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Primeiro dia de prova do Enem teve 62 mil faltosos no Pará

Mais de 62 mil pessoas inscritas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2018 faltaram ao primeiro dia de provas no Estado do Pará. Em todo o Brasil, o índice chegou a quase 25% o que, de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teix

Mais de 62 mil pessoas inscritas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2018 faltaram ao primeiro dia de provas no Estado do Pará. Em todo o Brasil, o índice chegou a quase 25% o que, de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep), é a menor taxa de abstenção registrada em pelo menos 10 anos de aplicação do teste.

No Pará, o índice de faltosos foi de 22% (62.561). A presidente do órgão ligado ao Ministério da Educação (MEC), Maria Inês Fini chamou de “provocação à reflexão” o tema da redação: “Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet”.

Ela credita o baixo índice de faltosos - 1.374.430 em um universo de 5.513.749 inscrições confirmadas - à separação dos temas por dia de prova e ao fato de que agora aqueles que são isentos do pagamento da taxa de inscrição precisam justificar a ausência se quiserem continuar sem precisar pagar para fazer o exame nos anos seguintes.

Segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup), responsável pela logística de segurança para a aplicação do teste, não houve ocorrências relacionadas ao Enem neste domingo. Em nível nacional, foram 71 eliminados por descumprimento de regras variadas, mas nenhuma de natureza violenta.

ESPERA

A professora Maria Pereira, 53 anos, ficou na porta de uma escola particular em Nazaré à espera do filho, Alan, 22, que tenta uma pontuação suficiente para cursar engenharia mecatrônica. “Ele se preparou em casa”, contou a mãe. “Acho que ele consegue. Ele já cursava em Santa Catarina, mas precisamos voltar para cá. Agora ele vai em busca de uma aprovação por aqui”.

Maria Beatriz, 20 anos, está fazendo o Enem pela 4ª vez, em busca de uma vaga em letras ou jornalismo. “Gostei do tema da redação deste ano, mais atual do que o do ano passado, sobre educação para surdos”, avaliou. Ela passou quatro horas diante da prova e, para aguentar a maratona, levou suco, sanduíche, barra de cereal e água. “E eu aqui fora, com o coração na mão”, disse o pai, Pedro Paulo, 56, vigilante.

Passada a primeira etapa, a jovem Ana Beatriz Moraes, 15 anos, não esconde a preocupação com a parte de exatas. “Nunca foi meu forte e essa é a primeira vez que eu faço o Enem, só para treinar mesmo”, diz. “Gostei de todos os temas abordados na primeira prova, especialmente em português e filosofia. Geografia e história eu achei um pouco cansativo”.

Candidatos fizeram questão de chegar cedo

No primeiro dia de aplicação do Enem, muitos candidatos se anteciparam para não correr o risco de perder a prova nas escolas de Belém. Somente no Estado do Pará, 281 mil estudantes se inscreveram para prestar o exame que é porta de entrada para o ensino superior. Faltando ainda uma hora para a abertura dos portões – que, no Pará e demais Estados em que não há horário de verão, ocorreu às 11h -, uma multidão já aguardava em frente ao Núcleo Pedagógico Integrado (NPI), na avenida Perimetral.

O empreendedor Robson Silva, 24 anos, aguardava em frente ao portão da escola desde as 8h, ainda que a entrada só fosse liberada às 11h e os portões só se fechassem às 12h. “Estavam alertando tanto sobre o horário de verão na televisão que eu fiquei até com medo de perder a prova”, explicou, sem esconder o nervosismo horas antes da prova. “Tranquilo não dá para ficar, mas já fico aliviado de já estar no local da prova”.

Essa foi a 3ª vez que o empreendedor participou do Enem. Ele contava que a experiência lhe trouxesse alguma vantagem, além de, claro, a preparação que manteve ao longo do ano. “No primeiro ano que eu fiz o Enem, eu não me preparei. Agora me sinto mais preparado e espero que dê tudo certo”.

Também confiante no estudo realizado, a estudante Enoazi Araújo, 18 anos, estreou no Enem neste ano. A partir da nota conquistada no exame, ela pretende concorrer a uma vaga no curso de administração. “A minha preparação foi nas aulas e com revisões em casa”, lembrou, ao comemorar a companhia da mãe no momento de nervosismo. “O apoio dela é muito importante. Dá mais segurança para a gente”.

Tão nervosa quanto Enoazi, a mãe da estudante, Nazaré de Jesus, 50 anos, fez questão de acompanhar a filha até o local da prova. “Eu vou ficar aqui até ela entrar e fecharem os portões”, planejava. “Depois é só ir para casa e rezar para que dê tudo certo”.

Também na escola Berço de Belém, na avenida José Bonifácio, familiares acompanhavam os candidatos que entravam para fazer a prova. A dona de casa Maria do Carmo, 28 anos, acompanhou a irmã. Mesmo que ela já tivesse entrado no local da prova, Maria fez questão de permanecer no local até o fechamento dos portões. “Ela está muito nervosa, então fico preocupada. É a 4ª vez que ela vai fazer o Enem”.

TRANQUILIDADE

Diferente da maioria, o estudante Lucas Romano, 18 anos, se dizia muito tranquilo antes da prova. Enquanto boa parte dos candidatos fazia questão de entrar imediatamente na escola, Lucas preferiu aguardar um pouco do lado de fora. “Eu prefiro dar um tempo antes de entrar”, apontou. “Eu estou confiante na preparação que eu tive”.

À medida em que o relógio se aproximava das 12h, a movimentação em frente às escolas começou a ficar mais agitada. Preocupados com o horário, candidatos chegavam de moto ou até mesmo correndo para ainda pegar os portões da Escola Estadual Augusto Meira, também na avenida José Bonifácio, ainda abertos. Apesar da correria, nenhum candidato chegou após o fechamento dos portões.

Autônomos aproveitaram para ganhar uma renda extra

A grande movimentação proporcionada pelo primeiro dia de prova do Enem foi aproveitada pelos vendedores ambulantes que ofereciam, principalmente, água mineral e canetas para os candidatos. Em frente ao Colégio Berço de Belém, o autônomo Márcio Cristiano, 40 anos, comemorava a boa venda.

Ele conta que normalmente não trabalha no local, mas que foi chamado para dar reforço ao trabalho de outros vendedores que já têm um ponto fixo no local. “Eu vim para dar apoio para o pessoal que já vende aqui”, explicou.

“O Enem é bom para fazer uma renda extra”, disse. A oportunidade também foi percebida pelas amigas Renata Areias, 22 anos, e Enny Costa, 20 anos.

VENDA

As duas devem viajar para São Paulo ainda neste mês e viram a possibilidade de garantir recurso extra para a viagem vendendo água na entrada dos locais de realização do Enem. “O movimento não está tão bom porque tem muita gente vendendo aqui no NPI”, disse a professora de educação física, Renata. “Mas o que conseguirmos já vale a pena para levarmos para a viagem”, complementou a estudante de administração, Enny.

(Carol Menezes e Cintia Magno/Diário do Pará)

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