Pelo menos 20 deputados estão dispostos a deixar o PSL após
o presidente Jair Bolsonaro oficializar o desembarque da legenda. A se
confirmar a debandada, a bancada do partido deixará de ser a segunda maior da
Câmara. Atualmente, tem 53 parlamentares e está atrás do PT, com 54
parlamentares. A saída dos bolsonaristas não vai influenciar no recebimento do
fundo partidário pela legenda. Isso porque a distribuição da verba pública leva
em conta os votos obtidos na última eleição para a Câmara. O PSL é o partido
com maior cota do fundo - 12,81%. Até setembro, a sigla recebeu R$ 71,8
milhões.
Planos A e B
Bolsonaro e os filhos estão dispostos a criar novo partido,
mesmo com risco de, pela tramitação, ficar de fora da disputa municipal de
2020. O plano B é o Patriota.
RG
Como a Coluna revelou sábado, a nova legenda deve ser ADN.
Parte dos bolsonaristas quer Aliança Democrática Nacional. Parte quer Aliança
da Defesa Nacional.
PT sem chance
Lula quer chamar os caciques de ex-partidos aliados do PT
para conversar. Em vão. Com sua prisão, houve afastamento do PDT e PSB, que
querem candidatos próprios em 2022 e encabeçar chapas para prefeituras ano que
vem.
Divergências
A indicação do ex-presidente Lula de que não vai encampar a
defesa pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro diverge da posição de
caciques e parlamentares do partido que, a cada nova crise do Governo, falam em
“fora Bolsonaro”. Lula tem reafirmado que, por ora, não pretende questionar o
resultado da eleição de 2018.
Na fila
No Tribunal Superior Eleitoral, no entanto, corre ação
movida pela coligação de Fernando Haddad (PT) que pede investigação da campanha
de Jair Bolsonaro. O ex-presidente também enfrentará resistências de setores do
partido na definição de candidaturas em 2020. Lula quer candidaturas próprias,
enquanto uma ala da legenda defende a formação de uma frente de oposição ampla.
Pacote
Parlamentares do PDT alegam “flagrante ilegalidade” e pedem
ao Supremo Tribunal Federal (STF) a suspensão da tramitação das três Propostas
de Emenda à Constituição (PEC) entregues na última semana pelo presidente Jair
Bolsonaro ao Congresso.
Caminho
Solicitam que as matérias sejam remetidas à Câmara, onde
regimentalmente tem início a tramitação de matérias do Executivo. As PEC
começaram a tramitar pelo Senado. Os pedetistas pontuam no mandado que, apesar
de o líder do Governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), assinar as PEC, o
verdadeiro autor das propostas é o presidente da República, que foi ao Senado
para a entrega das proposições.
Caixa-preta
O Ministério Público Federal terá acesso a documentos do
BNDES. Procuradores da Câmara de Combate à Corrupção e diretores do
departamento jurídico e de compliance do bancão finalizam minuta de cooperação
que será assinado pelo procurador-geral da República, Augusto Aras e pelo
presidente do BNDES, Gustavo Montezano.
Pente fino
Serão repassados ao MP dados que envolvam pessoas físicas e
jurídicas ligadas às empresas integrantes do Sistema BNDES, e que poderão
auxiliar investigações.
Sobre Prisão
Do deputado Kim Kataguiri (DEM-SP): “Segundo entendimento da
ministra Rosa Weber (STF), a questão da segunda instância está diretamente
ligada ao Código de Processo Penal, não sendo necessário modificar a
Constituição. É o mesmo entendimento da Associação dos Juízes Federais, e é
justamente por isso que decidi entrar com essa frente de batalha em prol da
prisão da 2ª instância e protocolar essa mudança no CPP”.
Insistência
Derrotado na última eleição para a prefeitura de Olinda, Antônio Campos não perde a esperança de um dia comandar a cidade Patrimônio Cultural da Humanidade. Lançou o livro “Olinda, um Novo Olhar” e um blog de notícias.
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