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DAMAS DO TEATRO

Maria Sylvia Nunes e Iracema Oliveira são exaltadas em performances gratuitas pelo Dia da Mulher

Com uma ampla programação pelo Dia Internacional da Mulher, celebrado hoje, o Theatro da Paz abre suas portas para uma homenagem à professora e dramaturga Maria Sylvia Nunes, que faleceu na última quinta-feira, 5, aos 90 anos de idade. A programação, que

Imagem ilustrativa da notícia Maria Sylvia Nunes e Iracema Oliveira são exaltadas em performances gratuitas pelo Dia da Mulher camera Maria Sylvia Nunes faleceu na última quinta-feira (5), aos 90 anos. | Rogério Uchôa

Com uma ampla programação pelo Dia Internacional da Mulher, celebrado hoje, o Theatro da Paz abre suas portas para uma homenagem à professora e dramaturga Maria Sylvia Nunes, que faleceu na última quinta-feira, 5, aos 90 anos de idade. A programação, que será realizada no hall do centenário teatro, a partir das 11h, será gratuita.

Um trecho da obra de João Cabral de Melo Neto, “Morte e Vida Severina”, que teve sua primeira montagem teatral feita em 1958 com direção de Maria Sylvia Nunes, com o Grupo Norte Teatro Escola, será encenado pela professora doutora da Escola de Teatro e Dança da UFPA (ETDUFPA) Valéria Andrade. Professora da instituição desde 2010, Valéria é de São Paulo, mas mora em Belém há 30 anos. Desde 1994, ela integra o Grupo Usina Contemporânea de Teatro.

Escolhida pela própria atriz e professora, a obra tem um valor simbólico para a celebrar importância da figura de Maria Sylvia Nunes, mulher, nas artes do país. “Pela historiografia se reconhece que a montagem do Tuca [grupo de teatro da Universidade Católica de São Paulo], na década de 1960, musicada por Chico Buarque, teria sido a primeira montagem do ‘Morte e Vida Severina’, mas não foi. Quem fez a primeira montagem foi o Norte Teatro Escola, com direção da Maria Sylvia Nunes, que apresentou esse espetáculo no ‘Festival de Teatro dos Estudantes’, dois anos antes, em Recife. Ela teve autorização expressa do João Cabral de Melo Neto para fazer essa montagem, inclusive Maria Sylvia recebeu um prêmio de melhor direção e, graças a essa premiação, ganhou uma bolsa de estudo, na França”, diz a pesquisadora. “Ela foi, sobretudo, uma pensadora de teatro muito importante na cidade. A gente tem várias diretoras de teatro, como Wlad Lima, Olinda Charone e vários outros que tiveram na Maria Sylvia alguém que tinha uma cultura, um conhecimento sobre arte, não só sobre teatro. Ela serviu de base para muita gente que buscou esse repertório imenso que ela tinha sobre dança, ópera, artes plásticas de um modo geral”, acrescenta.

Ao criar o Norte Teatro Escola, diz Valéria, Maria Sylvia, Benedito Nunes e Angelita, irmã de Maria Sylvia Nunes, permitiram que o grupo “apontasse um novo caminho para o teatro paraense, sendo considerado um grupo de vanguarda na década de 1958, momento em que o teatro girava em torno das revistas, de um teatro de entretenimento”.

IRACEMA VOA

Outra figura feminina ligada ao teatro paraense será homenageada hoje: Iracema Oliveira. O espetáculo “Iracema Voa”, produzido por Ester Sá, em 2008, conta a história da artista, com destaque para sua colaboração à tradição dos Pássaros Juninos, e será apresentada na sequência.

Ainda durante a programação será lançado o edital Theatro da Paz “Era mais uma vez”, iniciativa da Secretaria de Estado de Cultura (Secult) que promoverá apresentações de teatro infantil com entrada gratuita no da Paz. De acordo com o diretor de Departamento de Artes Cênicas da Secult, Adriano Barroso, a finalidade é apoiar grupos que trabalham na linguagem no teatro infantil e facilitar o acesso da população ao espaço.

“A proposta é democratizar, abrindo as portas do Theatro da Paz, espaço este que durante muito tempo foi símbolo segregacionista, mas hoje é acessível ao artista. Este edital vem para cumprir uma demanda reprimida e um pedido dos artistas, além de ser uma forma de lazer para as pessoas de um modo geral”, destaca.

As inscrições poderão ser feitas de forma gratuita, a partir desta segunda-feira, 9, até o dia 30 de agosto. “Os espetáculos inscritos serão avaliados por uma curadoria e, com 30 dias de antecedência, a Secult anunciará as produções escolhidas. A nossa proposta é realizar um espetáculo a cada mês até dezembro deste ano”, informa Adriano Barroso.

Os grupos selecionados também receberão um cachê de R$ 3,5 mil, sendo proibida a cobrança de ingresso pelos selecionados. As apresentações ocorrerão sempre em um domingo, a cada mês, às 11h, no Theatro da Paz. Artistas e coletivos teatrais podem se inscrever pelo e-mail [email protected]. O edital e a ficha de inscrição estarão disponíveis em secult.pa.gov.br/informativos.

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