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FIM DE LINHA

Dia Nacional do Fusca reúne apaixonados por carro 

Ele atravessou gerações com proprietários que lhe devotam um amor quase que inexplicável. O Fusca, também conhecido carinhosamente de “besouro”, chegou aos 81 anos - dos quais 60 anos de fabricação no Brasil -, já saiu de linha por duas vezes e, agora, de

Imagem ilustrativa da notícia Dia Nacional do Fusca reúne apaixonados por carro  camera Exemplares do Clube Fusqueiros do Pará se reúnem anualmente para celebrar o Dia Nacional do Fusca | Fernando Araújo/Diário do Pará

Ele atravessou gerações com proprietários que lhe devotam um amor quase que inexplicável. O Fusca, também conhecido carinhosamente de “besouro”, chegou aos 81 anos - dos quais 60 anos de fabricação no Brasil -, já saiu de linha por duas vezes e, agora, de forma oficial, a Volkswagen anunciou o fim da produção mundial de toda a linhagem do fusquinha. Ainda assim tem um dia só dele, o Dia Nacional do Fusca, celebrado hoje por aqueles que amam este que é um dos mais icônicos veículos do mundo, e por aqui a data será celebrada por uma programação especial neste domingo, 19, a partir das 9h, na praça Amazonas, em Belém.

O encontro reúne anualmente proprietários de 80 veículos unicamente com o intuito de homenagear seus objetos de devoção -os Fuscas. Mas há espaço para outros tipos de automóveis também, avisa Ronaldo Trindade, presidente do Clube Fusqueiros do Pará, que está em atividade desde 2009.

“É um momento de celebração para nós, porque cada um vai até a praça para apresentar seus carros, sempre com uma competição amistosa sobre quem tem o modelo mais antigo, o melhor e mais bonito. Cada um apresenta o seu exemplar, desde o mais novo ao mais antigo”, descreve. “Nossa programação reúne donos de carros antigos e também de buggy. Juntamos todo mundo para fazer uma grande comemoração, que acaba com churrasco e música”, diz Ronaldo, aos risos.

DESPEDIDA

Lançado na Alemanha em 1938, como Volkswagen, o Fusca só chegou ao Brasil em 1959, 24 anos depois. Em Belém, os amantes do modelo também farão durante a programação uma conversa aberta sobre os rumos do fusquinha.

“Por um lado, a gente lamenta o fim dessa produção, mas por outro, nem tanto. Esses carros fabricados entre 2013 a 2019, chamados de Novo Fusca, foram produzidos para ricos, então nunca uma pessoa de classe média iria comprar um carro desses. Os nossos, não. Quando tem que repor as peças, a gente consegue fazer isso sem problema e sem um custo alto, diferente desse modelo mais novo”, compara.

Proprietário de um modelo de 1985, ele conta que o sentimento que tem pelo seu veículo é algo que não tem explicação. “Eu tenho o meu há 12 anos, é um fusca azul e é do meu uso diário. Não tem ar condicionado, nem direção hidráulica, é para quem gosta. Minha esposa e meu filhos amam e ele nos acompanha com muitas histórias”, orgulha-se.

Com tanto tempo assim, o fusquinha de Ronaldo é algo que marcou não só a geração dele, mas também a sua vida afetiva. “Ele levou a minha mulher barriguda e voltou com o bebê dentro. O Fusca acabou sendo parte da minha vida e das grandes emoções ocorridas comigo”, confessa.

Quando pensa em adquirir outros modelos de carros mais novos e melhores, no final, ele desiste. “Já pensei em mudar algumas vezes. Por outro lado, ele é barato, mais econômico, a manutenção dele é simples. Para outros modelos de carros, eu teria uma direção mais leve, a comodidade que este aqui não te dá. Tem que gostar desse tipo de carro, não tem jeito”, dispara o presidente do Clube Fusqueiros do Pará.

PARTICIPE

Encontro Clube Fusqueiros do Pará

Quando: Domingo, 19, a partir de 9h

Onde: Praça Amazonas (Cidade Velha)

Quanto: Gratuito

Aposentadoria do Fusca ganhou vídeo de despedida

No início deste mês de janeiro, a Volkswagen divulgou um vídeo em homenagem ao Fusca que, depois de 81 anos, deixará oficialmente de ser fabricado. O modelo clássico já havia sido descontinuado em 2005 e agora o que chega ao fim é a sua linhagem - ele foi sucedido pelo New Beetle (1997-2010) e pela terceira geração, que foi lançada em 2011 e teve sua produção encerrada no final de 2019, no México.

O curta-metragem de despedida, chamado de “The Last Mile” (“A última milha”, em português), mostra a história de um rapaz e seu Fusca, ao som de “Let It Be”, da banda The Beatles. Feito para emocionar, o curta mostra a relação do veículo ao lado de seu proprietário em diversos momentos da vida, da infância à velhice.

Depois de acompanhá-lo nessa trajetória, o Fusca começa a seguir viagem sozinho, passando por diversos pontos onde é aplaudido pela população, em tom de homenagem e de agradecimento. Concluindo sua passagem, ele dá um adeus ao seu proprietário ao som da característica buzina e segue por uma estrada até alçar voo e se transformar em um besouro, uma analogia ao seu apelido mais carinhoso e famoso em todo o mundo.

Neste passeio pela história do Fusca, o filme reserva ilustrações especiais do ator Kevin Bacon no filme “Footloose” (o personagem de Bacon tinha um modelo amarelo) e do pintor e cineasta Andy Warhol, que eternizou o modelo em uma de suas obras. O clipe tem um traço delicado que, somado à letra dos Beatles, dá ainda um tom a mais de carinho, sintetizando bem a relação entre os apaixonados pelo Fusca e seus modelos do coração.

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