Editor de fotografia do Diário do Pará é convidado para exposição em São Paulo 

Alberto Bitar, Armando Queiroz, Mariano Klautau e Elisa Arruda, paraenses que participam da coletiva, são velhos conhecidos da equipe curatorial de “Viagem à Aurora de um Novo Mundo”. “São representantes do Pará que já trabalhamos há algum tempo. Cada um, de sua maneira, traz uma poética muito especial, entre o olhar documental, irônico e delicado na fotografia, no vídeo, em objetos, desenhos e gravuras”, dizem os curadores Izabel Pinheiro e Renato de Cara.

Sobre os trabalhos recebidos, a curadoria diz que eles são os mais diferentes possíveis, sempre trazendo uma especificidade. “São os mais múltiplos possíveis, entre todos os suportes das artes e com imagéticas muito próprias. Desde o retrato de figuras estranhas, passando por seres mitológicos e caricatos, até paisagens idílicas, figurativas e abstratas, objetos barrocos e minimalistas, entre tantos”, enumeram Izabel e Renato.

Elisa Arruda, por sua vez, diz que está muito contente de ser representada pela galeria há cerca de um ano. “Acho muito importante eu, como mulher e artista paraense, estar dentro desses recortes curatoriais. É muito importante a gente estar aqui em São Paulo nesse ambiente de discussão e circulação desse trabalho, porque enquanto paraense, nosso trabalho também vai trazer questões que vêm de um olhar próprio daí da nossa região”, considera. “O meu trabalho, de figuração, de desenho, não é uma arte abstrata. Os meus pontos de observação obviamente vêm de um processo de autorreferência, mas os elementos estéticos dialogam com nosso imaginário e também com nossa condição feminina nesse ambiente amazônico”, reitera.

Alberto Bitar, que também é editor de fotografia do DIÁRIO, integra a exposição com o vídeo “Sobre o Lugar de Alguém”, exibido anteriormente somente uma única vez, durante a “X Bienal do Mercosul”, realizada em 2015, mesmo ano em que o trabalho ficou pronto.

“O vídeo ‘Sobre o Lugar de Alguém’, foi produzido a partir de, aproximadamente, 12 mil fotografias fixas ou estáticas e que propõe refletir, sobretudo, a respeito de sentimentos como o desejo, a paixão e o amor, além de trazer questões relacionadas ao tempo e à memória. Foi feito a partir da captação de imagens de sete diferentes amanheceres e que, por não ter um início, meio e fim formais, ao serem mostrados juntos e multiplicados, exibidos em loop/ moto-contínuo, podem também significar a busca pela permanência”, descreve.

Para ele é importante fazer parte desse momento da história da galeria, que reúne grandes nomes das artes contemporâneas. “É uma exposição que marca um momento importante para Galeria, quando ela muda de identidade e se integra as atividades do centro cultural Barco. Fico feliz e me sinto honrado de fazer parte desse da Galeria, tanto anteriormente quanto nesse momento, e de integrar essa mostra”, orgulha-se.