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45 ANOS

Star Wars coleciona fãs e histórias em várias plataformas

Ícones pop que atravessam gerações.

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Imagem ilustrativa da notícia Star Wars coleciona fãs e histórias em várias plataformas camera Marcus Dickson e o filho Lucas, nome dado em homenagem ao herói Luke Skywalker. | Wagner Santana/Diário do Pará

Há muito tempo - uma longa jornada de 45 anos - as aventuras em uma galáxia muito, muito distante… seguem fazendo novos fãs. “Star Wars” celebra este mês a data de lançamento de seu primeiro filme, “Star Wars: Episódio IV - Uma Nova Esperança”, que levou centenas de espectadores a amanhecer na porta do Chinese Theater, em 25 de maio de 1977, ansiosos para ver aquela inédita história de uma “guerra nas estrelas”, como o filme foi chamado no Brasil. Este ano, a data trouxe nova expectativa aos fãs, que puderam esperar, dormindo no sofá de casa mesmo, a estreia de “Obi-Wan Kenobi”, na última sexta-feira, 27, na plataforma Disney+.

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Derivada da franquia de George Lucas, a série traz de volta às telas da TV alguns dos personagens mais icônicos do universo dos filmes e mostra que essa saga está bem longe de terminar. Para justificar a longevidade, poderia-se entrar no mérito dos efeitos especiais - os efeitos sonoros do primeiro filme conseguiram arrebatar um prêmio especial no Oscar seguinte ao seu lançamento junto com outras seis estatuetas -, mas há vários outros motivos que celebram a franquia, e um muito importante é o merchandising.

“Ficou folclórico que o George Lucas abriu mão dos lucros como diretor para explorar a marca como merchandising. Ele pegou uma empresa pequena de brinquedos, a Kenner, para fazer só brinquedos do filme e venderam tanto [40 milhões de peças] que, quando saiu o filme, não tinha brinquedos suficientes para a demanda”, destaca o artista visual e produtor cultural Sérgio Fiore, 39, que é membro do “Conselho Jedi - Pará”, grupo de fãs reconhecido oficialmente pela Disney.

Outra vanguarda alcançada pelo cineasta não foi tão proposital. O habitual, nos idos de 1970, era que os grandes filmes fizessem sua estreia no período do Natal. Mas a Fox resolveu soltá-lo no meio do ano. “Como não se apostava no sucesso, eles jogaram para as férias, pois se fracassasse, teria a desculpa de que estava todo mundo viajando. Com o sucesso inesperado, a partir daí é que surge o chamado ‘verão americano’, quando os filmes estreiam por lá”, explica Fiore. Com orçamento de 11 milhões de dólares, sendo 1 milhão a mais que o previsto pela Fox e a maior parte dele (3,9 milhões) dedicado a efeitos especiais, naves e robôs, o filme arrecadou 780 milhões de dólares.

George Lucas também comprou muitas brigas, como colocar os créditos do filme apenas no final, o que não era o usual até então. “Ele brigou com o sindicato por isso, se tornou um pária, porque tinha comportamento de cineasta independente, sempre meio à parte dos negócios de Hollywood”, pontua Fiore. Também pode-se ligar a ele a ideia de resgatar, em filmes posteriores, o passado dos heróis, o que justifica a ordem de lançamento dos filmes, que inicia com o episódio quatro e encerra no episódio nove da “Era Disney”, uma estrutura única.

Quando “Star Wars: Episódio IV - Uma Nova Esperança” completou um ano de lançamento, ele ainda era exibido em dezenas de cinemas dos Estados Unidos para salas lotadas. No Brasil também teve locais onde ele foi sucesso apenas um ano depois, mas a questão foi muito mais logística, ainda assim mantendo seu impacto não só para a sétima arte como para a vida e imaginação de muitas crianças.

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“Faz parte da minha memória afetiva. A primeira vez que meu pai [Milton Corrêa] me levou ao cinema, bem criança, foi para ver o primeiro ‘Star Wars’, e foi amor à primeira vista. Nasci em Macapá e o filme demorou um ano para chegar lá. Os outros filmes, assisti a todos no cinema, já morando em Belém”, lembra o mestre em comunicação Marcus Dickson, 51, que também integra o Conselho Jedi - Pará. Como professor, ele ficou conhecido por usar a filosofia da saga.

