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Festival Cinema Negro ganha destaque em Belém

Quando o Parque Cine Quebrada nasceu, dois anos atrás, foi pensando em viabilizar o acesso ao cinema na periferia; mais especificamente, ao loteamento Parque Anne, em Ananindeua. O grande número de crianças para as primeiras programações acabou mudando o

Imagem ilustrativa da notícia Festival Cinema Negro ganha destaque em Belém camera Cena de "Vó a senhora é lésbica?" (BA), de Bruna Fonseca e Larissa Lima, que fala de homossexualidade geracional | Divulgação

Quando o Parque Cine Quebrada nasceu, dois anos atrás, foi pensando em viabilizar o acesso ao cinema na periferia; mais especificamente, ao loteamento Parque Anne, em Ananindeua. O grande número de crianças para as primeiras programações acabou mudando o direcionamento. Hoje, elas são o público-alvo do projeto idealizado por Bianca Alves, 30, moradora da comunidade.

“O formato do nosso cineclube sempre inclui uma oficina voltada para cinema antes da exibição. Já fizemos oficina de dublagem, e um filme com histórias das crianças, para incentivá-las a montarem seu próprio roteiro. Acho importante trazer essa linguagem do cinema para o pessoal da periferia, as crianças se amarraram na programação e isso acabou moldando o projeto”, conta.

Hoje, eles são um dos oito parceiros da primeira edição do Festival de Cinema Negro Zélia Amador de Deus, que está sendo realizado pelo “Cine Diáspora” - cineclube criado em Belém e voltado para a difusão da produção cinematográfica de realizadores negros e de temáticas da cultura e identidade negras. Com estreia ontem, no Cine Líbero, a programação segue até dia 29.

Além das exibições, debates e formação em projetos audiovisuais permitirão ainda mais a troca de experiências entre público, profissionais do audiovisual e projetos cineclubistas. “A gente viu necessidade de juntar essas produções e exibi-las para que os afro-descendentes pudessem se ver nas telas e produzindo”, aponta Luana Peixe, membro do Cine Diáspora.

O festival teve inscrição online e recebeu mais de 100 filmes enviados de todo o país. “Para uma primeira edição, sem financiamento público ou privado, acreditamos que já alcançamos muito. Estamos felizes por ter em mãos um material potente, de filmes nacionais, só de estados da Pan-Amazônia, teve 29 inscrições. E obras trazendo uma grande diversidade”, diz a organizadora.

DIVERSIDADE

A curadoria do festival destaca a grande quantidade de filmes realizados por cineastas mulheres e LGBTQI+. “Isso é muito importante. Muitos filmes giram em torno das mulheres negras, falam sobre padrões de beleza, de comportamento; filmes infantis sobre racismo na escola; outros sobre a situação da juventude negra na periferia. O festival está muito plural”, aponta Luana.

Podiam ser inscritos trabalhos em três categorias: curta-metragem, videoclipe e formatos para web. Esta última foi pensada como forma de abarcar mais produções. “A gente sabe que Cinema é algo caro de fazer, e que muitos realizadores negros e negras têm produzido outro audiovisual, feito para Youtube mesmo, alguns em formato de videoarte, videoperformance e outros”, explica.

Entre os trabalhos está o documentário “É Nós Por Nós” (PA), produzido pelo Cine Clube TF, projeto com alunos de escola pública da Terra Firme; o curta-metragem “Vó, A Senhora é Lésbica?” (BA), de Bruna Fonseca e Larissa Lima, que vai falar de homossexualidade geracional; e “Necropolis” (BA), ficção científica de Ítalo Oliveira, que tem características do afro-futurismo brasileiro.

O Parque Cine Quebrada, que recebe o curta “A Piscina de Caíque”, de Raphael Silva, destacou a importância dessa diversidade. “A gente já passava filmes com protagonismo de crianças negras. O festival nos convidar com produção independente e da nossa região (porque a gente tem dificuldade conseguir filmes da região amazônica para passar) foi maravilhoso!”, diz Bianca.

Programação ocorre de maneira descentralizada

Todas as obras em exibição concorrem ao “Troféu Zélia Amador de Deus de Cinema”. Amanhã, 13, a programação ocorre no Cine Olympia, localizado na Praça da República, das 15h às 17h, com filmes nacionais e infantojuvenis. Na quinta-feira, 14, será a vez do Cine Curumim, em Icoaraci. Serão exibidos, das 18h às 20h, os filmes infantis “Pode me Chamar de Nadir”, “A Piscina de Caíque” e “Plano do Ano”.

Na próxima segunda-feira, 18, o festival segue para a Casa das Artes, com roda de conversa, às 18h, e exibição de videoclipes da mostra competitiva. Durante todo o evento ocorrerá a Feira Gastronômica Preta. Na quarta-feira, 20, às 18h, serão exibidos mais videoclipes da mostra, em parceria com o Sarau Multicultural do Mercado de São Brás, incluindo apresentações musicais, poesia e microfone aberto.

A programação continua no sábado, 23, a partir das 19h, na Rua dos Pretos, na Terra Firme, com exibição de filmes e show de reggae. No domingo, 24, é a vez do Parque Cine Quebrada (foto), com oficina de criação de filmes para crianças, às 15h; e exibição, às 18h, de “A Piscina de Caíque”. E encerra quarta-feira, 27, no Cine Paredão (Atelier de Artes Visuais/UFPA), a partir das 19h.

+CINEMA

A 3ª Mostra Sesc de Cinema também realiza de hoje até sábado, 16, das 15h às 21h, no Sesc Ver-o-Peso, a exibição dos filmes selecionados no Pará para competir em sua premiação nacional. Todos os dias tem debate após as exibições e show musical. Entre os filmes, está “A Besta Pop”, de Artur Tadaiesky, Fillipe Rodrigues e Rafael B. Silva (Classificação: 16 anos), exibido hoje, com show da Guitarrada das Manas ao fim da programação.

Amanhã, 13, serão os curtas-metragens como “Josefina”, de Zienhe Castro, e “O Vendedor de Galinhas”, de Bruno Cecim (Classificação: 14 anos); e show de Elder Effe & os Comparsas. Na quinta, 14, tem dois filmes de Edielson Shinohara, “A Luz do Sol” e “Manas Kill” (Classificação: 14 anos); e show de Thais Badu. No sábado, 16, tem “Na Rede”, de Mateus Moura (Classificação: 18 anos), artista que também faz show para lançar o primeiro EP, “Com Licença”, marcando seus 10 anos de carreira.

DE OLHO

Mostra Sesc de Cinema

Quando: Hoje a sábado, das 15h às 21h.

Onde: Sesc Ver-o-Peso (Boulevard Castilho França, 522/523, em frente a Estação das Docas).

Quanto: Gratuito.

Programação completa no site

Informações: (91) 4005-9581 / 0800-941-1242.

1º Festival de Cinema Negro Zélia Amador de Deus

Quando: Até dia 29, em deferentes horários

Onde: Cine Olympia (Praça da República), Cine Curumim (Icoaraci) e Casa das Artes (ao lado da Basílica de Nazaré)

Quanto: Gratuito

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