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Eletrola lança disco mais maduro, mas sem perder a essência juvenil

Ainda pop e com a energia vibrante dos riffs de guitarra, o Eletrola está de disco novo. Intitulado “Continua...”, o trabalho chega ao público hoje sendo o segundo na carreira da banda que, apesar de sempre se fazer presente em grandes festivais da cidade

Imagem ilustrativa da notícia Eletrola lança disco mais maduro, mas sem perder a essência juvenil camera Músicos estão trabalhando nas novas composições desde 2018. | Divulgação

Ainda pop e com a energia vibrante dos riffs de guitarra, o Eletrola está de disco novo. Intitulado “Continua...”, o trabalho chega ao público hoje sendo o segundo na carreira da banda que, apesar de sempre se fazer presente em grandes festivais da cidade, por muitos anos não se reunia para novas composições. E além das dez faixas nas plataformas de música, eles lançam o clipe da inédita “Timidez”, no YouTube.

O vocalista Eliézer Andrade conta que a banda trabalha neste novo disco desde 2018. “Eu escrevi as músicas e a gente sempre teve a vontade de produzir, gravar um segundo disco, mas cada um tinha uma banda - eu, com a Jhonny Rock Star, por exemplo. E a Eletrola sempre acabava sendo um trabalho paralelo, até que a gente começou a se encontrar mais, fechar as produções e hoje estamos entregando esse álbum para as pessoas”, diz.

Entre as novas canções, destaca-se “Até o Fim”, que recebeu a voz de Marisa Brito, uma grande referência para a banda. “Quando escrevi [as músicas], eu já tinha pensado em colocar duas com cantoras no disco porque achava que casava melhor na voz delas. A vontade de trabalhar com a Marisa sempre foi grande, pela admiração como musicista, cantora e compositora paraense”, conta Eliézer.

A oportunidade se apresentou quando Marisa veio a Belém lançar seu novo disco e ministrar alguns workshops, ainda em 2018. A outra voz feminina que Eliézer almejava também topou a parceria, e a paraense Klícia Lameira gravou a faixa “Ao Meu Redor”. Já a primeira a ser lançada, “Timidez”, Eliézer destaca como uma música “mais adolescente-adulta”, inspirada na própria diversidade de idade do seu público.

“Muitas pessoas se identificam com alguns conflitos que todo mundo passou, por mais que hoje seja adulto, tenha casado, etc. Elas sempre falavam que seria legal uma música para lembrar daquela época de adolescente. Então pensei em ‘Timidez’, que é algo pelo qual todo mundo já passou na vida”, comenta Eliézer.

A música ainda foi pensada nas minorias, como o público LGBT, que sempre se identificou coma Eletrola. “Os cantores pensam muito a música a partir da heteronormatividade. Essas pessoas LGBT sempre nos apoiaram, são amigos com quem a gente sempre dialogou. E a timidez, que todo mundo sente em algum momento da vida, para quem esconde muita coisa talvez seja sentida de outra forma, ainda mais intensa”, analisa.

RELEITURAS

“Continua...” ainda traz duas regravações: “Madrugada” e “Quem”, do primeiro disco. “São músicas que a gente gravou num sistema de home studio ainda muito precário na época. As pessoas gostam delas, mas a audição não é legal. No disco é um bônus para a galera curtir. A gente manteve arranjo, tempo das músicas, porque o público queria aquela música que sempre gostou, e o que gente fez foi produzir mais, dar uma finalização melhor”, adianta.

Eliézer também comenta que a banda ganhou um pouco mais de liberdade para produzir o disco com o passar dos anos. “Hoje tenho home studio, o que facilitou muito para a banda porque te dá autonomia de criação, não ficas limitado pelo tempo, e podes atravessar umas madrugadas brincando com os arranjos. Ter ao longo do tempo construído uma autonomia como músico é um privilégio”, comemora.

Amizades fazem do Eletrola um projeto colaborativo

O novo trabalho do Eletrola, “Continua...”, traz um novo integrante, o baixista Júnior Matos. “A gente tem uma transição nessas músicas por causa desse novo integrante. Além de transformar em um disco de rock, bem pesado, continuamos pop, mas ainda com muita distorção, com essa memória dos anos 2000, com trabalho sempre pautado em muita guitarra”, aponta o vocalista Eliézer. O novo integrante também assina a foto da capa. “Nela queríamos colocar a questão da estrada, nossa caminhada nesses 20 anos de banda, que começou em 2000”, diz sobre a imagem, que faz referência à capa do disco de estreia, como um passar do tempo mesmo

Vários amigos, que também são fãs da banda, vieram se somar na construção de todo esse material novo. Principalmente o músico e produtor Diego Fadul. “O Diego é uma pessoa que também tem forte influência nesse segundo disco. Ele se prontificou a fazer todo o processo de pós-gravação, é uma pessoa de fácil diálogo, que conseguiu se conectar à linguagem do Eletrola. E foi tudo ‘free’, não teve custo, porque ele insistiu que o que queria mesmo era participar”, conta Eliézer.

Banda ganhou o peso do contrabaixo de Júnior Matos.
📷 Banda ganhou o peso do contrabaixo de Júnior Matos. |Divulgação

O vocalista também não deixa de destacar como a banda sempre foi lembrada pelo público e se manteve ativa na cena, pelos convites desses amigos-fãs, mesmo nos períodos em que oficialmente já não existia como banda (o Eletrola anunciou seu fim em 2004, mas nunca encerrou as atividades de fato). “A gente continuou participando de festivais, continuou tocando na rádio. A banda sempre recebeu carinho e quando a gente chama alguém para fazer algo, as pessoas não querem cobrar porque falam ‘ah, é o Eletrola, eu ouvia a banda, eu quero participar’. Eu fico até perdido em citar agradecimentos”,brinca Eliézer..

Um desses colaboradores foi João Lemos (Molho Negro), que sempre ia nos shows da banda e se autoconvidou par participar do novo projeto. “Ele também é designer e falou ‘deixa eu fazer as camisas que vocês vão levar para vender nos shows’”, diz. Além disso, o clipe de “Timidez” contou com dezenas de guitarras que foram emprestadas por músicos de diversas vertentes. “O espaço também foi disponibilizado pela secretaria de Cultura de Castanhal. Tudo nesse projeto foi sem custo e possível pelas amizades que a gente fez ao longo desses anos”, agradece.

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