adriane Canan
Quando: Dia 17, às 18h
Classificação: Livre
Oficina “Ensino da técnica das arpileras, com construção coletiva de telas”
Quando: Dias 17 e 18, das 14h às 18h
Onde: Sesc em Marabá (Av. Transamazônica, 1925 – Cidade Nova)
Quanto: Gratuito
Informações: (94) 3324-4444 (Sesc em Marabá)
(Diário do Pará)
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