Ícones pop que atravessam gerações

Uma das maiores dificuldades que são retratadas ao longo de todos os filmes da franquia “Star Wars” é manter o equilíbrio da Força - um poder metafísico onipresente no universo, que habita todos os seres vivos, em maior ou menor intensidade, percebida apenas por aqueles que são sensíveis a ela, ou seja, Jedis ou Sith.

Os Jedis dão mais importância à paz, enquanto os Sith se importam mais com a paixão. Na primeira e segunda trilogias, os maiores representantes da Luz são o Mestre Yoda e Luke Skywalker, e do Lado Sombrio, é Darth Vader. A nova trilogia da Disney - que se inicia em 2015 com o “Episódio VII: O Despertar da Força” - também tem seu equivalente, com Rey e Kylo Ren, que é neto de Anakin Skywalker, identidade original de Darth Vader. O professor Dickson destaca como cada um desses personagens também se tornou muito simbólico para a cultura pop ou muito representativo.

“Um dos maiores ícones pop do mundo é o Darth Vader e com uma das falas mais icônicas do cinema: ‘I’m your father’ [em português, ‘eu sou seu pai’, quando revela sua identidade a Luke]. A Princesa Leya, por si só, é polêmica e revolucionária. Ela não é a ideia da princesa esperando pelo príncipe, ela demonstra uma independência muito grande, inclusive algo que vemos depois em filmes como ‘Alien’ e ‘Exterminador do Futuro’, voltados para uma lógica de pensar a mulher em outro patamar. A Leya rompe a casca de princesa sendo uma guerreira, uma general, líder da rebelião. Em cada personagem ‘Star Wars’, encontras singularidades”, destaca Dickson.

DE PAI PARA FILHO

A marca Star Wars não só ganhou novos patamares - se tornou mais jovem. “Ela tem uma nova vitalidade no século 21. E conseguiu moldar um enredo que agrada velhos fãs, como eu, assim como atinge uma nova geração; se utiliza das novas plataformas de streaming e monta novas histórias que acabam jogando com o que chamamos de universo expandido, nunca imaginado pelos próprios fãs”, considera Dickson. Nessa trajetória entram produções como “O Mandaloriano” (2019), cuja versão bebê de Mestre Yoda foi sucesso global, e o recém-lançado “Obi-Wan Kenobi”, com um episódio novo todas as quartas-feiras.

“Eu não sei o que seria de mim se não gostasse de ‘Star Wars’, basicamente fui condicionado a gostar (risos)”, conta o universitário Lucas Pinheiro, 20, filho de Dickson. “Tem fotos de quando cheguei em casa, bebê. Já tinha bonecos, brinquedos, quadros. Eu lembro de vários robozinhos que eu brincava quando criança; e muito provavelmente, uma vez por mês, me colocava para assistir os filmes. Quando cresci, já estava em mim, não tinha para onde correr (risos). Com o tempo, meu pai foi se ocupando do trabalho, outras coisas, e agora eu que me atualizo das novidades e passo para ele”, conta.

Essa passagem da saga por gerações também se vê nos gostos. O episódio favorito de Dickson é o “Episódio V - O Império Contra-Ataca”, lançado em 1980; enquanto do filho é o “Episódio III - A Vingança dos Sith”, de 2005. “Ele diz que o ‘V’ é o melhor filme da história, o ápice do ‘Star Wars’. Eu gosto dos originais, mas eles são velhos, então gosto dos que foram feitos mais para perto de mim. Por mais que a nova trilogia da Disney seja polêmica entre os fãs, eu gosto muito, até por uma questão emocional, pois assisti a todos na pré-estreia com o meu pai, depois de ter crescido e estar entendido das coisas”.

Lucas - que só não foi registrado pelo pai como Luke Skywalker por apelo da mãe - também conta que acabou se tornando responsável por cuidar da coleção de itens que o pai obteve ao longo de suas quatro décadas como fã. “Minha casa é quase um museu de Star Wars”, brinca o professor. “Eu só não sou colecionador porque não tenho dinheiro (risos)”, brinca o filho. “Gosto de absolutamente tudo que tem ali e uma certeza que dou para ele é que vou continuar essa coleção. ‘Star Wars’ é um grande veículo da cultura pop, mas muito pessoalmente é uma maneira de eu estar com meu pai”, completa.

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