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LITERATURA

Leia a coluna de Priscila Zoghbi publicada no Diário do Pará

Ela fala sobre 'Pequena Coreografia do Adeus”, da autora Aline Bei

Imagem ilustrativa da notícia Leia a coluna de Priscila Zoghbi publicada no Diário do Pará camera Priscila analisa a obra "Pequena Coreografia do Adeus" | Divulgação

Para alguém que, em seu primeiro romance, “O Peso do Pássaro Morto”, foi condecorada com o Prêmio São Paulo de Literatura e o Prêmio Toca, é difícil manter a expectativa dos seus leitores. A autora Aline Bei, no entanto, segue surpreendendo a todos em seu segundo livro, “Pequena Coreografia do Adeus”, lançado no último dia 26 pela Companhia das Letras.

Se em seu primeiro romance acompanhamos a vida de uma mulher dos 8 aos 52 anos, nesse novo livro adentramos a infância e os princípios da vida adulta da personagem principal. Conhecemos Julia, seus medos, seus desejos, sua violência. Segurando a mão de Julia, ensaiamos dançar um balé, escrever, ser Artista.

O “ser” mãe, tanto como substantivo como verbo, são explorados nesse romance. Encontramos a entidade mãe (o “ser” como substantivo) na figura de Dona Vera, mãe de Julia e arquétipo de uma “mãe brava”. Já como verbo, no sentido de exercitar a maternidade, nos são mostrados os dois lados dessa delicada relação, tanto ser mãe como estar no papel de filha. Estamos ao lado de Julia quando essa, ao final, se vê no curso de trocar de papéis com sua mãe.

Da mesma forma que em “O Peso do Pássaro Morto”, no livro “Pequena Coreografia do Adeus” Aline Bei segue sua fórmula peculiar e autoral: a prosa poética, traço que identifica a escrita da autora.

A capa do livro
📷 A capa do livro |Reprodução

Por sua vez, a capa do livro não nos passou despercebida e fornece valiosas informações: a ilustração é uma das principais obras-primas da artista plástica franco-americana Louise Bourgeois (1911-2010). Na imagem, que possui como tema pulsante a maternidade, vemos uma criança raivosa, que responde à mãe e dela se separa: uma espécie de duplicidade da mesma figura. Não é sem razão ainda que a cor predominante seja vermelha, remetendo a emoções de paixão e violência.

Sobre o tema, faço minhas as palavras de Louise Bourgeois: “Minha infância jamais perdeu sua magia, jamais perdeu seu mistério e jamais perdeu seu drama”.

Da mesma forma que um músico, ao ler uma partitura, escuta imediatamente a melodia, ao ler “Pequena Coreografia do Adeus” vemos a dança fluida da força emocional da personagem. É sob esse ângulo que indiscutivelmente vemos a autora como uma verdadeira Artista. Além de escritora, Aline Bei se comporta como coreógrafa e dramaturga, tudo para nos fazer sentir a Música que é o seu livro.

PARA ENTENDER

Pequena Coreografia do Adeus

Autora: Aline Bei

Editora: Companhia das Letras

Págs.: 264

Quanto: R$ 49,90

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