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TOADA PARA O MESTRE

Mestre Diquinho comemora 79 anos hoje com live e lançamento de songbook

No sábado, o “3° Festival Marajoara de Cultura Amazônica” estreou uma série de lives em homenagens a mestres e mestras de cultura do Marajó com um show de Allan Carvalho em prol de Mestre Diquinho, responsável por colocar nas ruas de Soure o Boi Bumbá Set

Imagem ilustrativa da notícia Mestre Diquinho comemora 79 anos hoje com live e lançamento de songbook camera Mestre Diquinho se apresenta hoje com o grupo Tambores do Pacoval, com o qual toca todos os sábados, há 11 anos | Priscila Duque/Divulgação

No sábado, o “3° Festival Marajoara de Cultura Amazônica” estreou uma série de lives em homenagens a mestres e mestras de cultura do Marajó com um show de Allan Carvalho em prol de Mestre Diquinho, responsável por colocar nas ruas de Soure o Boi Bumbá Sete Estrelas, e com uma trajetória que deixou marcas em outros bois, como Rosa Branca, Pai do Campo e Pingo de Ouro. Hoje, para celebrar o aniversário de 79 anos do mestre, é a vez do grupo Tambores do Pacoval fazer não só uma live comemorativa, mas também promover o lançamento de gravações inéditas e cifras de músicas tradicionais assinadas por Diquinho que se tornaram parte do cancioneiro popular paraense.

Vaqueiro, pescador, poeta e músico, que já foi cobrador de ônibus em Belém, Diquinho ganhou o título de mestre por suas composições de carimbó, toadas de boi, sambas enredo, além de bossas, lundus e xotes, e todo o legado que, como artesão, registrou com a construção de bois-bumbás, cavalinhos e outras alegorias e instrumentos de percussão. Junto ao Conjunto Tambores do Pacoval, criado para resgatar o trabalho de mestres do carimbó marajoara, comanda rodas de carimbó na Associação de Moradores do Pacoval, todo sábado, há 11 anos.

A homenagem do grupo vem como um sopro de alegria ao mestre, que não esconde a tristeza pelo distanciamento social durante a pandemia da Covid-19, doença que levou seu companheiro de pesca, Seu Rui. “Me sinto uma estrela apagada sem poder tocar e cantar”, lamenta Diquinho, cujo barracão-atelier abriga os bois e cavalinhos que ainda não puderam ir às ruas esse ano.

Mas o aniversário de Mestre Diquinho não poderia passar em branco, e o conjunto Tambores do Pacoval lançou a hashtag #MestreDiquinho79anos para que seus admiradores postem hoje relatos, fotos e vídeos com o mestre. Inspirado pelo compromisso de salvaguarda desse patrimônio cultural vivo, o conjunto, em parceria com a Associação do Moradores do Pacoval, com o apoio da Universidade Federal do Pará, através do Programa Coroatá/Campus Soure, e uma rede de parceiros, continua tocando seus projetos como o lançamento do songbook do mestre, a gravação de suas músicas e um videodocumentário.

VAQUEIRO

Aos 13 anos, com a morte do pai, Diquinho foi morar em uma fazenda, onde declara ter vivido os melhores tempos de sua vida. Foi lá que iniciou não só a sua vida de vaqueiro, como ouviu histórias de encantarias que lhe inspiraram música e poesia.

Aos 17 se tornou pescador, mas foi só aos 18, após desertar do Exército e voltar para casa, que começou a forjar o que se tornaria a referência para a cultura popular. Sua primeira paixão foi pelo boi-bumbá, observando a movimentação de outros mestres de boi, como Dona Benta (Boi Sem Receio), dona Magnólia (Boi Pai do Campo), Dona Nilma (Boi Estrela Dalva), Dona Iracema (Boi Flor da Lembrança), Dona Graça (Boi Rosa Branca) e Vavá Campina (Boi Pingo de Ouro). Foi com o vizinho Dico Miranda que aprendeu a confeccionar o boi.

Foi assim que criou o Boi Sete Estrelas, com o qual se sagrou vencedor em vários concursos por nove anos até a perda do seu filho de 10 anos, o que o levou a acabar com a brincadeira.

Mas se aposentou o Sete Estrelas, Mestre Diquinho continuou participando de outros boi-bumbás e se uniu a músicos que tocavam chorinho, seresta, jazz, carimbó, e começou a escrever suas primeiras composições de carimbó.

Na década de 1980 participou de grupos como Eco Marajoara e na década seguinte ingressou no conjunto de Tradição Marajoara Cruzeirinho, onde assumia a direção musical e deixou um legado imensurável de músicas durante 20 anos.

ACOMPANHE

Live Mestre Diquinho e os Tambores do Pacoval, com lançamento de gravações inéditas e cifras

Quando: Hoje, às 20h

Onde: Facebook.com/ampacsoure

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