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CENSURA EM BELÉM?

Organização do Facada Fest acusa polícia de proibir festival em São Brás

A Polícia Civil atendeu a um pedido da Polícia Militar e proibiu a realização do Facada Fest no Mercado de São Brás, em Belém. O evento, dedicado aos gêneros musicais punk e hard core, foi transferido para o Centro Histórico, na rua João Diogo, nº 142,

Imagem ilustrativa da notícia Organização do Facada Fest acusa polícia de proibir festival em São Brás camera Evento anunciou a mudança hoje exibindo uma tarja preta no lugar da arte, em protesto contra o que classificaram como censura. |

A Polícia Civil atendeu a um pedido da Polícia Militar e proibiu a realização do Facada Fest no Mercado de São Brás, em Belém. O evento, dedicado aos gêneros musicais punk e hard core, foi transferido para o Centro Histórico, na rua João Diogo, nº 142, ao lado da praça Felipe Patroni, neste sábado (6).

Os organizadores da festividade contaram à reportagem que consideram a decisão como um ato de censura. A justificativa das autoridades, segundo a organização do evento, é de que o Facada Fest fez incitação a violência durante sua divulgação.

Divulgado no mês passado, o cartaz do evento, produzido pelo ilustrador paraense Paulo Victor Magno, causou polêmica e despertou as animosidades da polarização política brasileira. Nele, aparece um palhaço com uma faixa presidencial, morto por um lápis enfiado em suas extremidades, em uma clara crítica aos cortes na Educação feitos pelo atual governo.

Logo após sua publicação, a arte passou a ser compartilhada rapidamente pela internet, dando margem para diversas interpretações e opiniões. Políticos como o deputado paraense Eder Mauro e o filho do presidente Jair Bolsonaro, Carlos Bolsonaro, fizeram duras críticas ao festival musical. Eder Mauro chegou a dizer que iria colocar o evento no calendário da polícia, o que foi interpretado por muitos como ameaças veladas.

Evento anunciou a mudança hoje exibindo uma tarja preta no lugar da arte, em protesto contra o que classificaram como censura.
📷 Evento anunciou a mudança hoje exibindo uma tarja preta no lugar da arte, em protesto contra o que classificaram como censura. |

“Tínhamos toda documentação, mas, explicitamente, o evento foi censurado. Foi tipo “o coronel fulano da PM não quer o evento porque ele acha que é apologia à censura’, depois de ter visto o deputado federal Eder Mauro e o Carlos Bolsonaro falando do evento”, conta um dos organizadores do evento.

“Eles disseram que o evento incitava a violência por conta do cartaz. Disse pra eles que o rock sempre teve essa abordagem crítica, que isso não é de agora, que o nome do evento tem três anos e não foi por causa da facada que deram no presidente, falei que explicamos tudo na imprensa, mas, mesmo assim, eles acataram o pedido da PM”, diz.

A produção do Facada Fest informou à reportagem que irá dar mais detalhes sobre a proibição ao longo deste sábado (6).

Procurada, a Polícia Civil informou durante a noite que não tem conhecimento da proibição do evento e que se manifestará em breve.

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