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LETTERING PARA DECORAR

Técnica de letras desenhadas ajuda a compor decorações afetivas e pessoais

A técnica do “lettering” pode ser definida como “a arte de desenhar letras”. A ideia é brincar com diferentes formas e criar um texto que, no fim das contas, parece uma ilustração. E essa arte virou tendência de decoração, ganhando as paredes de restauran

Imagem ilustrativa da notícia Técnica de letras desenhadas ajuda a compor decorações afetivas e pessoais camera Mensagens escolhidas e traços decorados ganham lugar numa técnica que pode ser aprendida e exercitada por qualquer pessoa. | Fernando Araújo

A técnica do “lettering” pode ser definida como “a arte de desenhar letras”. A ideia é brincar com diferentes formas e criar um texto que, no fim das contas, parece uma ilustração. E essa arte virou tendência de decoração, ganhando as paredes de restaurantes, lojas, e também das casas, seja em quadros ou até em pinturas com frases e desenhos inspiradores.

“A pintura em paredes é um universo lindo, que recebe infinitos estilos e também possibilita muitas técnicas diferentes, inclusive misturadas. Hoje uso tinta acrílica, marcadores permanentes, spray. O conhecimento do lettering também traz muitas possibilidades nas pinturas, e abre ainda mais esse leque”, diz a designer Júlia Leão, graduada em design gráfico pela PUC do Paraná e em design de interiores pela Unama.

Com cursos diversos sobre caligrafia e lettering feitos São Paulo e Curitiba, Júlia trabalha com ilustração, muralismo, lettering e design gráfico, além de ministrar oficinas artísticas mensalmente - a última foi exatamente sobre a decoração em paredes.

Segundo Júlia, a dica mais valiosa para quem quer se arriscar na técnica é coragem. “A maioria de nós tem muito medo de arriscar, de ficar feio, de sair torto. E a verdade é que nas primeiras vai ser isso mesmo. A boa notícia é que dá para pintar por cima e fazer outra! E outra, e outra, e esse treino vai fazer um bem danado para tua evolução. Então, começa numa parede do próprio quarto, ou num cantinho esquecido na cozinha, mas tenta!”, aconselha Júlia.

Ela diz que acredita no poder terapêutico da pintura, e diz que usar o lettering nas paredes, além de levar a uma decoração bastante personalizada, relaxa e possibilita um contato profundo consigo mesmo.

“Eu sinto que quando pinto esqueço do mundo, das preocupações, do calor, de qualquer dorzinha na coluna, as horas voam, faz um bem danado”, acrescenta.

A designer gráfica Raíssa Rocha foi uma das participantes do último curso ministrado por Júlia, e saiu de Paragominas, onde mora, para aprimorar esse conhecimento em Belém. Ela conta que sempre se interessou, desde a faculdade, por disciplinas que incentivavam o profissional a colocar a mão na massa.

“Quando fui escolher meu tema de TCC, optei pelos abridores de letras, profissionais que trabalham com [letreiros em] muros, tentei buscar uma solução para ajudá-los porque é uma profissão que estava sumindo no mercado, pois com o advento dos impressos as pessoas não contratam mais as pessoas para pintar. Foi aí que eu conheci o lettering”, conta.

Dona de restaurante em sua cidade, ela mesma decorou as paredes do espaço, usando a técnica, com desenhos feitos com giz. “Minha proposta é a cada quatro ou cinco meses mudar o desenho. É bem terapêutico, é muito mais que uma tendência de decoração. É valorizar o serviço do profissional que faz. Hoje é tudo muito impresso, pré-fabricado, pré-pronto da indústria, e isso aqui é especial. É uma coisa que você faz com todo cuidado, delicadeza, todo apreço por aquele projeto, personalizado, um projeto que tem ali um trabalho que é só para ti. Eu acho que faz muito parte dessa tendência da decoração afetiva, aquilo ali é a tua casa e é do teu jeito, foi feito para ti”, pontua Raíssa.

A bancária Patrícia Sousa sempre gostou de desenhar, e desde o ano passado vem tentando resgatar isso, “Tenho um desejo de um dia esse hobby se tornar algo profissional, até porque sou arquiteta de formação”. O que chamou atenção dela para o lettering foram os temas naturais, como flores, pássaros, árvores, folhagens. “Quero encontrar um estilo meu, estou na fase de treinos ainda. Esse tipo de trabalho é um resgate de uma arte que pode ser levada a mais pessoas. Então, acho que é importante a gente popularizar. Quanto mais desenho tiver nesse sentindo, na casa das pessoas, acho que a arte fica mais próxima de todo mundo. É um pedaço de arte dentro da nossa casa”, diz Patrícia.

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