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Pesquisa aponta que 11 milhões de jovens não trabalham e nem estudam

Pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apontou que 11 milhões de jovens brasileiros, com idades entre 15 e 29 anos, estão sem ocupação (sem trabalho e fora da escola). Desse total, 41% (4,5 milhões de jove

Pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apontou que 11 milhões de jovens brasileiros, com idades entre 15 e 29 anos, estão sem ocupação (sem trabalho e fora da escola). Desse total, 41% (4,5 milhões de jovens) lutam para ingressar no mercado de trabalho. Aos 21 anos e falando inglês fluentemente, Amanda Martins está com a Carteira de Trabalho sem a assinatura de registro de qualquer emprego formal. Ela tirou o documento quando ainda nem tinha completado 18 anos, mas já procurava uma oportunidade de ingressar no mercado de trabalho. No início ainda conseguiu trabalhar de forma temporária como vendedora em shopping centers, atendente numa clínica e balconista numa pizzaria. Nenhuma destas funções foi registrada. “O mercado te exige experiência, mas como ter essa experiência se você não tem uma oportunidade de conquistar um trabalho e ganhar o conhecimento necessário para crescer profissionalmente?”.

Atualmente, Amanda passa boa parte do tempo dedicada aos livros e as apostilas. Estuda, em média, 8h por dia para passar em concurso público e, dessa forma, ingressar no mercado de trabalho. “Enquanto isso tenho entregado currículos em empresas de recursos humanos, cadastrado em sites e buscado serviço temporário nos shoppings”, ressaltou. Questionada sobre fazer uma faculdade, ela responde que pretende estudar Artes, em São Paulo (SP), mas isso somente depois de passar na prova que vai fazer para tentar ingressar na Força Aérea Brasileira (FAB).

O estudo do Dieese, divulgado no último dia 20, analisou o resultado do 3° trimestre de 2018, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A pesquisa, no entanto, não afirma que a juventude que está sem trabalho e fora da escola (os chamados “nem-nem”) está ociosa. Pelo contrário, a maioria deles, cerca de 41% do total (4.510.000 jovens), busca ativamente ingressar no mercado de trabalho. Outros jovens estão se dedicando a atividades domésticas e se matriculando em cursos não regulares. Ou seja, não estão parados.

CURSO

As jovens brasileiras que estão fora da escola e do mercado de trabalho mas estão dedicadas aos afazeres domésticos representa 31% do total de entrevistadas. A pesquisa constata ainda que 6% dos jovens estão fazendo algum tipo de curso ou estudando por conta própria. É o caso de Amanda Martins, que se tornou concurseira. Mesmo tendo curso superior, muitos jovens brasileiros também enfrentam dificuldades para conseguir trabalhar formalmente.

Formada em Comunicação Social há um ano, Ariane Barbosa, 28, também procura por um emprego. “Estou correndo para conseguir uma oportunidade. Envio currículo, já me cadastrei em sites de empregos e ainda não recebi nenhuma resposta e nem fui convidada para fazer algum teste”, disse. Para conseguir ter uma renda e pagar as contas, Ariane faz trabalhos temporários. “Às vezes faço rifas para conseguir comprar as minhas coisas”, ressaltou.

Em janeiro, a comunicóloga pretende se mudar de Belém em busca de oportunidades para ingressar no mercado de trabalho. “Está cada dia mais difícil. Pessoas se formam e não têm emprego suficiente para todos”, comentou.

Amanda está com a Carteira de Trabalho sem o registro de qualquer emprego formal (Foto: Fernando Araújo)

Os jovens e o mercado de trabalho

11 milhões - de jovens, entre 15 a 29 anos, estão sem trabalho e sem escola, diz o estudo. Desses, 41% procuram trabalho
31% - das mulheres fazem trabalhos domésticos – trabalham sem ser consideradas força de trabalho
6% - dos jovens sem trabalho e fora da escola faziam algum tipo de curso ou estudavam por conta própria

Fonte: Dieese

Estudo aponta oportunidades desiguais

Para o Dieese, é importante verificar o perfil dessa juventude considerada “nem-nem”. Isso porque o estudo revela uma característica que difere o comportamento do jovem de renda inferior ao do jovem cuja família tem melhores condições financeiras. A partir dos 15 anos, o adolescente já começa a entrar na reta final do ensino médio e definir qual a profissão que irá seguir.

No caso do jovem que vem de uma família de baixa renda, nem sempre a prioridade é ingressar no ensino superior e sim entrar para o mercado de trabalho e ajudar no sustento da casa. A pesquisa aponta que 25% dos jovens que concluíram o ensino médio, este ano, e são de lares com melhor condição financeira, passaram no vestibular e deverão começar a universidade em 2019. Em contrapartida, somente 5% dos jovens que pertencem a famílias de baixa renda seguiram este caminho.

(Denilson D'Almeida/Diário do Pará)

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