Os procuradores estaduais no Rio de Janeiro vivem seu dia de
caça às bruxas. A sucessão de trapalhadas agora deixa a cúpula do Judiciário
mais cautelosa em relação à força tarefa que investiga a morte da vereadora Marielle
Franco. A reviravolta sobre o depoimento do porteiro do condomínio onde mora o
presidente Jair Bolsonaro, na Barra da Tijuca – que, segundo a chefe da
investigação, teria se enganado ou mentido – colocou a turma numa situação
delicada. Além disso, faltou explicar como o inquérito sigiloso, sob tutela do
MP, vazou para a TV Globo. Para piorar, sem apurar os áudios que supostamente
complicaram Bolsonaro, houve consulta dos procuradores ao presidente do STF,
ministro Dias Toffoli, para possibilidade de investigar o presidente da
República – enquanto o trâmite seria através da Procuradoria Geral da
República.
Bola rolando
Já a turma do MP Federal no Rio escanteia, até hoje,
inquérito enviado pela ex-PGR Raquel Dodge sobre suposto pagamento de propinas
da TV Globo a dirigentes da FIFA.
Detalhe..
.. a emissora correu e demitiu os diretores que teriam se
envolvido no suposto esquema.
Quem é o mentor?
A pergunta que se repete desde ontem nos meandros do
Judiciário é por que um humilde porteiro enfrentaria, sozinho, a ira do
ex-patrão e atual presidente do Brasil?
Óleo & preju
Deputados apresentaram e ainda aguardam respostas da
presidência da Câmara e do Governo sobre pedidos relacionados ao desastre
ambiental no litoral do Nordeste. Um deles, do deputado João Daniel (PT-SE),
solicita que seja estabelecido um pagamento extraordinário aos pescadores
artesanais enquanto durarem os serviços de limpeza na costa nordestina. Os
prejuízos nos comércios locais já são significativos.
Seguro defeso 2.0
A ajuda, segundo o pedido do deputado, seria no valor de um
salário mínimo, nos moldes do seguro defeso: “Esse acidente grave, de grandes
proporções, causou um prejuízo enorme ao meio ambiente e à economia dos estados
afetados”.
Fauna oleada
Dados de ONGs e entidades sobre o impacto das manchas de
óleo divergem das informações divulgadas pelo Ibama. O levantamento mais
recente do órgão sobre a fauna afetada, por exemplo, registra 18 tartarugas
marinhas com óbito. ONGs que atuam no litoral nordestino já contabilizaram 25
tartarugas mortas.
Alô, alô!
Nove operadoras de telefonia encaminharam à
Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral
informações sobre os números de linhas de quatro empresas e de seus
sócios apontados como responsáveis pelo disparo de mensagens em massa pelo
Whatsapp nas eleições do ano passado.
Off line
O pedido do TSE foi feito no âmbito da ação apresentada pelo
PDT e Avante que pede a cassação da chapa do presidente Jair Bolsonaro e do
vice Hamilton Mourão. Nextel, Sercomtel, Datora e Terapar informaram que não
foram encontradas linhas em nome das empresas supostamente contratadas por
apoiadores da campanha de Bolsonaro.
Indústria cresce
A utilização da capacidade de operação da indústria da
construção foi de 62% em setembro, o maior nível desde dezembro de 2014. O dado
constata que a ociosidade no setor é a menor dos últimos cinco anos. O indicador alcançou a média histórica pela
primeira vez em quase cinco anos, conforme pesquisa da CNI.
Mas..
.. A elevada carga tributária, a falta de demanda e o
excesso de burocracia lideram a lista dos principais obstáculos enfrentados
pela indústria da construção no terceiro trimestre deste ano.
Assalto oficial
Senadores da Comissão de Infraestrutura querem explicações
do Ministério de Minas e Energia, Aneel e Operador Nacional do Sistema Elétrico
sobre a consulta pública para alterar as regras sobre a energia solar que o
consumidor gera a mais ao longo do dia e joga na rede da distribuidora de
energia.
Policiais unidos
Enquanto os delegados questionam a interface na
investigação, a Federação Nacional dos Policiais Federais reforça que “não vê
qualquer problema na decisão do Ministério da Justiça e Segurança Pública que
autoriza a Polícia Rodoviária Federal a participar de ações conjuntas com o MP,
a Receita e outros órgãos”.
ESPLANADEIRA
# A 26º edição do Aniversário Guanabara, no Rio de Janeiro,
em apenas 10 dias vendeu 51,3% mais latas de cerveja na comparação com o ano
passado, ultrapassando a marca de 15 milhões de unidades.
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