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REENCONTRO COM O PÚBLICO

Artistas e empresários da noite festejam retorno

A noite se adapta às limitações, mas comemora a volta às atividades

Imagem ilustrativa da notícia Artistas
e empresários da noite festejam retorno camera A banda Virtudão mesmo reduzida está com agenda cheia | Divulgação

Alguns shows voltaram a ser realizados em restaurantes da capital, que agora podem realizar apresentações seguindo todas as recomendações publicadas em decreto pela prefeitura de Belém - que determina número reduzido de pessoas no palco e formato que não permita aglomerações na plateia. Da rotina de cuidados com a saúde à escolha de repertório, tudo está um pouco diferente. Mas o clima é de felicidade nesse reencontro, garantem os artistas.

“Em primeiro lugar, a gente fica feliz em voltar a trabalhar depois de cinco meses e até um pouco mais”, diz Everton Martins, da banda Virtudão. Eles tiveram que reformular o show para um formato acústico. E mesmo que o público não possa se reunir na frente do palco para dançar, Everton diz que ainda vale a pena. “Está sendo muito legal, a gente está pedindo para o público cantar com a gente, todo mundo está com tanta saudade disso, que hoje, mesmo só no voz e violão, parece que está a banda toda. Eles querem participar. Mesmo de longe, é diferente das lives. Engraçado, parece que o tempo passa até mais rápido que antigamente”, avalia.

Neste formato de pagode em voz e violão, Everton e o parceiro de banda, Andrey, já conseguem ter uma boa agenda de fim de semana. No sábado, eles passaram pelo Boteco do Barão; hoje, têm show no Quintal 500 e no Vegas Club; e no feriado de 7 de setembro, participam do “Pagode do Biruta”.

Os estabelecimentos, por sua vez, começam aos poucos a retomar suas agendas de apresentações artísticas. “Assim que a prefeitura autorizou apenas dois músicos no palco, a gente voltou a chamar os artistas para fazer formato acústico, gente que já tocava no Apoena”, comenta Anderson Moura, proprietário do restaurante e espaço cultural.

Ele conta que ainda existe uma resistência do público em não poder levantar e dançar durante as apresentações musicais. “Mas tem que cumprir o que foi estipulado. Quando alguém tenta levantar, o próprio artista para o som, não deixamos. O mesmo quando vê alguém sem máscara querendo circular fora de sua mesa, a gente avisa que não é permitido”, detalha. Sobre a adaptação dos músicos, ele conta que nem todos conseguiram retornar. “Principalmente os conjuntos de carimbó têm essa dificuldade”, diz Anderson.

Na programação criada por eles, intitulada “Broca Sonora”, porque a intenção é funcionar como um acompanhamento para o almoço ou jantar no local, estão artistas como a cantora Maria cantando MPB ao violão; e a banda Farofa Tropical, apenas com Layse Rodrigues e Gabriel Dietrich. Do carimbó, o único a conseguir retornar foi Luizinho Lins. “Ele toca banjo e canta, e o Rodrigo Buiú fica no curimbó. Nem todos os artistas conseguem reduzir seu formato, tem gente usando sampler, mas ainda estão todos aprendendo”, comenta Anderson.

INTERAÇÃO

Na Casa D’Noca, a agenda também volta aos poucos e outras estratégias vão sendo abordadas para gerar interação, com cada um em sua mesa. Neste domingo, Luizinho Moura vai fazer uma narração e comentários exclusivos durante a transmissão do RExPA, a partir das 16h. Na sequência, ele canta seus sambas acompanhado pelo violonista Paulo Robson. “Eu tenho um canal no YouTube, onde faço narração esportiva, então vamos ter esse momento com o público e em seguida o samba com alguns convidados para uma canja, sempre mantendo até duas pessoas no palco”, explica o cantor.

Ele conta que as mudanças alteraram bastante o seu repertório de shows. “Como não pode ter tanto integrante como em uma roda de samba, a escolha das músicas fica limitada. Mas é uma saudade que a gente mata porque depois de todo esse tempo só em live, agora é legal ter o calor do público, principalmente na Casa D’Noca, que as pessoas gostam de vir. Acredito que vai ser tão emocionante para a gente no palco como para o público. E mesmo ali, sentadinho na cadeira, o brasileiro sempre dá um jeitinho de acompanhar, bate um pé aqui, batuca ali”, diz Luizinho.

O DJ Mizinho, que tem feito as quintas-feiras de música eletrônica e as sextas-feiras de rock do pub e restaurante Valhalla, sente que seu papel mudou. “Claro que a gente queria ver as pessoas pulando, dançando, pista lotada. É difícil pra gente, mas já é um começo pra quem ficou cinco meses sem contato com o público. Agora, a gente toca até 23h, depois tem que encerrar. E o repertório também mudou, baixou mais o bpm (ritmo da batida), era mais dançante e foi para algo mais indie rock, mais pop rock. E as pessoas estão saindo para ficar junto, são casais, família, amigos próximos se reencontrando. A gente está ali para fazer a trilha sonora daquele momento, o DJ está sendo esse cara”.

Para os espaços que estão devolvendo o palco a esses artistas, fica a expectativa por novos passos nesta liberação gradual para não fechar as portas. O proprietário do Apoena lembra que foram muitos meses sem trabalho e com a redução do público a 40% e encerramento às 23h, ainda não está dando para equilibrar o volume de endividamento com o consumo dos clientes. “Ananindeua começou hoje com horário até 1h. O público de Belém costuma sair tarde, mesmo abrindo 18h, o público chega tarde. E não quer sair às 23h, que é outra dor de cabeça. Precisamos ter um consumo mínimo para pelo menos pagar as dívidas”, diz ele.

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