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Festival Amazônia Negra leva os saberes ancestrais do Marajó a Belém

Os saberes tradicionais da cultura afro amazônica são o tema do Festival Amazônia Negra, que acontece nos dias 20 de julho, na comunidade do Pacoval em Soure, e 4 de agosto, no Quilombo da Praça da República em Belém. O evento, realizado pelo Terreiro

Imagem ilustrativa da notícia Festival Amazônia Negra leva os saberes ancestrais do Marajó a Belém camera Reprodução

Os saberes tradicionais da cultura afro amazônica são o tema do Festival Amazônia Negra, que acontece nos dias 20 de julho, na comunidade do Pacoval em Soure, e 4 de agosto, no Quilombo da Praça da República em Belém. O evento, realizado pelo Terreiro de Umbanda Casa de Mãe Herondina, com patrocínio do Banco da Amazônia, reúne mulheres negras da Amazônia insular e continental, transitando entre a ilha do Marajó, o município de Moju e as periferias de Belém, com intuito de combater o racismo e a intolerância religiosa e valorizar a cultura e a identidade negra da região.

“O Festival foi pensado para as mulheres negras, especialmente as de terreiro e de comunidades tradicionais, que trazem consigo a ancestralidade, a herança cultural de seus povos originários, e isso é explícito na diversidade amazônica, desde as ilhas, passando pelas comunidades de beira de estrada até chegar à população da capital”, afirma Jucilene Carvalho, sacerdotisa de Umbanda da Casa de Mãe Herondina e coordenadora do evento.

Em Soure, duas oficinas serão ministradas na Associação dos Moradores do Bairro do Pacoval. Em Estética Afro, as mulheres compartilharão experiências sobre o reconhecimento de sua beleza negra e a valorização da vida ancestral, a partir das diversas formas de amarrações de turbante, entendido entre os povos de matrizes africanas como a representação da coroa de uma rainha, possibilitando a essas mulheres outras visões sobre autoestima e suas origens. Já em Percussão e Ritmos Afro, o ijexá e outros ritmos da cultura negra serão a ponte para a discussão sobreresistência e memória ancestral desses corpos.

Em Belém, serão realizados shows de grupos percussivos protagonizados por mulheres ou formado exclusivamente por elas, será montada a Feira Preta com stands de empreendedoras negras e negros e o Circo Ambiental com oficinas infantis de circo aproveitando materiais reciclados e apresentações com a garotada.

Com isso, o Festival Amazônia Negra pretende viabilizar o reconhecimento de grupos, mestras, artistas e empreendedoras afro amazônicas, além de proporcionar a geração de emprego e renda às mulheres de comunidades tradicionais e o estímulo à consciência negra em todas as faixas etárias. Assim, é possível entender a força ancestral dos povos tracionais de matrizes africanas, representados no evento pelo pelos povos de terreiro, que, organizados, movimentam a cultura e dão possibilidades de resistência e continuação à vida das comunidades negras, desde a culinária às formas de religiosidade.

O evento conta, ainda, com o apoio do Centro de Estudos e Defesa do Negro no Pará – CEDENPA, da Associação dos Moradores do Pacoval (AMPAC/Soure), da Universidade Federal do Pará (Campus Soure) e do Programa Coroatá de Incubação Cultural e Economia Solidária, que realiza desde 2017 a assessoria em gestão, comunicação e produção cultural para a Casa de Mãe Herondina, contribuindo para o fortalecimento das ações culturais e de economia solidária realizadas no terreiro. “Cada ação que conseguimos realizar representa uma vitória da resistência cotidiana contra o racismo institucional” comemora Luciane Bessa, produtora cultural e coordenadora do Programa Coroatá/UFPA.

SERVIÇO

Programação

Dia 20/julho– Sede AMPAC (Soure/Marajó)

10h Oficina de Estética Afro

16h Oficina de Percussão e Ritmos Afro

Dia 04/agosto – Quilombo da Praça da República (Belém)

9h Gira de Abertura

9h30 Abertura da Feira Preta, contação de Histórias de Quilombo, com Waldirene Assunção

10h Oficina e Apresentação de Circo Ambiental, Live de Graffiti, com Cely Feliz

12h Resultados das oficinas de Percussão, Estética Afro e Circo Ambiental

13h Tambores da Onça, com participação dasTucandeirasArtinhosas (Quilombo do Jambuaçu/Moju)

14hCarimbó Cobra Venenosa, com participação dos Tambores do Pacoval (Soure/Marajó)

15h Grupo Afro Axé Dudu, com participação de Mana Josy

16h Tambores de Mulheres (roda de batuque)

Ainda haverá tabuleiro com venda de acarajé durante a programação.

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