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Paraense vence concurso junino após sofrer preconceito

A paraense Eduarda Moraes é a vencedora da disputa no concurso junino “Lute Pela Coroa”, iniciativa do Ispia, portal de comunicação e entretenimento voltado para a cultura popular com ênfase no movimento junino. “Fiquei muito feliz, com sensação de dever

Imagem ilustrativa da notícia Paraense vence concurso junino após sofrer preconceito camera Eduarda Moraes quer ser voz ativa para comunidade negra | Divulgação

A paraense Eduarda Moraes é a vencedora da disputa no concurso junino “Lute Pela Coroa”, iniciativa do Ispia, portal de comunicação e entretenimento voltado para a cultura popular com ênfase no movimento junino. “Fiquei muito feliz, com sensação de dever cumprido. Felicidade pelo apoio e força que recebi, porque se não fosse pelo público a gente não tinha vencido e a coroa não era nossa”, diz Eduarda, que deixou para trás cinco candidatas do Ceará na final do evento.

Eduarda foi a única representante do Norte no concurso, composto de duas etapas - eliminatória e final -, onde todas as candidatas foram analisadas da mesma maneira, por votação ativa através do público e de um jurado. O público ajudava a sua candidata através de uma votação nos Stories e visualizações do vídeo dela no YouTube.

O resultado foi anunciado no último domingo, 29, durante uma transmissão ao vivo no Portal Ispia, onde foram informadas as notas de todas as candidatas, com a paraense vencendo no quesito voto popular.

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Vencemos. Porém, nesse filme sobre vencer eu sei que alguém teve que perder, então, a Vitória é um sabor maravilhoso para quem alcança, talvez perder seja dolorido para quem tem que lidar com tal dissabor. Início tudo isso para falar que todas as meninas venceram junto comigo, principalmente as que participaram do concurso online. Nos expomos, gastamos, choramos, ficamos tristes, alegres.. enfrentamos todos os sentimentos que circundam uma mulher que ama o mês de junho. Aqui agradeço à todos que vivenciaram esse processo de construção, gravação, montagem de música, vídeo.. tudo! Quero externar tudo isso com o coração cheio de gratidão. Obrigado ao povo paraense pelo suporte, ao movimento das pessoas de quadrilha que me ajudaram a vencer junto. O Pará está no topo! A cultura vai sempre respirar, a chama nunca irá se apagar. Obrigada! 😍❤️🥺🙏👑

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“Eu chorei bastante. No início eu fiquei um pouco tensa porque eram seis jurados e só um me escolheu, achei que poderia não levar. Depois fiquei superfeliz, a coroa é minha, na verdade é nossa, porque se não fosse o público ela não teria vindo”, reforçou em agradecimento, emocionada.

Estudante do terceiro ano de Nutrição, Eduarda participa de grupos folclóricos, já foi rainha de bateria e membro de comissão de frente no carnaval, já dançou em banda e participa de quadrilhas juninas. “Quero dedicar essa vitória à minha equipe ‘Sala de Ensaio”, eles foram incansáveis, passaram noites acordados assistindo a filmes. Foram eles que produziram o clipe, a música, coreografia, o figurino, maquiagem e cabelo, tudo [para a participação no concurso]”, completa.

Eduarda, 21 anos, é uma amante da quadra junina desde os três anos de idade, e sofreu com o preconceito racial durante o concurso. Um internauta escreveu um comentário racista na postagem com a foto da candidata paraense. “Vai perder, sua macaca suja, o Ceará tem as melhores rainhas e não precisam se jogar no chão. Pará precisa aprender muito”, disse o cidadão. Mas a candidata não deixou se abater, e viu no comentário um incentivo a mais para se determinar na disputa.

“Hoje eu vejo aquela mensagem como motivacional, ela me motivou a seguir em frente, me deu mais garra e força para correr atrás dos meus sonhos e não me deixou esmorecer. Me deu força para usar várias plataformas para dar voz e pedir apoio para as mulheres da periferia”, conta ela.

Coroa, troféu, prêmios dos patrocinadores e uma faixa foram as recompensas do concurso para a campeã, que quer seguir no mundo artístico e cultural, e continuar levantando a bandeira da comunidade negra. “Hoje eu me sinto muito poderosa e vou continuar usando esse poder para a minha comunidade negra, para ajudar as pessoas que precisam e sofrem com o racismo. Eu espero que o concurso abra muitas portas para eu continuar dando força e voz a quem precisa”, diz.

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