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Você conhece a 'Princesa do Grão-Pará'? Exposição inédita homenageia Maria da Glória

Segue aberta até o dia 29 de novembro a exposição “Maria da Glória: Princesa do Grão-Pará e Rainha de Portugal”, na sede do Instituto Histórico e Geográfico do Pará (IHGP), relembrando os 200 anos de nascimento da rainha D. Maria II e as relações culturai

Imagem ilustrativa da notícia Você conhece a 'Princesa do Grão-Pará'? Exposição inédita homenageia Maria da Glória camera Domínio Público

Segue aberta até o dia 29 de novembro a exposição “Maria da Glória: Princesa do Grão-Pará e Rainha de Portugal”, na sede do Instituto Histórico e Geográfico do Pará (IHGP), relembrando os 200 anos de nascimento da rainha D. Maria II e as relações culturais luso-amazônicas do século XIX. A exposição é aberta ao público e pode ser visitada de segunda a sexta-feira, no horário de 8h30 às 17h.

Nascida no Rio de Janeiro, D. Maria II foi nomeada, aos seis anos de idade, princesa da província mais importante do Brasil Imperial, o Grão-Pará. Era a filha mais velha do imperador brasileiro D. Pedro I e da imperatriz Maria Leopoldina, da Áustria. Ainda jovem, tornou-se a segunda mulher a ocupar o trono de Portugal e única monarca na Europa nascida fora do continente. A história da rainha será narrada por meio de painéis expositivos, com imagens e textos, fragmentos de cartas e peças do acervo permanente do IHGP, do período imperial no Brasil.

DE PRINCESA A RAINHA: QUEM FOI D. MARIA II?

D. Maria II nasceu no dia 4 de abril de 1819, no Paço Real de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, recebendo o nome de Maria da Glória Joana Carlota Leopoldina da Cruz Francisca Xavier de Paula Isidora Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga, a Princesa da Beira. Era a filha mais velha do imperador brasileiro D. Pedro I e da imperatriz Maria Leopoldina, da Áustria.

Em 1825, aos seis anos, Maria da Glória foi nomeada Princesa do Grão-Pará, maior província do Império brasileiro integrando os antigos Estado do Brasil e Estado do Maranhão, posteriormente denominado Estado do Grão-Pará.

No ano seguinte da nomeação, seu pai abdicou do trono de Portugal em seu favor. Nessa época, sua mãe já havia falecido e sua mão havia sido prometida ao tio, D. Miguel, que deu um golpe para tomar posse do trono em 1828. Aos nove anos, foi enviada para a Europa para estudar e defender os seus direitos ao trono. Somente em 1834, tendo já completado 15 anos de idade, assumiu em definitivo seu posto de monarca, sendo a única rainha na Europa nascida fora do continente.

O reinado de Maria da Glória foi marcado por grandes acontecimentos, como a Guerra Civil, a Revolução de Setembro, a Belenzada, a Revolta dos Marechais, a Revolução da Maria da Fonte e a Patuleia. Um dos marcos de sua atuação como rainha foi a posição contrária ao tráfico de escravos. Também implementou medidas importantes em Portugal, como a institucionalização do ensino primário gratuito, o fim do tráfico de escravos nas colônias portuguesas e a abolição da pena de morte. Foi ainda responsável por criar o primeiro passeio público, onde, pela primeira vez em Portugal, nobres e plebeus poderiam interagir.

Além do primeiro marido, Maria da Glória se casou outras duas vezes e teve 11 filhos, criados com D. Fernando de Saxe-Coburgo-Gotha, com quem foi casada até falecer em 1853, aos 34 anos, devido a complicações no parto de seu último filho.

A EXPOSIÇÃO

Ao chegar no IHGP, o público será convidado a fazer um passeio cronológico pela vida de D. Maria II, desde seu nascimento, quando foi nomeada princesa do Grão-Pará no Brasil, passando pelos acontecimentos políticos que marcaram a história de Portugal e a vida da princesa, até seu falecimento precoce aos 34 anos de idade.

A área expositiva abrange duas salas no andar térreo do IHGP, integradas ao espaço da capela existente no prédio. A história da rainha será narrada por meio de painéis expositivos, com imagens e textos, fragmentos de cartas e peças do acervo permanente do Instituto, como o busto de D. Maria II, um painel de D. Pedro I, além de mobiliário do período imperial no Brasil.

Essa é uma iniciativa da Reitoria da Universidade Federal do Pará (UFPA), da Cátedra do Instituto Camões “João Lúcio de Azevedo” (I.P. | UFPA) e do Camões - Instituto da Cooperação e da Língua (Camões, I.P.), com apoio do IHGP, da Fundação da Casa de Bragança e do Vice-Consulado de Portugal em Belém.

A curadoria é dos professores da UFPA Maria de Nazaré Sarges, Diretora da Cátedra Camões, I.P. | UFPA, e Aldrin Moura de Figueiredo, coordenador do Grupo de Pesquisa em História Social da Arte. A expografia é da doutoranda Thais Zumero Toscano e do mestrando Luis Augusto Barbosa Quaresma, ambos discentes do Programa de Pós-Graduação em História (PPHIST) da UFPA, e a montagem é do artista plástico José Fernandes (Zoca).

A professora Maria de Nazaré Sarges destaca o caráter inédito da exposição: "Desconheço outra exposição, dessa natureza, ter ocorrido no Brasil. D. Maria II foi uma rainha que, antes do seu reinado, recebeu o título de princesa da província mais importante do Império à época: Grão-Pará. Acredito que uma exposição é a melhor forma de contar a sua história”. Segundo a professora, há, ainda, planos de tornar a exposição itinerante por outras cidades brasileiras, especialmente as que tem cátedras apoiadas pelo Instituto Camões.

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